sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Velozes e Furiosos 10 | Crítica: Vin Diesel acelera e mostra que franquia ainda tem combustível

Já são 10 filmes, muitas perseguições de carros, explosões, e aventuras por diversas partes do mundo. E ano após ano, Velozes e Furiosos continua por voltar, com um novo filme, e por onde passa, acelera para fazer uma tonelada de dinheiro por aí. Mas será que Velozes e Furiosos 10 (Fast X, 2023) tem combustível para queimar depois de tantos anos? Definitivamente sim!

Vin Diesel e Daniela Melchior em cena de Velozes e Furiosos 10.
Foto: Credit © Universal Studios. All Rights Reserved.

No décimo longa, fica claro que a franquia soube se reinventar ao longo dos anos, superar alguns sinais vermelhos como a morte trágica de Paul Walker, um dos protagonistas dos filmes anteriores, os bastidores tumultuados com a rixa Vin Diesel e Dwayne Johnson, e algumas ideias das mais malucas, como por exemplo, ir para o espaço no filme anterior, e tudo mais.

E com Velozes e Furiosos 10, parece que o longa voltou da revisão e ganhou novos apetrechos que dão um gás para essa franquia que ainda tem história para contar.

E por história queremos dizer, entregar novas doses de adrenalina a cada 15 minutos com perseguições e explosões alucinantes, e claro Vin Diesel por fazer discursos sobre a importância da família e tudo mais. Por que história, história mesmo, é só aquele fiapinho mesmo, o mínimo do mínimo para cumprir tabela. Todo mundo sabe, os atores sabem (temos 4 vencedoras do Oscar aqui gente!), o público sabe que Velozes e Furiosos é pelo espectáculo, pelas cenas de ação, não é para se levar a sério, e já tem tempo que Vin Diesel e essa família entregam uma boa definição de filme espectáculo, e com Velozes E Furiosos 10 não é diferente.

E que família hein? Velozes e Furiosos 10 não só expande esse conceito mais uma vez, depois de ter introduzido Jakob (John Cena), o irmão de Dom, no cenário, como garante que o Universo dos filmes tenha novos rostinhos (uns bem conhecidos do público) para esse décimo filme abrir as portas e encaminhar a franquia para o seu final.

E pelo andar da carruagem fica claro que Velozes e Furiosos 10 se encaminha mesmo para um final, mas não *o* final definitivo que tem sido comentado por aí. Afinal, é uma franquia bilionária e não existe final quando se trata de dinheiro, né? 

Nathalie Emmanuel e Sung Kang em cena de Velozes e Furiosos 10.
Foto: Credit © Universal Studios. All Rights Reserved.

Com a possibilidade que “todo mundo está vivo de alguma” e que surpresas são sempre esperadas nesse quesito, Velozes e Furiosos 10 faz o que sabe fazer de melhor: agradar o espectador com aquilo que está acostumado desde que o primeiro filme estreou lá em 2001.

E aqui, o que temos novamente é uma aposta no grandioso, no explosivo, e no que beira o nonsense mais uma vez. Vilões surgindo do nada, representados em Velozes e Furiosos 10 por um deliciosamente caótico Jason Momoa na melhor adição da franquia em anos, ameaças das mais malucas, onde aqui temos bolas de metal flamejante correndo à solta pelas cidades de Roma (a melhor sequência de ação do filme), e o ponta pé inicial para começar a contar essa história apresentada aqui, onde vemos que as apostas estão cada vez mais altas para Dom (Diesel) e companhia na medida que o personagem de Momoa consegue bolar um plano mega evil para separar essa família e se vingar do protagonista.

E a separação desse grupo é o que move Velozes e Furiosos 10 e faz a trama correr. Parece que o longa, ao separar esse grupo gigante de personagens, desenvolve diversos tipos de “filmes derivados” para todos eles e que poderiam ser “pitchs” para novos spin-offs como foi Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (2019). Afinal, quando temos cada um em um canto, separados, um em cada parte do mundo, com todas as agências de inteligência, e mercenários atrás deles, fica um pouco mais difícil trabalhar com essas tramas paralelas de uma vez, e na mesma proporção.

O problema é que algumas delas acabam por serem mais interessantes que as outras, e que deixam Velozes e Furiosos 10 com um ritmo bem imprevisível e irregular de acompanhar. Mas que não deixa de ser divertido, já que estamos aqui pelo espectáculo não é mesmo?

E como todo mundo está de volta para Velozes e Furiosos 10 (ah as participações especiais, sem spoilers aqui) o tempo de tela fica escasso, e para muita gente que aparece, é questão de piscar de olho, e você pode perder que essa pessoa deu as caras. É o caso de Queenie de Helen Mirren que retorna tão rápido quanto um farol que fica vermelho quando você está pressa, ou Rita Moreno que dá as caras como a Abuela Toretto, fala três frases e vaza, ou até mesmo a portuguesa Daniela Melchior, que também é uma das novas adições para trama, quando o filme retorna para o “Brasil” para continuar a trama que começou lá em Velozes e Furiosos: Operação Rio (2011) e envolvia o criminoso Hernan Reyes (Joaquim Almeida). 

Velozes e Furiosos 10 tem um elenco inflado e que basicamente é uma van lotada que faz um caminho muito rápido para contar essa história, então é subir nela em movimento e ir dando oi para todo mundo que aparece. De sub-aproveitada Brie Larson, como Tess, uma agente que descobrimos ser a filha do Sr. Nobody, o retorno de Charlize Theron como vilanesca Cipher, a introdução de Alan Ritchson como Aimes, o novo chefe da Organização, o retorno de Han (Sung Kang), que realmente voltou por voltar, e o arco do trio de suporte operacional Roman (Tyrese Gibson), Tej (Ludacris) e Ramsey (Nathalie Emmanuel) que nos garantem boas piadas.

E ver também como as coisas se desenvolvem agora que estão mais perigosas para Letty (Michelle Rodriguez) e Dom por conta do filho deles Brian (Leo Abelo Perry) ter se tornado um alvo para os vilões. 

Jason Momoa em cena de Velozes e Furiosos 10.
Foto: Credit © Universal Studios. All Rights Reserved.

E claro, esse elenco gigante, quase como se fosse um filme de super-herói de equipe, precisam competirem com a presença carismática de Jason Momoa que se camaleoa em Velozes e Furiosos 10, nos faz esquecer que é o Aquaman e entrega um vilão imprevisível e divertido de se acompanhar. É como se Momoa fosse um Coringa para o Batman de Dom, afinal, fica claro que em Velozes e Furiosos 10, o personagem só quer ver o mundo pegar fogo. 

E para isso, o diretor Louis Leterrier, uma outra novidade que a franquia soube reinventar, capricha nas cenas de explosão, de perseguição, de corridas de carro que realmente são o cerne de que foi a franquia desde de sempre, junto com o lema de nunca não se levar a sério.

Afinal, com Velozes e Furiosos 10, sempre existe um vilão megalomaníaco para surgir, sempre existe alguém pistola com alguma coisa que Dom e a família fez (e ao longo dos anos eles irritaram muita gente), e fica claro, que existe sempre uma maneira de se inventar e contar uma nova história. 

No final, Velozes e Furiosos 10 se encaminha para concluir esse arco que foi apresentado aqui, onde a ameaça que surge com o Dante de Momoa parece que vai ser uma que vai dar muito mais trabalho para Dom do que ele esperava, e que entrega um filme que parece ser o começo do fim, mas que se apresenta com carinha de ser apenas mais um novo capítulo para a franquia. O problema do espectáculo é esse, o show sempre tem que continuar de alguma forma, e alimentar os fãs da franquia.

Avaliação: 3 de 5.

Onde assistir Velozes e Furiosos 10?

Velozes e Furiosos 10 chega nos cinemas em 18 de maio.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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