O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder | Review: 1×05 – Partidas

Os povos da Terra-Média começam a se reunir com Galadriel (Morfydd Clark, o destaque até agora) em sua ambiciosa jornada contra a ameaça, até agora invisível, que é Sauron.

Com os planos do vilão já revelados, ou pelo menos uma parte dele e um pouco que vimos nos outros episódios sobre o que o senhor das Trevas planeja para a Região do Sul, e a elfa tendo convencido a Rainha-Regente Míriel (Cynthia Addai-Robinson, muito bem aqui também) para liderar um exército para a região em busca de respostas, o episódio 1×05 – Partidas de O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder é um que tenta arrumar o tabuleiro para os eventos que devem se desenrolar nos episódios finais da temporada.

Todas as histórias paralelas, seja de Númenor, de Galadriel, do povo do sul, dos orcs aos anões, até mesmo dos pés peludos, tem circulado em volta do retorno de Sauron. Alguns com uma intensidade maior outras menos. Sim, sabemos por conta dos filmes, ou se vocês leram o livro sabem ainda mais, que o ser voltará a atormentar a Terra-Média em algum momento. A pergunta aqui para a série é: quando? O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder tem construído esse caminho de uma forma bem lenta, onde demorou-se para vermos os personagens a confiarem no que Galadriel tem a dizer.

E Halbrand (Charlie Vickers) até comenta com a colega Elfa sobre isso neste episódio, onde eles discutem sobre seus passados e traumas, mas fica claro a intenção dos produtores em fazer a série ser uma produção, com uma trama para quem não sabe o que acontece nos livros e está por assistir essa história, nessa mídia, nesse tipo de formato que é o de série.

E que até então tem sido desenvolvida aos poucos e de uma forma bem lenta. Mesmo que sem nunca nos deixar de boca aberta com o visual mostrado. Mas narrativamente falando são muitos arcos narrativos em paralelo, e que assumimos estarem por acontecer ao mesmo tempo, e para avançar um em particular, a série precisa pegar um pouco de tempo em tela do outro, e realmente demora-se para avançar todas em histórias juntas e de uma vez só. 

Por exemplo, depois de alguns episódios sumido, o Rei Elfo Gil-galad (Benjamin Walker) volta aparecer no seriado e deixa mais claro a missão que Elron (Robert Aramayo) precisa fazer com os anões e aquela outra com Celebrimbor (Charles Edwards) tem sido deixada um pouco de lado.

A cena do grupo no jantar, no episódio, com toda a discussão sobre a mesa, os planos dos anões e que envolve um pouco mais sobre a mitologia da série e do minério mithril foram bem bacanas e um dos pontos altos dos episódios.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a presença dos seres misteriosos de branco que foram analisar a sombra de fumaça que o personagem do Estranho (Daniel Weyman) deixou quando ele chegou na Terra-Média bem na hora que os pés peludos partiram para a sua migração e foi encontrado por Marigold (Sara Zwangoban).

Foi muito interessante ver nesse episódio 5 como os seres da floresta precisam enfrentar os maiores tipos de desafios para mudar de lugar ao longo das estações. A cena do intrigante personagem de Weyman, em que ele exibe um tipo de poder foi bem curiosa de se assistir e só aumenta a nossa curiosidade de querer saber quem ele é, mesmo que ainda não dê para saber quem é o estranho dentro da mitologia e de que lado ele está. Pelo menos dos pés peludos ele tem ajudado.

Mas alguém está à sua procura e pelo visto não parecem ser do time do bem. E por falar em identidades, o líder do Orcs, Adar, também não chegou a responder se ele era Sauron quando um dos homens, aquele senhor que falou com o jovem Theo no episódio anterior, o perguntou diretamente essa questão. Curioso como a série tem brincado bastante com essa pergunta que talvez seja a grande questão do primeiro ano. E também foi legal em assistir como o elfo Arondir (Ismael Cruz Córdova, muito bem), Bronwyn (Nazanin Boniadi) e Theo (Tyroe Muhafidin) estão a lidar com todos os homens do vilarejo e com muitos de antigos seguidores das forças do mal.

A atração continua a impressionar visualmente quando estamos nas terras dos elfos, ou na imponente Númenor. Os figurinos, a ambientação e a cinematografia deixam O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder com um ar mais grandioso e mesmo que a trama avance pouco ao longo dos episódios que estão cada vez maiores, tudo isso compensa ao assistirmos esses personagens dessa história.

Daqui a pouco chega a hora que muitas das histórias devem começar a se interligar mais e veremos mais de como eles lidam com o crescimento da ameaça de Sauron e seus seguidores pela Terra Média.

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder exibe seus episódios todas às sextas-feiras no Prime Video.