Got a secret… Can you keep it? Swear, this one you’ll save. Não é surpresa nenhuma que Pretty Little Liars foi um dos marcos da TV americana quando se falava de séries teen. Mesmo com altos e baixos, e um roteiro nada rebuscado, a atração catapultou as carreiras de suas atrizes, teve longas 7 temporadas e criou uma legião de fãs numa época em que as redes sociais nem eram tão fortes assim.
E ao longo dos anos, esse grupo de jovens que precisava enfrentar uma pessoa misteriosa que se auto-chamava de -A e que pregava peças nas personagens por conta do conhecimento de seus segredos ficou presa no imaginário dos fãs da série. E nada mais justo que a HBO Max quisesse capitalizar em cima desse sucesso.
E aqui com Pretty Little Liars: Um Novo Pecado, a nova versão segue basicamente a mesma linha da atração antiga, a diferença é que o seriado abraça o tom mais slasher e coloca a figura de -A, ou pelo menos de alguém, mais visível em tela, para se tornar o antagonista da atração. E que curiosamente não é o único mal que essas jovens vão lidar.
Com produção de Roberto Aguirre-Sacasa (Riverdale, a série da Sabrina para a Netflix), Pretty Little Liars: Um Novo Pecado segue o mesmo tom dos outros projetos do produtor, mas o que diferencia a atração é que as dinâmicas entre as novas jovens, e a nova -A, mudam completamente e aqui temos um cenário de terror bem mais presente tanto na trama quanto visualmente.
Com um tom mais adulto, e mais pessimista, Pretty Little Liars: Um Novo Pecado não tenta pintar as vidas das personagens como perfeitas e que tudo deu certo. Pelo contrário, na atração essas jovens estão bem ferradas em termos de como suas vidas andam e tudo que elas querem. E talvez isso que dê um gás para a série trilhar seu próprio caminho e se desvincular da série principal.
Claro, as farofadas, e as situações absurdas presentes em Pretty Little Liars estão ali, a presença da figura de -A às ronda, e temos as peripécias mais sem pé nem cabeça rolando, mas a nova atração soa muito mais como um filme de terror com um assassino mascarado que as vigia do que propriamente a figura misteriosa de alguém que manda mensagem anônimas e que apenas é mostrada fora de tela.
A trama parece dar espaço para uma coisa que sempre foi interessante na atração, a figura dos pais, e seus segredos, que muitas das vezes as Liars precisam tentar proteger, quando os roteiristas começavam a ficar sem ideias. Lembrem que a série original era da época que as atrações tinham 22, 25 episódios por temporada e se estendiam ao longo de todo o calendário televisivo.
Pretty Little Liars: Um Novo Pecado é bem mais enxuta (apenas 10 episódios no seu primeiro ano), por tanto as coisas não demoram para acontecer. Logo no primeiro episódio já somos jogados para um nova cidade chamada Millwood, onde estamos em uma festa em que uma jovem é vista pedindo por ajuda e é ignorada por um grupo de meninas malvadas no maior estilo de todas as produções do gênero teen. O único problema é que Angela Waters (Gabriella Pizzolo) morreu no meio dessa festa e ninguém ligou.
Mas isso é passado, um flashback lá do final dos anos 90, afinal Pretty Little Liars: Um Novo Pecado se passa no presente e acompanhamos as filhas desse grupo de meninas, agora mulheres, que aparentemente não tem relação nenhuma entre si, e que nem são amigas tão próximas assim. Até que uma delas, a mãe de Imogen Addams (Bailee Madison, a melhor do elenco) é encontrada sem vida na banheira.
A quantidade de corpos que Pretty Little Liars: Um Novo Pecado acumula nos seus primeiros episódios é gigante. Grávida e sozinha, a jovem vai viver com a família da amiga e tenta viver sua vida tranquilamente. Mas Imogen está no ensino médio e as coisas não vão ser tão fáceis assim.
Pretty Little Liars: Um Novo Pecado vai por apresentar suas personagens, e um pouco dos conflitos que serão trabalhados, sem muito apresentar os possíveis segredos que essas jovens têm que fariam a figura de -A às atormentar. Fica claro aqui que as mães são o foco principal, por conta do caso da jovem Angela Waters, mas como a figura misteriosa não pode ameaçar adultos, começa a manipular as jovens. E não é só – A que será a pedra no sapato das jovens. Temos gêmeas na atração. Claro que não poderia ser um reboot de Pretty Little Liars sem gêmeas.
E aqui Karen e Kelly (Mallory Bechtel) prometem deixar a vida dessas jovens um inferno, na medida que Karen, a queen bee do colégio quer todas as atenções para si por conta de um baile que será realizado. Com -A colocando a culpa de diversos dos acontecimentos em Karen, Pretty Little Liars: Um Novo Pecado estabelece enfim o grupo de novas liars quando todas elas são colocadas em detenção. E então, esse novo grupo de jovens resolve que não vão ficar passivamente esperando -A atacar e vão atacar primeiro.
Em Pretty Little Liars: Um Novo Pecado acho que o destaque realmente fica com a jovem Tabby Hayworth (Chandler Kinney), uma figura clássica dos filmes slasher que sabe tudo sobre os filmes, e cultura pop, e aqui trabalha em um cinema local. As outras personagens não mostraram para que vieram nesse começo e estão ali para cumprir tabela seja a viciada em tecnologia, Minnie “Mouse” (Malia Pyles), a jovem Noa (Maia Reficco) com seus problemas e sua tornozeleira eletrônica, ou até mesmo a jovem Faran Bryant (Zaria) com o seu arco de bailarina no melhor estilo Cisne Negro.
Com um ritmo super ágil, o começo de Pretty Little Liars: Um Novo Pecado não perde tempo em deixar claro para o espectador que tipo de atração será entregue aqui. Temos algumas reviravoltas, alguns arcos narrativos que prometem bastante confusão nos próximos episódios, e ver como essas não tão boazinhas e perfeitas jovens vão se virar ao serem ameaçadas pela figura dessa nova -A mais sanguinária, deixam o novo seriado ser chocantemente bom de uma forma que não estava esperando.
[…] Pretty Little Liars: Um Novo Pecado | Primeiras impressões: Série abraça o slasher e se dá bem a… […]
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