E seguimos The Last of Us e nos surpreendendo com a qualidade da série, e uma das coisas que pegou bem nesses dois primeiros episódios são suas fotografias. Por mais que tenhamos em diversos momentos o ângulo e a escolha exata do jogo, é impressionante o trabalho e a dedicação por trás disso.
ALERTA DE SPOILER!
Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.
Gostei da série gastar um tempo para mostrar como tudo começou, seja no episódio anterior com o depoimento duro sobre como fungos seriam piores que vírus e bactérias, ou neste com a Dra. Ibu Ratna (Christine Hakim) nas Indonésia pedindo para bombardearem tudo. Colocarem uma especialista para identificarem um corpo e verem como um fungo Cordyceps adentrou e se instalou no corpo de uma mulher e que ela já havia sido mordida e mordeu diversos outros, só colocou a doutora em um estado de choque.
A forma como a trama se expande nessas condições, mostrando um pouco da origem e como tudo foi evoluindo é sensacional, pois nos deixa angustiado e intrigado em ver como tudo foi pegando a proporção que tem 20 anos depois.
The Last of Us ainda faz um trabalho incrível em nos conectar com Tess e seu desejo em levar Ellie onde quer que seja para que a tal cura realmente possa ser feita, e é interessante já termos a dimensão do que devemos esperar para a personagem logo de cara.
A jornada passando por dentro do Hotel e depois do Museu até o primeiro destino deles, é recheada de momentos importantes, onde temos Tess buscando acreditar em um futuro, Ellie sem saber o que realmente a aguarda e Joel completamente cético quanto ao destino que lhes reserva, querendo apenas levá-la logo e acabar com tudo. As piadinhas entre Ellie e Joel, as cutucadas, tudo é muito bem trabalhado, e quando ele a encontra boquiaberta admirando a paisagem da cidade, que ela nunca havia visto de verdade por já ter nascido pós incidente, o coloca com um pouquinho de esperança.
The Last of Us ainda consegue manter alguns segredos, mesmo clichês, como Tess estar infectada, mas isso foi tão importante, pois a grandeza dela em querer que Joel “salve quem você conseguir”, foi sensacional, assim como Ellie querendo entender como matar um humano, mesmo sabendo da infecção pode mexer com eles.
A série nos intriga cada vez mais, suas passagens são longas, mas entregam o desespero necessário, assim como os infectados tem um visual sensacional, que nos deixa um pouco horrorizado e até com nojo. A forma como Tess é “beijada” por um infectado que sentiu que ela estava infectada, foi muito tenso, mas ela cumpriu seu plano em destruir tudo.
Agora, The Last of Us entrega detalhes incríveis, como já deixar explicada a ramificação dos Cordyceps e como sua rede de conexão se espalha por quilômetros, fazendo todos os fungos estarem conectados. Se em The Walking Dead o som atrai os zumbis, aqui os infectados são ainda piores com a conexão e a transferência de informações e localidades entre eles.
The Last of Us | Primeiras Impressões: Intensa e instigante, série começa bem com destaque para Pedro Pascal
Vale muito a pena pesquisar sobre Cordyceps na internet e ver como funciona sua ligação com as formigas e como ir lendo e adentrando nisso só deixa as coisas de The Last of Us ainda mais bizarra.
The Last of Us está disponível na HBO Max com episódios semanais.