Estreou na Netflix na última semana o longa dinamarquês Uma Linda Vida (A Beautiful Life, 2023), estrelado por Christopher e Inga Ibsdotter Lilleaas, que mostra um jovem e sua ascensão no mundo da música, enquanto tenta controlar a própria vida e busca o estrelato e viver seu amor.
E é essa a trama do longa, que mostra o jovem pescador encontrando uma chance de sair de sua vida sofrida e estar cair no mundo da música. É muito boa a forma que exploram no começo a sua vida árdua e aos poucos vemos como ele pode ter essa chance de sucesso graças as trapalhadas de seu melhor amigo, Olliver (Sebastian Jessen).
Uma Linda Vida mostra o desenrolar de uma amizade difícil, o início de um amor conturbado e uma carreira que pode mudar vidas. Claro que o longa tem alguns problemas no desenvolvimento, com alguns pontos bem mais lentos e outros feitos de forma corrida, mas isso não atrapalha no entendimento dos problemas de Elliott e Lilly.
Ele perdeu os pais cedo, enquanto ela não teve uma vivência com o seu, que era um grande astro do rock e negligenciou a sua família. Suzanne (Christine Albeck Børge) em uma festa caba dando de cara com Elliott, que ao substituir o amigo Oliver, acaba chamando sua atenção, e ela o coloca com sua filha Lilly para criar um novo sucesso.
Oliver se mostra rancoroso, some da vida do amigo e é óbvio que retorna quando o sucesso é alcançado por ele, e isso é bem abordado, e até forçam uma gratidão de amizade em Elliott que não faz muito sentido no apresentado, e no fim é fácil não gostar de Oliver. Toda sua construção e suas atitudes são irritantes, e é um dos méritos de Sebastian Jessen.
Um ponto muito bom de Uma Linda Vida são suas canções, que nos envolvem tanto na melodia, quanto nas letras. O mesmo vale para a fotografia e a direção competente de Mehdi Avaz.
Uma Linda Vida é bonito, falta um pouco mais de aprofundamento em alguns desenvolvimentos, mas entrega um romance competente, e que nos envolve em suas canções.
Uma Linda Vida está disponível no catálogo da Netflix.