sexta-feira, 22 novembro, 2024
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Top Gun: Maverick | Crítica: Tom Cruise vai tirar seu fôlego com a sequência

Após quase 30 anos, uma pandemia que atrasou o lançamento, e uma concorrência sem tamanha para achar um nova data, Top Gun: Maverick (2022) chega finalmente aos cinemas. E como seu astro principal queria, que o filme fosse visto na maior tela possível.

A espera valeu a pena, sem dúvidas. Top Gun: Maverick entrega um senhor blockbuster, onde a sequência vai tirar seu fôlego. Seja pela presença carismática de Tom Cruise, um dos poucos ainda restante em Hollywood que tem cacife para bancar um tipo de produção como essa, seja pelas cenas de aviação completamente alucinantes, ou até mesmo pela trilha sonora marcante e que remete o longa original.

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Tom Cruise em cena de Top Gun: Maverick
Foto: Paramount Pictures

Claro, não temos um Take My Breath Away mas temos Lady Gaga com Hold My Hand, e aviões que fazem manobras das mais absurdas possíveis, e uma fotografia alaranjada que dá o tom para mostrar um grupo de pilotos em busca de se superarem enquanto medem suas “forças” em aviões de última geração e precisam lutar para manterem seus trabalhos no meio da ameaça do futuro e da tecnologia que um dos manda chuva do Exército (Ed Harris) quer impôr.

Assim, ao mesmo tempo que Top Gun: Maverick tenta impedir o futuro de chegar, abraça a nostalgia, diminui o tom do primeiro filme, aquele mais homoerótico e bem focado nas relações entre os pilotos cheios de testosterona e suor e foca realmente nas sequências com os aviões e as peripécias deles no ar. É como se Top Gun: Maverick fosse um tipo de Velozes E Furiosos só que em um ambiente aéreo, onde a direção de Joseph Kosinski ajuda e muito a passar essa sensação imersiva que o longa tem, principalmente nessas passagens.

As cenas na Terra? Basicamente são um repeteco de passagens do primeiro filme. Top Gun: Maverick é o que chamamos de sequência/reboot. É a ideia de se apresentar o conceito da academia Top Gun, a rivalidade entre os pilotos e o sentimento de camaradagem entre eles para uma nova geração, sem dúvidas.

Mas ao mesmo tempo que Top Gun: Maverick tenta fazer isso, foca extremamente no personagem de Pete “Maverick” Mitchell de Cruise que aqui ganha uma nova chance de voltar para a academia do exército que treina jovens pilotos (aliás num elenco super diversificado), onde além de ser o responsável por uma nova missão precisa enfrentar o passado na medida que sua nova classe tem como “aluno” Bradley ‘Rooster’ Bradshaw (Milles Teller, numa dobradinha com a Paramount depois de estrelar a série sobre os bastidores do Poderoso Chefão), o filho do seu antigo parceiro Nick Bradshaw, o Goose que morreu no primeiro filme, o desbocado Hangman (Glen Powell, ótimo), em que os dois repetem a dinâmica de Cruise e Val Kilmer do primeiro filme e outros pilotos que são os “melhores entre os melhores” mais uma vez.

Entre os diversos outros alunos que apenas se camuflam nessa história, mesmo que tenham seus momentos, temos a pilota Phoenix (Monica Barbaro), o instrutor Hondo (Bashir Salahuddin). e o Capitão Cyclone (Jon Hamm). São muitos personagens onde todos parecem que orbitam em volta de Cruise e tudo mais.

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Glen Powell em cena de Top Gun: Maverick
Foto: Paramount Pictures

Mas como falamos, Kosinski acerta bem ao trazer cenas do primeiro filme refilmadas de forma diferente, apenas seguindo a estrutura do que já vimos lá nos anos 80.  É um agrado para os fãs de Top Gun de 1986 seja na cena da praia com os recrutas, onde sai o vôlei e entra o futebol americano, e o novo interesse amoroso de Maverick, onde volta Penny (Jennifer Connelly) e sai Charlie (Kelly McGillis) e a cena onde o personagem de Teller toca no piano a música que seu pai e Maverick cantaram no primeiro filme.

A sequência mantém o tom mais bem humorado visto no primeiro filme, principalmente em um momento que o personagem de Cruise precisa sair de fininho de uma situação, mesmo que dê a preferência para focar na ação do que efetivamente nas histórias mais dramáticas entre os pilotos. Em termos de narrativa, o foco realmente acaba por ficar entre os personagens teimosos de Cruise e Teller tentando se acertar enquanto pilotam por ai e precisam atingir uma quase impossível meta para se qualificarem em uma missão de sumo importância.

No final das contas, Top Gun: Maverick segue a cartilha de Hollywood em se apoiar no tom nostálgico, e possivelmente foi o que começou essa onda toda, afinal, já foi gravado já algum tempo, mas garante para o espectador uma grande jornada em aviões super-sônicos de última geração e no carisma e popularidade de Cruise que tem que aproveitar suas chances enquanto dá. E com a sequência, Cruise se garante nisso, onde, como falamos, o ator é um dos últimos em Hollywood com esse tipo de charme quase único e raro nos dias de hoje. 

Avaliação: 3.5 de 5.

Top Gun: Maverick chega nos cinemas em 26 de maio.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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