sábado, 07 setembro, 2024
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Wish: O Poder dos Desejos | Crítica: Longa do centenário da Disney encanta e deslumbra

Anunciado para as comemorações dos 100 anos da Walt Disney Company em 2023, Wish: O Poder dos Desejos (Wish, 2023) faz exatamente o que propõe ser e fazer: celebrar a história do estúdio, encantar com músicas carismáticas e deslumbrar com uma animação belíssima de tirar o fôlego.

Ao contar a história da jovem Asha (voz de Luci Salutes na versão dublada e Ariana DeBose na versão americana), Wish: O Poder dos Desejos mostra que a magia Disney é forte e seguirá por mais 100 anos ao emocionar, e principalmente contar boas histórias.

E ainda, além de tudo, no longa temos easter-eggs e homenagens para boa parte dos longas e personagens que ajudaram a empresa nessa jornada. Afinal, os diretores Chris Buck (Frozen) e Fawn Veerasunthorn (Raya e Último Dragão), sabem que tudo começou com um rato e um desejo.

Asha e a estrela em cena de Wish: O Poder dos Desejos.
Foto: © 2023 Disney. All Rights Reserved.

Da jovem Cinderela desolada no sotão junto com os ratinhos a chorar para as estrelas (e para uma Fada-Madrinha) por uma chance de ir ao baile, do artesão Gepetto que durante uma noite pediu para as estrelas a chance de ter, no boneco de madeira que criou, a oportunidade de um filho, da esforçada e trabalhadora Tiana que junto com um sapo foi até a sacada do castelo pedir para as estrelas ajuda para realizar seu desejo, o legado da Disney vem do poder que um desejo, e olhar para as estrelas, tem

E aqui com Wish: O Poder Dos Desejos é essa a história a ser contada. Pode ser uma história simples, mas não é mais, não é menos do que isso. Afinal, ao longo dos anos, diversos personagens não só pediram para as estrelas seus maiores e mais íntimos desejos, como também cantaram e dançaram sobre eles.

Assim, fica claro que com Wish: O Poder dos Desejos, é como um sonho que se realiza, afinal, a nova heroína do estúdio faz o mesmo, só que lá num passado distante, e pede um desejo tão forte, tão sincero, e altruísta que faz uma estrela cair dos céus.

E claro que Asha ao fazer isso, faz ao cantar uma melodia vinda do coração.Marcado por músicas extremamente empolgantes, Wish: O Poder dos Desejos é a fórmula clássica Disney no ápice e que entrega uma animação musical vibrante e cheia de cor.

Temos personagens carismáticos? Sim. Um vilão bem vilanesco como há anos não tínhamos? Finalmente sim. Animais falantes, terras distantes, uma missão a ser realizada? Também. Ao colocar a jovem destemida Asha em rota de colisão com o ardiloso, e extremamente charmoso não vamos negar, Rei Magnífico (voz de Raphael Rossatto na versão dublada em Chris Pine na versão original), Wish: O Poder dos Desejos capitaliza numa história sim aparentemente simples, mas que engloba tudo que a Disney quis transmitir ao longo dos anos e principalmente na Era Moderna. 

Estamos no Reino das Rosas, onde o Rei Magnífico governa a ilha no meio do oceano e é relativamente amado pela população. Afinal, o monarca, junto com a Rainha Amaya (voz de Angelique Cabral no original), realizam cerimônias onde os desejos de um sortudo ou sortuda é concedido.

Em Rosas, aos 18 anos, todos os moradores entregam seus desejos para o Rei, o que eles não sabem que é o Rei que decide o que fazer com eles. Até que a jovem Asha, de 17 anos, e que tenta uma posição no castelo para trabalhar como aprendiz do monarca, chega para mudar o sistema e principalmente quer dar para o avô Sabino (voz de Victor Garber no original) a chance de, aos 100 anos, finalmente realizar o seu desejo, guardado a tanto tempo. 

Ao descobrir a verdade, Asha começa a se ponderar sobre tudo que tem rolado em Rosas e destemida como outras heroínas que vieram antes dela, como Bela, de A Bela e a Fera, Ariel de A Pequena Sereia, e Mulan ela parte em jornada para fazer de Rosas um mundo melhor para todos.

E ao mesmo tempo que o roteiro de Wish: O Poder dos Desejos, escrito por Jennifer Lee (a chefe criativa do estúdio atualmente) e Allison Moore, quer tocar em assuntos complexos, sofre ao apresentar uma história um pouco truncada e faz exatamente filme de pandemia, aquele um pouco apressado e que parece que as coisas não se encaixam muito bem, a animação compensa em outras áreas e principalmente acerta ao entregar momentos musicais incrivelmente empolgantes e lindos de se assistir.

Da música principal This Wish, onde Asha convoca a estrela dos céus, o ápice do filme, sem dúvidas, passando pela música do vilão, a divertida, Is This Is the Thanks I Get? até mesmo para a emocionante I’m a Star, Wish: O Poder dos Desejos se apresenta como um robusto musical animado liderados por Asha e Magnífico.

Rei Magnifico em cena de Wish: O Poder dos Desejos.
Foto: © 2023 Disney. All Rights Reserved.

E não só pela dupla de protagonistas. Em Wish: O Poder dos Desejos realmente os personagens coadjuvantes seguem a fórmula Disney e aqui roubam a atenção a todo momento. Seja a divertidíssima e espirituosa Estrela, o hilário bode Valentino (voz de Marcelo Adnet na versão dublada e de Alan Tudyk na original), passando pelos amigos de Asha que compõem um grupo de 7 pessoas numa referência clara para o primeiro longa metragem do estúdio Branca de Neve e os Sete Anões (1937) onde cada um tem uma característica individual marcante, até mesmo para a família da Asha que acaba o circulo de trauma geracional que foi o foco nas produções do estúdio na Era da Pandemia. 

Todos os personagens tem seu momento de brilhar e são primordiais para o desenvolvimento da história. E que história visualmente linda é apresentada em Wish: O Poder dos Desejos. Ao apostar em técnicas de animação que remetem e homenageiam um dos longas mais bonitos da história da Disney e da animação de maneira em geral, A Bela Adormecida (1959), a animação entrega um visual arrebatador onde é quase como termos um livro de conto de fadas que desabrocha na nossa frente.

Dos detalhes dos figurinos, dos cabelos, do Reino de Rosas, desde a cidade até a floresta, tudo em Wish: O Poder dos Desejos nos faz querer passar mais tempo dentro dessa história e com esses personagens.

Nessa luta entre bem e mal, não importa se você é uma feiticeira que tem inveja da beleza da enteada ou uma bruxa pistola por não ter sido convidada para um batizado de uma criança, ou até mesmo um conselheiro real com um papagaio a tiracolo, e sim que desde do começo dos tempos, uma mensagem será transmitida ao vermos um filme do estúdio.

Assim, no final, vemos Asha dizer em alto e bom tom o que quer não só para si, mas também para todos do reino ao provocar a ira do vaidoso e cruel Magnífico, passagens que fazerm de Wish: O Poder dos Desejos ser uma das mais lindas animações do ano e uma que celebra o cenário a altura do estúdio que por anos nos entregou animações, histórias e personagens de nos fazer sentir e se emocionar. 

Nota:

Wish: O Poder dos Desejos chega em 4 de janeiro nos cinemas.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

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