sexta-feira, 22 novembro, 2024
InícioFilmesCríticasPara Todos os Garotos que Já Amei | Crítica

Para Todos os Garotos que Já Amei | Crítica

As cartas estão por aí…….

E além das cartas dizerem como Lara Jean se sente sobre cada garoto que ela já teve uma quedinha na vida, elas dizem também que Para Todos os Garotos que Já Amei (To All the Boys I’ve Loved Before, 2018), talvez, seja um dos filmes mais adoráveis que a Netflix já lançou.

Pelo menos até agora.

Lana Condor in To All the Boys I've Loved Before (2018)
Foto: Netflix

Para Todos os Garotos que já amei é uma daquelas comédias românticas que tem um ar inocente, onde sua personagem principal descobre um pouco mais sobre si a cada cena, a cada frase dita (ou seria escrita?) de uma forma que lembra as comédias escolares antigas como Gatinhas e Gatões (1984), A Garota de Rosa Shocking (1986) e Nunca Fui Beijada (1999). 

O filme consegue captar bem aquela aura adolescente onde tudo é urgente e tudo parece ser para sempre. Lara Jean (a carismática e expressiva Lana Condor) ainda está na metade do colégio mas viveu já 5 grandes amores avassaladores que variam entre seu vizinho de porta, hoje namorado de sua irmã mais velha, um colega da turma de debates da ONU e como um bom filme teen, Lara Jean tem como crush um dos atletas mais conhecidos da escola. Mesmo nunca tendo revelado essas quedinhas para nenhum deles, ela escreveu cartas de amor para todos eles e guardou em uma caixa no armário.

Quando as cartas misteriosamente (não tão misteriosamente assim diríamos) são entregues para seus respectivos destinatários Lara Jean começa uma corrida maluca contra o tempo para tentar consertar essa bagunça.

Lana Condor, literalmente, rouba todas as cenas, a jovem atriz é talentosa e sua personagem é muito bem construída pelo roteiro de Sofia Alvarez baseado no livro de mesmo nome Jenny Han (que sem spoilers faz uma participação no filme).

A atriz Janel Parrish, talvez a mais conhecida do elenco por conta de seu personagem na série adolescente Pretty Little Lies, aparece pouco infelizmente. Os rapazes Noah Centineo como o jogador Peter e Israel Broussard (visto em A Morte Te Dá Parabéns num repeteco de seu personagem) como o vizinho Josh, são esforçados e acabam por entregar um bom trabalho mesmo que nada de diferente. E Anna Cathcart como a irmã caçula Kitty acaba por ser a cereja no topo do bolo que faltava para completar o elenco. 

A diretora Susan Johnson tem uma visão diferente de contar essa história e parece encontrar interessantes e diferentes formas de posicionamentos de câmeras onde vemos tomadas às vezes muito de perto, com o rosto do ator colado na tela para a audiência acompanhar ali junto com os personagens uma cena um pouco mais dramática, por exemplo, com outras abertas que mostram os personagens que vivem nessa pequena bolha chamada ensino médio.

No final, Para Todos os Garotos que já amei é um filme encantadoramente adorável, com um elenco jovem afiado e que ajudam a contar essa história de descobertas, amadurecimento e paixões de uma forma contagiante e cativante num dos poucos acertos da Netflix no ano.

Nota:

Para Todos os Garotos que Já Amei chega no catálogo da Netflix em 17 de agosto.

Try Apple TV

Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

Artigos Relacionados

10 COMENTÁRIOS

Comentários estão fechados.

Newsletter

Assine nossa Newsletter e receba todas as principais notícias e informações em seu email.

Mais Lidas

Últimas

“Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (…) melhor.” afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a...

"Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (...) melhor" afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a série médica Sutura