domingo, 24 novembro, 2024
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Thor: Amor e Trovão | Crítica: Novo Thor coloca ótimo elenco para emocionar e fazer rir

E Thor está de volta! O primeiro (basicamente o único que sobrou!) dos Vingadores a ter um quarto filme no Universo Cinematográfico da Marvel, retorna para uma nova aventura. Mas será que Thor: Amor E Trovão (Thor: Love And Thunder, 2022) será uma nova, e clássica, aventura de Thor? Se depender de Chris Hemsworth e do diretor Taika Waititi, sim, o quarto filme da franquia do herói Deus do Trovão é o início de uma nova safra de filmes Thor…

Com Thor: Amor E Trovão, Waititi e Hemsworth assumem de vez as rédeas do personagem e entregam novamente um tom mais bem humorado, onde o Thor mais paz & amor e menos trovão, continua aqui. As loucuras narrativas e algumas insanidades presentes no longa anterior continuam também, mas ao mesmo tempo, sinto que Waititi diminuiu a mão do que foi apresentado em Thor: Ragnarok (2017), afinal, em Thor: Amor E Trovão, algumas das tramas e dos temas tratados são bem mais sérios do que vimos antes.

Chris Hemsworth em cena de Thor: Amor E Trovão
Foto; Jasin Boland. ©Marvel Studios 2022. All Rights Reserved.

Mas também o longa não deixa ter as mesmas passagens divertidas, momentos incríveis de assistir, claro uma excelente trilha sonora que já acompanhava as aventuras do personagem. Thor: Amor E Trovão faz um filme bem falante, os personagens falam pelos cotovelos sobre o que sentem, o que eles vão fazer, o que eles não vão fazer, e a ação é mais contida e menos escalafobética do que a passagem anterior. Em termos de escala faz um filme menor que o anterior, mas segue a cartilha de Waititi que deu certo.

Hemsworth está definitivamente no seu auge cômico, desde que lá em Caça-Fantasmas (2016), assumiu mais esse seu lado em grandes produções. O Thor mais pastelão interage muito bem no longa seja com a Rei Valquíria (Tessa Thompson tão bem aqui e definitivamente precisa ter sua própria produção no MCU o mais rápido possível), com Korg (voz de Taika Waititi), com os Guardiões da Galáxia (eles estão de volta, também), ou até mesmo com a ex-namorada Jane Foster (Natalie Portman também de volta para o MCU) e com o ex-martelo Mjölnir que retorna com a personagem.

E Thor: Amor E Trovão é isso, é a continuação da história de Thor, pós-Jane, pós-Loki, pós-luta contra Thanos e tudo mais. E para onde ir depois disso? Waititi deixa o espectador ficar com essa pergunta martelando na cabeça por alguns minutos no começo do filme antes da trama realmente acontecer e efetivamente se torna uma excelente questão para o personagem de uma maneira geral enquanto o filme desenvolve.

Afinal, as missões que Thor recebe ao lado dos Guardiões da Galáxia são o dia-a-dia desse grupo que vive agora no espaço e por responder os chamados de socorro que vem por toda a galáxia. As cenas com os personagens são divertidas de se acompanhar, e podem dar uma pista de como vai se conectar com a trama de Guardiões da Galáxia, Volume 3 (marcado para 2023), mas se conecta muito pouco com a trama principal, e com a história, de amor e trovão, que Thor: Amor E Trovão quer contar.

E isso implica na verdade nas duas grandes histórias e arcos narrativos principais que o longa se apoia e que realmente tem duas grandes adições de atores para o MCU. Se Hemsworth se achou como Thor, outro que está muito bem obrigado é Christian Bale, que em Thor: Amor E Trovão realmente faz uma ótima adição para o rol de vilões do MCU. Não vou dizer que o vilão de Bale é o melhor que já tivemos, mas talvez entregue um com uma das melhores motivações apresentadas recentemente, uma bem melhor do que “ah apenas sou vilão porque quero dominar o mundo/o planeta/galáxia.”

Thor
Christian Bale em cena de Thor: Amor e Trovão.
Foto: Courtesy of Marvel Studios. ©Marvel Studios 2022. All Rights Reserved.

E Bale simplesmente arrebenta no papel em Thor: Amor E Trovão. Com uma presença camaleoa, realmente um pouco assustadora em algumas cenas (tem uma especificamente em uma jaula onde o personagem aparece do nada assusta os presos!), o ator entrega uma figura com uma força visual gigante para Gorr, o Carniceiro dos Deuses e que acaba por ser um dos pontos de partida para a trama do longa.

Gorr quer vingança contra todos os Deuses e começa a ir atrás um por um, de cada planeta, juntamente com sua espada sombria, e começa a mirar planeta por planeta, e civilização por civilização. E um desses planetas é o local que Thor e os Guardiões partiram em defesa nos primeiros minutos do longa.

E além de Bale dar o tom na parte mais trovão de Thor: Amor E Trovão, Natalie Portman retorna como Jane Foster para o mundo do Thor e fica com a parte mais amor do longa. E para os fãs já aviso, o filme é da Natalie Portman como a Poderosa Thor, sem dúvidas. Do arco narrativo saído dos quadrinhos, onde Foster tem câncer, até as interações da personagem com o Thor, com a Rei Valquíria e até mesmo com Gorr, são muito interessantes porque Portman faz acontecer.

Thor
Natalie Portman em cena de Thor: Amor E Trovão
Foto; Jasin Boland. ©Marvel Studios 2022. All Rights Reserved.

A vencedora do Oscar eleva a narrativa de Jane ao longo do filme e consegue navegar entre o romance bobinho que Thor e Jane tentam trazer de volta depois de anos separados, as dificuldades de manter o câncer em segredo, e claro lidar ela mesmo com toda a questão de ser uma super-heroína ela mesmo e como isso vai por afetar sua vida.

Waititi e Jennifer Kaytin Robinson (que trabalhou nas comédias românticas Alguém Especial e Unpregnant) demoram um pouco para unir todas as partes em uma trama única, mas ao fazerem isso tem a chance de brincarem com os diversos tons que o filme tem, como falamos os mais dramáticos como a origem de Gorr, ou o câncer de Jane, com os mais cômicos, o dia-a-dia de Rei Valquíria em Nova Asgard com as atrações temáticas, as peças de teatro (com novas participações especiais e cameos super divertidos), e claro a visita dos personagens para o Reino dos Deuses onde eles encontram diversas divindades clássicas e claro Zeus (Russell Crowe) em pessoa.

Assim, o longa se desenvolve com uma boa agilidade e realmente engrena nos seus momentos finais, onde as ameaças ficam maiores para os mocinhos na medida que Gorr se torna uma ameaça muito formidável em termos de poderes que eles precisam enfrentar. Thor: Amor E Trovão mantém a música tocando para Thor e parece que Waititi ainda tem uma bela playlist pela frente na medida que alguns acontecimentos que se desenvolvem no filme devem permear, e dar trabalho, para Thor no futuro.

No final, o que temos é mais um divertido e espalhafatoso longa focado em um dos últimos personagens que a Marvel Studios conseguiu fazer dar certo. No final, a fase 4 se encaminha para ser a fase menos conectada entre as produções do MCU, seja elas nos cinemas ou no Disney+, onde nesse momento o foco é deixar o lado mais sombrio e místico de Doutor Estranho No Multiverso da Loucura de lado para focar no lado mais colorido, galhofa e chamativo de Thor: Amor E Trovão.

E com isso, Kevin Feige tem com Thor: Amor E Trovão uma munição pesada com um diretor/roteirista super talentoso e um elenco invejável de atores, e claro, um machado e um martelo igualmente super poderosos. 

Thor: Amor e Trovão tem duas cenas pós-créditos. 

Avaliação: 3.5 de 5.


Thor: Amor E Trovão chega nos cinemas nacionais em 7 de julho pela Marvel Studios.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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