Malila (Malila: The Farewell Flower, 2017) passou nos festivais de cinema de L.A. Outfest e Singapura e é a aposta da Tailândia para o Oscar desse ano.
Confira a sinopse:
Pitch e Shane, dois ex-namorados, buscam uma cura para a dor de suas vidas atuais revivendo esse antigo romance. Depois que um deles morre, o outro se torna monge e perambula pela selva. Lá, ele encontra novamente seu amante, agora em outra forma.
O que achamos:
Confuso. Malila se apoia muito em simbolismos e tradições orientais para contar uma história com algumas tramas não se cruzam entre si. Vemos dois jovens que trabalham com flores mas que estão lá por diferentes motivos e acabam por criar um relacionamento para conseguir superar seus lutos. Um dos poucos acertos do filme que mostra que o amor pode nascer em qualquer lugar e em qualquer situação. Pois depois a produção caminha para como se estivesse dentro de um sonho (no caso pesadelo).
Malila até poderia ser um bonito conto sobre preconceitos e relacionamentos mas acaba por ter em sua estrutura narrativa um de seus principais problemas, onde a trama se pega em diversos momentos sendo contemplativo por demais e ao tentar sempre mostrar tomadas com ângulos estranhos como se aquela etapa da vida dos jovens está cercada de paz (e flores!),
Mas quando a trama segue seu rumo e Pitch (Anuchit Sapanpong) morre, as coisas ficam ainda mais complexas, com visões sobre a morte, pessoas perambulando pela mata sem nenhum motivo e o filme mais conceitual e filosófico. Talvez, falte uma certa conexão entre a nossa cultura com a cultura apresentada pelo filme que usa mais seus momentos parados para contar a história da dupla do que efetivamente diálogos.
Malila acaba por ser uma produção densa e que parece não mostrar para que veio mesmo que compense com uma simplicidade e com boas tomadas ao ar livre.
Um filme para refletir e pensar nas questões da vida (e morte).
Visto visto na 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Sem previsão de estreia no circuito nacional.