segunda-feira, 23 dezembro, 2024
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O Que de Verdade Importa | Crítica

O Que de Verdade Importa (The Healer, 2018) tinha tudo para ser um daqueles filmes de superação que arrancaria lágrimas por conta de sua trama ah lá Nicolas Sparks. Mas se você não sabe do que se trata a produção, já avisamos, o longa não chega a ser nada disso. Pior, o filme é até de fazer chorar, mas de vergonha, onde faz uma produção rasa, apoiada em clichês e com momentos embaraçosos que dá vontade de sair da sessão.

Uma pena pois todo a bilheteira do filme no Brasil será destinada para caridade.

O que de verdade importa crítica
Foto: Anagrama Filmes

O Que De Verdade Importa já não tem atores muito bons e ainda conta com uma trama rasgada e literalmente copiada de outras produções para contar a história de um cara (Oliver Jackson-Cohen, um rosto bonito apenas) que mora em Londres e trabalha em um emprego onde ele arruma utensílios domésticos e vive a vida ao pular de relacionamento em relacionamento. Até que ele recebe a proposta de um parente desconhecido para viver nos EUA, numa cidade pequena em troca do quitamento de suas dívidas.

Alec, claro, aceita. Afinal é apenas 1 ano não é mesmo? Até ai O Que de Verdade Importa poderia ser o início de um drama até que aceitável mas a produção já começa a dar os indícios de ser um completo desastre. As músicas, no maior estilo Disney, não combinam com o estilo que o filme quer passar, pelo menos no primeiro momento, é tudo muito alegre, encantado, como se a vida fosse um mar de flores.

E o roteiro segue sem muito pé nem cabeça e logo após a mudança, Alec conhece a veterinária Cecília (Camilla Luddington) que além de ajudar com uma tour pela nova cidade ainda consegue para ele um trabalho como seu assistente. Aqui, então, o roteiro tenta criar uma química entre eles completamente desnecessária, mesmo que personagem da veterinária firmar que se interessa apenas por mulheres. Todo o arco de Cecilia nesse quesito é completamente odioso onde chega a ser um desserviço para a população LGBT.

on set with Oliver Jackson-Cohen shooting The Healer

E quando você já não tem mais o que esperar de O Que de Verdade Importa, o filme tem uma virada inteiramente sem pé nem cabeça, forçada e completamente irritante. O elemento sobrenatural entra em questão onde a magia e ciência andam juntas num caminho conflituoso e bastante surreal. Tudo depende de uma escolha de Alec, ao badalar do sino da cidade num momento, ah lá Cinderela, completamente mau executado.

Logo após esse choque, onde a trama toda é deixada de lado, o roteiro resolve se concentrar na questão do combate do câncer da personagem da atriz Kaitlyn Bernard (a jovem Abigail) que aparece do nada e faz Alec repensar se seus poderes não foram lhe dado para fazer o bem, e a trama  tenta criar uma dramaticidade não esperada e muito menos não bem desenvolvida.

O Que de Verdade Importa pode agradar as crianças com sua trama que parece ser retirada de um (ruim) livro infantil mas não ajuda em nada a criar e desenvolver uma história solidária com aqueles que já passaram pelo combate ao câncer e outras doenças terminais.

O roteiro é completamente fraco e não sabe aproveitar nada em relação aos atores ou até mesmo da temática envolvida. O Que de Verdade Importa realmente é um filme com potencial desperdiçado e uma perca de tempo de verdade.

 

O Que De Verdade Importa em cartaz nos cinemas


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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