Sex Education chegou com sua 4ª e última temporada na Netflix e trouxe o clímax para o momento da despedida. Seus personagens tiveram um pouco mais de desenvolvimento e aprendizagem, mas deixou claro o momento para a despedida da série.
Neste novo ano uma nova escola, e foi interessante ver como ela era diferente de tudo o que eles passaram até ali na Moordale, pois na Cavendish a vida era completamente diferente, com a diversidade mais explorada e também levada a um nível completamente diferente. Otis se viu em um mundo onde ele poderia não ser importante, e sua guerra com O acabou levando vários momentos que poderiam nos fazer pensar um pouco mais.
Fato é que gostei de como Sex Education mostrou que mesmo a escola totalmente diversa, ainda se perdia em muitos diálogos que eram superficiais, e para mim o ponto alto foi o estouro que Isaac teve por conta do elevador, que mostrava essa ausência em alguns pontos. Afinal, acessibilidade é mais do que crucial em todos os lugares.
Voltando a trama da série, o amadurecimento de Otis teve que vir, já que com Maeve ele precisou aprender a lidar com a distância e isso não foi fácil, ainda mais com ela tendo um amigo como Tyrone. Até ele descobrir a verdade, muita vergonha rolou, e foi importante para ele.
E ela mesma também teve que aprender muito, já que nos Estados Unidos ela se viu em uma vida de sonhos longe dos trailers em que cresceu, mas ainda precisou encarar várias realidades, seja com sua mãe, seja com seu irmão, que sempre a deixou de lado.
A relação Otis e Maeve acaba ficando de o lado, e a amizade ganha ainda mais força. Asa Butterfield e Emma Mackey estiveram em ótima sintonia em cena e isso é crucial para o desenvolvimento do casal.
Agora, Otis também teve que lidar com sua mãe e com a chegada de sua irmãzinha. É legal ver Sex Education colocando depressão pós-parto em evidência, e também a importância de pedir ajuda, e trabalhar essa relação de Jean (Gillian Anderson) e sua irmã Jo, foi ótimo para a trama.
Eric (Ncuti Gatwa) lidou com a religiosidade e sua sexualidade, e como a igreja queria que ele dividisse sua vida, e com uma escola mais diversa, ele aprender a ser mais ele e suas novas amizades foram muito bem-vindas para esse entendimento.
Já Adam (Connor Swindells) aprendeu a ser mais leve nos episódios, e tudo o que seu pai fez foi estar mais próximo e querer mostrar ao filho o seu amor, e se desculpar por não saber ser pai. Ambos cresceram e se desculparam, e Maureen (Samantha Spiro) e Michael (Alistair Petrie) acabam também se entendendo nessa nova fase, depois de anos distantes nessa relação complexa.
Ruby aprendeu muito com seus erros, vemos mais de seu passado, e sua ligação com O acaba mostrando sua fragilidade e também sua força para passar por cima de tudo, só que é nos pontos que ela se abre que a personagem fica mais interessante.
Viv e seu relacionamento abusivo com Beau foi importante, mas poderiam ter explorado mais para o desenvolvimento da personagem Jackson e suas crises de ansiedade trouxeram mais coisas para sua relação com suas mães, e o passado dela acaba o forçando a entender que a vida é bem mais complexa.
Sex Education | Crítica 3ª Temporada: Temporada encerra com momento agridoce sua bela jornada de amadurecimento
Sex Education encerra uma jornada incrível para o público e reforça a importância de confiar nos amigos e ter essa rede de apoio para lidar com problemas. A importância de conversar sobre o que sente com as pessoas é crucial para o próprio desenvolvimento.