domingo, 22 dezembro, 2024
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Outer Range | Crítica: Clima de suspense, segredos de família e um buraco misterioso

Logo de cara, já digo, que talvez Outer Range seja uma das séries mais misteriosas que chegam em 2022. E digo mais, não é mistério nenhum que a produção entrega um combo inicial dos mais robustos possíveis liderado por um elenco de nomes até que bem conhecidos em Hollywood. 

Foto: Amazon Studios

A premissa pode ser em partes até simples, mas esconde uma interessante e instigante história que vai além do tal buraco misterioso que está no meio da fazenda da família Abbott no Estado de Wyoming. Aqui, as relações entre eles, e a relação dessas pessoas com os outros membros da cidadezinha que eles vivem é o que realmente movimenta o seriado. A forma como eles precisam proteger uma coisa, no caso aqui, uma localização, no meio de suas terras, e o que eles fazem para tentar manter para si essa informação é o grande fio condutor da atração de 8 episódios.

Claro, eu particularmente fiquei completamente intrigado com a premissa da atração e os mistérios e segredos que Outer Range apresenta para nós. O que é tal buraco? Como ele surgiu? O que tem lá dentro? E principalmente, o que acontece se alguma coisa, ou alguém, cair nele? E principalmente… o que faz ele ser tão importante?

Foto: Amazon Studios

No meio de tantas perguntas que Outer Range faz temos a figura de Royal Abbott (Josh Brolin, excelente aqui), um rústico homem que cuida do gado em sua fazenda ao lado de sua esposa, a devota e religiosa Cecília (Lili Taylor), onde juntamente com seus filhos Perry (Tom Pelphrey, também muito bem) e Rhett (Lewis Pullman) eles precisam conviver com essa informação e como ela afeta a o dia-a-dia deles na medida que as pessoas, e outros moradores, começam a se meter na vida dessa família de caubóis.

Um dos seus vizinhos o processa por conta de um pedaço de sua propriedade, a Xerife local Joy (Tamara Podemski) começa a investigar desaparecimentos na região, e uma viajante misteriosa chega e pede um lugar para acampar no rancho dos Abbott. E isso é só o começo para a dor de cabeça que Royal vai ter, claro, juntamente com o tal buraco que ele descobre em suas terras. 

Foto: Amazon Studios

A relação entre a curiosa viajante Autumn (Imogen Poots) e Royal ditam o tom sobre o que podemos esperar de respostas sobre esse tal buraco na Terra, mas fica claro que em Outer Range as perguntas podem ser mais interessantes que as respostas, afinal, o sentimento sufocante de O que está de errado aqui? E o quão errado é tudo isso deixa o seriado com uma necessidade incansável de você querer assistir todos os episódios de uma vez.

Brolin, Pelphrey e Poots se destacam no elenco e juntamente com o cenário rural do interior dos EUA, e são os fatores o que chamam atenção para a atração. Mesmo que Outer Range demore para conectar todos os pontos em seu começo e deixa bastante da ação para seus episódios finais, coisa que claramente não vou dizer aqui o que acontece.

Assim, sinto que Outer Range acaba por ser a tentativa do Prime Video de embarcar no hype deixado por Dark lá da concorrente, e que realmente se tornou a grande sucessora de Lost no quesito de criar uma série que envolve mistérios sobre o tempo. Se Outer Range vai cair no gosto do público, só o tempo dirá.

Outer Range chega com dois episódios novos todas as semanas a partir de sexta-feira, 15 de abril no Prime Video.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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