O amadurecimento na forma de contar a trama de The Witcher, e também nos dramas de seus personagens, acaba nos entregando uma 3ª temporada mais intensa e com tempo para desenvolver cada um de seus personagens, principalmente Geralt. Começar a temporada já tendo certa a saída de Henry Cavill acaba também trazendo um sentimento estranho.
ALERTA DE SPOILER!
Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.
Separado em 2 volumes, este primeiro lançado mostra uma jornada que prepara os personagens para algo maior, mas o foco aqui é fazer o maior número de laços para no fim proteger Ciri (Freya Allan) e evitar sua morte. A presença de Yennifer (Anya Chalotra) e como ela busca se reconciliar com Geralt, Ciri e consigo mesma, é um peso para ela, que precisa deixar a vaidade de lado e abraçar esse sentimento.
The Witcher fortaleceu muito Ciri no decorrer das temporada até aqui, e esse fortalecimento também a faz confrontar e questionar. A maturidade dela acaba colocando Geralt em uma posição de evolução que o faz abrir mais a boca, dando espaço para Cavill trabalhar melhor interpretação e presença de cena, pois o bruxo está mais presente, conversando mais, e até brincando.
Voltando a trama, elfos e humanos estão ainda mais em guerra, só que aqui Francesca (Mecia Simson) está na lama, seu povo está passando fome, vivendo de saques à caravanas, enquanto começam a ter rebeliões para tirá-la desse poder de querer Ciri a qualquer custo, sem pensar no bem dos seus, apenas em vingança. Eles se fortalecem, quando ela volta e se une a Cahir (Eamon Farren), depois dele agir e tirar o líder dos rebeldes de jogo.
Rience (Chris Fulton) ainda quer a sua vingança, segue atrás de Ciri a qualquer custo, mandando monstros e tudo mais, mas em seu confronto quase perde a vida para Geralt, que antes do pior vai embora, mas o deixa com as mãos quebradas. Rience vai atrás de todos que passaram pelo caminho de Geralt, incendiando até mesmo pessoas que para mim eram importantes na trama.
Em Redania as coisas continuam a piorar com Frigilla e Dijkstra parecendo tramar só o pior, mas sempre deixando claro que precisam de Ciri, e até o rei cede, mesmo que as vezes Dijkstra precise tomar ações extremas para conseguir o que quer. Gosto da relação de Frigilla e Dijkstra, e como ele consegue clarear a mente sendo subjugado por ela.
A busca de Emhyr por Ciri fica muito estranha, ele tem Cahir ao seu lado, e agora Francesca e os elfos, e uma legião ainda maior. Ele queimando as fotos do castelo, mas mantendo uma de Ciri mostra seu apego, e nos deixa intrigados para ver as coisas se amarrarem.
Jaskier teve momentos importantes neste ano, e apareceu muito mais, participando de diversas passagens importantes na trama, como uma das brigas de Ciri, onde ele acaba protegendo ela e quase perdendo o seu alaúde. O desenvolvimento dele é grande, ele nunca teve um amor, sempre esteve envolvido com tudo, homens, mulheres, elfos, anãos, transmorfos, mas finalmente o vemos se entregar a uma paixão verdadeira, agora com o príncipe de Redania.
Os momentos finais deste Volume da 3ª temporada de The Witcher são intensos, traz um episódio com várias reviravoltas em “The Art of Illusion“, e a forma como a festa de Aretusa é contada nos faz ficar ligados na trama, pois tudo é importante, e cada volta que é dada para contar isso acaba sendo uma aventura nova. Quando as peças vão se encaixando e o cerco se fecha para Strogobor, que seria o grande vilão, acabamos vendo que Riencer e Lydia tem outro aliado, ainda mais forte, Vilgefortz, que tem manipulado Tissaia.
Sem um lado escolhido, Geralt ouve os gritos das batalhas de Aretusa, mas é encurralado por Dijkstra que o questiona, enquanto Yennifer tenta conversar com Tissaia. Ciri está isolada da trama, dormindo, enquanto Jasker dorme com o príncipe de Redania, e muitas coisas tem para acontecer.
The Witcher | Crítica 2ª Temporada: Cheio de ação e monstros, temporada é um grande prólogo do que vem por vir
The Witcher prepara muito bem o terreno para o seu Volume 2 da 3ª temporada, que terá 3 episódios, e promete muita ação e violência, que a série soube muito bem entregar neste momento. O perigo espreita todos os cantos do Continente e Nifgaardian entrará em confronto com Redania, mas aqui devemos ver a queda de Aretusa, tirando muita força da magia.
Ciri na sua jornada ajudou pessoas e mudou vários rumos, e isso deve ajudá-la nos próximos episódios, lembrando que isso sempre é importante na trama da série. Estar bem relacionado é importantíssimo em The Witcher.
Quanto a Henry Cavill, será um pesar vê-lo dizer adeus ao personagem, mas Liam Hemsworth é competente o suficiente para manter o ar bruto e silencioso do bruxo. Em determinado momento vemos Yen comentar sobre mudanças, e ela mesma já passou por traumas para ser quem é, e espero que não usem isso como desculpa para a mudança de aparência de Geralt.
Henry Cavill deixa The Witcher e Liam Hemsworth assume como Geralt
Se elogiamos Cavill, Chalotra e Allan estão incríveis em seus papéis, mas isso é uma competência incrível de todo o elenco da série, que segura muito bem a ponta. E ajuda muito que o roteiro não tem barriga, tudo o que é apresentado é importante de alguma forma, mesmo que seja em episódios futuros.
The Witcher está mais sólida, forte e interessante, e consegue nos deixar ansioso demais para o seu Volume 2, e já ficar aliviado por termos uma 4ª temporada a caminho. A adaptação da obra de Andrzej Sapkowski segue em um caminho incrível.
O volume 1 de The Witcher, que inclui os episódios 1 ao 5, está disponível globalmente na Netflix. O Volume 2, que contará com os episódios 6-8, estreia em 27 de julho.