A nova temporada de Mestres do Universo mostra que após a revelação, vem a revolução e isso é feito de forma muito interessante em Mestres do Universo: A Revolução, mesmo que fica aparecendo que precisamos de mais tempo e episódios, e que uma personagem em específico fez falta por conta de um acontecimento do primeiro episódio…
Com o fim de Mestres do Universo: Salvando Eternia, tudo parecia caminhar para uma paz, e He-Man e seus amigos acabam caminhando para corrigir as coisas que ficaram “quebradas”, como recuperar as almas de seus amigos que foram para Subeternia, e para isso ele tinha que derrotar Fulgor, o comandante de lá; enquanto Teela, a nova Feiticeira, tenta com todas as forças e magia que conhece, restaurar Preternia, e dar um lar para os campeões novamente.
A trama inicial é simples, e até mesmo a conexão de Esqueleto com a Placa Mãe e a chegada de Hordak, é tranquila, pois tudo é mais focado no fato de Rei Andor estar doente e ele acabar perdendo sua vida. É aí que entra o plano da Placa Mãe, que sabendo do passado escondido na mente do Esqueleto, o coloca onde deveria estar, como Keldor e novo rei de Eternia.
Tudo a partir deste ponto é interessante e bem desenhado nos 5 episódios que a temporada tem. A chegada da Horda, a forma como Hordak mostra que sempre manipulou Keldor mesmo ele como Esqueleto, a dualidade de Keldor e Esqueleto na mesma mente, e o destino do planeta, que concilia Magia e Tecnologia.
A evolução de Teela como feiticeira, precisando controlar os 3 principais poderes de Eternia, com a águia, serpente e o bode, é sensacional, pois Maligna realmente está pensativa no que fez e em como foi manipulada por Esqueleto, e ela não esconde que era apaixonada por ele. Gosto como ela tenta atiçar Teela a aceitar os sentimentos por Adam/He-Man, e como isso é importante para o controle da serpente.
Adam passa por uma revolução interna entre ser Rei e o Campeão de Eternia, e tudo isso culmina em mudanças, que vemos no final, mas é a forma como Hordak mostra a Keldor o seu passado, que nos conecta novamente a uma personagem que espero ver nessa nova versão, ainda mais com o final que a temporada teve. Hordak mostra que não só manipulou Keldor, como também vemos o passado dele roubando a irmã gêmea de Adam, que sabemos ser Adora, e no caso a adorada She-Ra.
Da mesma maneira como em salvando Eternia temos Esqueleto dominando o Castelo de Greyskull, Hordak também o faz aqui com sua tecnologia, e isso acaba sendo bem arrastado, pois sempre parece ser fácil invadir as barreira mágicas, mas é coisa do roteiro. Fato é que gostei da reviravolta entre Esqueleto e Hordak e do desfecho entre eles.
O final da temporada é redondo, mas deixa bastante pontas soltas para uma próxima temporada de Mestres dos Universo.
Gostei muito de como Gorpo e Mentor evoluem, tem mais controle das coisas, e principalmente Gorpo, por manter seu lado ingênuo, mas ainda ser forte e importante para todos. Gostei muito de Andra, a nova mentora e como ela irá evoluir futuramente dado o que foi feito por Adam no final.
Curti ver Gwildor ter importante participação, e vale lembrar que ele foi um personagem criado para o longa de 1987, estrelado por Dolph Lundgren, que na época não agradou muito os fãs, e manterem a essência tecnológica dele e colocar o sintetizador para dar mais força a espada e controlar tecnologia e magia, foi uma sacada ótima de Kevin Smith.
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Mestres do Universo: A Revolução é um ótimo projeto, agrada muito sua evolução, seus traços são ótimos, poderiam trabalhar mais personagens importantes da franquia, como Aríate entre outros, mas faz isso de forma muito importante aos que estão presentes, como Maligna, ou melhor, Lyn, e até a Rainha Malena se esfora em mostrar suas forças.
Impossível não ficarmos no aguardo de mais episódios…
Mestres do Universo: A Revolução tem seus 5 episódios disponíveis na Netflix.