Ao final deste episódio descobrimos o quanto Shaun precisa superar as próprias limitações e como Dr. Glassman é importante sim para ele. The Good Doctor as vezes mostra o autismo de Shaun como um “superpoder”, mas acerta em cheio quando precisa trabalhar não só suas “vantagens”, mas também as limitações que isso lhe causa.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Ao ser ignorado por Glassman nos café da manhã de segunda, Shaun se sente perdido por ter quebrado sua própria rotina, e em um caso onde precisa de um direcionamento, ele acaba perdendo até esse acolhimento do amigo. Shaun ainda discute com ele, mas Glassman é irredutível e acredito que essa atitude é importante para o crescimento da relação dos dois, um tempo os farão descobrir mais coisas em comum.
Se Shaun perdeu Leah, agora ele tem um novo vizinho e deve ser interessante ele começar a fazer novos amigos que podem ajudá-lo em outros momentos. Leah teve sua importância em sua evolução emocional, e este ovo personagem deve trazer mais mudanças a seu cotidiano. Adoro Chris D’Elia desde Whitney e espero que o roteiro e a direção extraia o melhor dele.
Outro que aprendeu alguma coisa aqui foi Melendez, que através de Shaun e até Kalu, compreendeu que sua arrogância é importante para sua profissão, mas que no casamento ele não foi muito feliz. Jennifer até aceita isso e fica surpresa com a reação do ex, mas ele deixa claro que agora irá focar em outras coisas para superar o término.
E superar é algo que Browne não fará tão fácil. Ela agora tem apoio de outras mulheres assediadas por Dr. Coyle. Sua motivação agora é não só afastá-lo, mas deixar claro em sua ficha que ele tem problemas, pois ela saiu com um trauma, Kalu manchado por confrontá-lo, e o mesmo foi remanejado, mas é o que menos se deu mal e por conta das próprias atitudes.
A série tem focado bastante em casos importantes, pois em uma paciente vimos o preconceito por ela ser muçulmana e todos desconfiar de sua doença, ligando logo ela a atos terroristas, enquanto o outro paciente quase morreu, mas logo Bowne acha que a esposa que o quer morto por bater nela, enquanto na verdade era o filho dela que sabia de tudo e cansado trocava os remédios dele.
The Good Doctor abre alguns bons questionamentos, mas precisa saber trabalhar a quantidade de trama que propõe sem parecer as vezes até mesmo arrastada. Gosto da série, mas este foi um dos episódios que menos gostei em seu contexto geral, e mesmo com momentos importantes para seus personagens.