domingo, 22 dezembro, 2024
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TIFF 21 | O Culpado: Jake Gyllenhaal absolutamente incrível e rouba a cena em remake para a Netflix

Do que se trata O Culpado:

O novo filme do diretor Antoine Fuqua tem Jake Gyllenhaal no papel principal do remake americano de Guilty (Den Skyldige) de 2018.

Em uma manhã na central telefônica do serviço de emergência 911, o atendente Joe Bayler (Gyllenhaal) tenta ajudar uma mulher em perigo, mas logo descobre que nada é o que parece. A única saída é encarar a verdade.

No elenco temos ainda os atores Ethan Hawke, Riley Keough, Christina Vidal Mitchell, Eli Goree, Da’Vine Joy Randolph, David Castañeda, Paul Dano e Peter Sarsgaard.

O que achamos:

Culpa (Den skyldige), o longa dinamarquês que fez um certo burburinho por aqui depois que passou na Mostra de Cinema de SP em 2018, e chamou atenção de Hollywood quando vimos que o ator Jake Gyllenhaal havia comprado os direitos do longa para um remake americano.

E Gyllenhaal, assim como, Jakob Cedergren no filme original, segura as pontas e carrega o longa no gogó como o operador de emergência que recebe uma ligação de uma moça que diz ter sido sequestrada por um homem. O ator é o grande destaque do longa, sem dúvidas, entrega uma atuação intensa e explosiva, é o motivo mais que válido para dar um play no filme.

Mas o que de diferente O Culpado (2021) tem de diferente, e o que tem de igual de Culpa (2018)?

Além do nome, claro, a versão da Netflix toma certas liberdades em relação que o original que são bem vindas.

Por exemplo, a premissa do filme continua igual, onde aqui Antoine Fuqua continua com a câmera colada na cara do protagonista, onde o vemos tentar resolver esse caso que ele recebe durante o seu turno. De diferente? A cidade que o personagem sofre com uma grande incêndio e isso cria uma variável a mais piorar a situação. Do outro lado da linha temos a jovem Emily (Riley Keough com uma voz super marcante) que liga para a emergência com seu problema que no começo é difícil de sabermos o que realmente acontece com ela.

Fica claro para Joe (Gyllenhaal) que o sequestro da jovem está em andamento. Mas no meio de uma cidade que pega fogo, e com poucas informações, além dos soluços e choros do outro lado da linha, ele tem pouco com o que trabalhar. Mas isso não o impede de querer ajudar a jovem.

Pouco sabemos sobre o Joe, e quem é o personagem, afinal, o longa já começa no meio do seu turno. O que descobrimos é que ele era um detetive que agora está por fazer um trabalho corporativo devido à uma infração no trabalho. O que aconteceu e os motivos que o levaram até ali não são revelados para o público em uma primeira oportunidade mas quando o caso da jovem Emily chega, Joe faz de tudo para tentar resolver a situação, sem sair de sua própria mesa.

O cenário de uma única locação continua aqui e o filme se passa inteiramente dentro do prédio da polícia, e temos apenas algumas mudanças , como por exemplo a ida ao banheiro ou para uma sala isolada na medida que o longa avança, mesmo que a câmera sempre fique focada em Gyllenhaal que realmente entrega um excelente trabalho. Na medida que o caso ganha novas proporções e Joe começa a pedir diversos favores na polícia de Los Angeles, o longa ganha um sentimento de imprevisibilidade gigante e vemos o joe e próprio Gyllenhaal definhar na nossa frente. A situação que a chamada em andamento se apresenta parece agravar todos os problemas pessoais que o personagem vive, seja pelas insistentes ligações de uma jornalista (não sabemos a princípio para que), uma garotinha que está de papel de fundo do celular do personagem, ou os próprios colegas que não parecem entender as motivações de Joe para desesperadamente resolver esse caso.

Na medida que o filme desenrola o caso, e boa parte do elenco do filme é introduzido apenas via voz, é o caso de Peter Sarsgaard, Ethan Hawke e a jovem Christiana Montoya, o sentimento de loucura e obsessão do personagem de Gyllenhaal domina a tela. Joe faz de tudo para resolver o caso, onde fica claro, que o personagem cruza novamente diversas linhas morais e éticas para resolver o caso, onde a trama continua a nos dar detalhes sobre os acontecimentos do passado do protagonista que mudam nossa visão sobre ele e suas motivações.

No final, algumas reviravoltas e uma continuação da história diferente do original, fazem de O Culpado um filme para se assistir tenso com as possibilidades e com as mudanças bruscas sobre o que achamos da situação e do personagem principal. Graças ao ótimo trabalho do ator, O Culpado entrega um desses filmes que valem a pena ver e rever. O bom que chega na Netflix em breve.

Avaliação: 3.5 de 5.

O Culpado chega na Netflix em 1º de outubro.

Visto em sessão digital da edição 2021 do Festival de Toronto.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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