domingo, 22 dezembro, 2024
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Brincando com Fogo | Crítica da 1ª Temporada

Talvez da safra de reality shows da Netflix, lançados ultimamente, Brincando Com Fogo (Too Hot To Handle), talvez, seja o mais fraco dentre eles. Mas mesmo assim, não perde sua excentricidade, e faz aquilo que um bom programa do gênero faz: nos entregar descompromissadas boas horas de diversão.

Liderados por mais uma assistente de voz mandona, agora temos uma chamada Lana, Brincando com Fogo tem uma premissa simples: unir um bando de jovens, bonitos, sarados e dentro de um dentro padrão estético em uma ilha por um mês. Mas quando eles chegam por lá, e pensam que teriam um lugar paradisíaco para aprontarem as maiores estripulias e saírem de férias, Lana vem para acabar com a brincadeira deles e estipular algumas regras. A principal é que os participantes não tenham contato físico nenhum, nem com um parceiro, nem com si mesmo, durante o período de permanência na ilha.

Brincando com Fogo | Crítica da 1ª Temporada | Foto: Netflix

E o que parece ser uma tarefa simples, para os participantes enclausurados está mais para uma tortura. Claro, o elenco de beldades para o primeiro ano de Brincando Com Fogo parece que foi escolhido a dedo, onde os produtores realmente conseguiram escolher certos tipos de pessoas que fazem essas regras e condições parecem ser uma tarefa homérica de conseguir vencer. Será que eles vão conseguir? A resposta é um claro e bem sonoro não! 

E a graça de Brincando com Fogo é ver até quando esses participantes conseguem se virar, e o mais importante, será que eles assim conseguirão criar laços e relacionamentos mais estreitos uns com os outros? E a dinâmica que a assistente virtual Lana impõe é uma delícia de se acompanhar, e a assistente de voz rouba as cenas em diversos momentos, afinal logo nos primeiros episódios vemos que a multa para beijos são de 3 mil dólares, afinal, os participantes claramente não estão preocupados com Lana, a assistente de voz vigilante.

Assim, a pergunta que fica é será que os participantes vão conseguir manter o prêmio de 100 mil dólares intacto até o final da jornada no programa? Sim, isso mesmo, a cada infração uma quantidade de dinheiro é debitada da conta do prêmio, e se um simples beijo vale 3 mil imagina o quanto vale outras coisas, não é mesmo?

Brincando com Fogo | Crítica da 1ª Temporada | Foto: Netflix

Brincando com Fogo parece se levar um pouco mais a sério do que deveria, afinal tenta mudar a forma que os participantes se veem, e veem os outros, e alguns episódios acabam por ser uma chuva de frases de auto-ajuda e que devem fazer a alegria dos coach de plantão. Inclusive tem participantes que acabam por sair do programa por não aceitar as regras, e a visão desse chamado retiro espiritual, o que movimenta um pouco alguns dos episódios, mas ao mesmo tempo é um dos únicos momentos que alguns deles tem em frente à câmera que valem a pena.

Os produtores tentaram fazer com que Brincando com Fogo tivesse um lado mais substancial do que realmente o programa parecer ter, mas ao longo dos episódios, tudo fica um pouco forcado demais e até mesmo monótono, com os diversos treinamentos que Lana faz os participantes participarem para evoluírem como pessoas. Pois o público, quer ver mesmo é confusão, como aquela protagonizada por Francesca e Haley, a saga de David com as mulheres da casa, ou até mesmo, o polêmico encontro que Kori arma e que movimenta os episódios finais.

Claro nem tudo é oba-oba, Brincando com Fogo ainda mostra que sim esses casais viciados em sexo e noites únicas podem encontrar e desenvolver conexões mais saudáveis, como é o caso de Chloe que compreende mais sobre o poder feminino, e da dupla Rhonda e Sharron.

Mas convenhamos que boa parte dos participantes está ali para desfilar seus corpos sarados para a câmera. Com 8 episódios, Brincando com Fogo parece se sustentar com as mudanças das regras e reviravoltas, seja com as pulseiras que ficam verde, ou a introdução do quarto isolado para casais que testa ainda mais os participantes.

Até os momentos finais, de quem irá receber o prêmio, ou o que sobrou do prêmio, Brincando com Fogo tira diversos coelhos da cartola e nos deixa na expectativa para o que mais pode acontecer com esse grupo de pessoas.

Brincando com Fogo tem uma premissa muito boa, mas que acaba por não ser muito bem executada, onde a fórmula dos reality shows parece ter ficado boiando no mar azul e cristalino onde o programa se passa. Mas mesmo assim, no final, recomendamos Brincando com Fogo.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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