sábado, 23 novembro, 2024
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Medo Viral | Crítica

Medo Viral (Bedeviled, 2017) não entrega nada de novo para o gênero de terror, pelo ao contrário, a trama é super batida e mesmo que o filme tente colocar uma certa profundidade em algumas discussões, a falta de talento dos atores jovens e até mesmo de seu texto (que é pobremente escrito) apenas deixa essa produção mais assustadora do que ela deveria ser…. só que pelos motivos errados.

Saxon Sharbino and Mitchell Edwards in Bedeviled (2016)
Foto: Fênix Filmes

O longa tem uma premissa simples, um grupo de jovens instala um aplicativo em seus telefones sem saber que se trata de uma entidade sobrenatural que se alimenta dos medos de seus usuários.

Viu? Medo Viral tem a mesma quase a mesma premissa de Verdade ou Desafio menos o elenco conhecido do público adolescente e o nome forte de uma produtora que virou a queridinha de Hollywood.

Mas na real, o que irrita mesmo no filme que por ele tecnicamente ser uma produção do gênero slasher, as pessoas são sim perseguidas, mas não morrem e quando morrem quase nunca é mostrado em tela. É isso mesmo, ao tentar ir pelo lado psicológico que a entidade tanto preza em fazer jogos com seus usuários o filme acaba apenas por flertar com o gênero e não entrega nada que possa chamar atenção do público nessa falha mistura de Verdade Ou Desafio com Jogos Mortais.

Medo Viral parece um projeto de conclusão do curso de cinema dos irmãos Abel Vang e Burlee Vang, onde tudo parece cópia de algum outro filme de terror clássico como It – A Coisa (versão de 1990, claro) e com O Grito (2004).

Poderia até se ver isso tudo como homenagens mas em Medo Viral claramente não é. É jump scare, atrás de jump scare desnecessário onde um fiapo de trama sustenta a história que percorre os medos mais ocultos dos garotos.

Os personagens de Medo Viral não são carismáticos e nada bem desenvolvidos, os “medos” que a entidade se alimenta são completamente clichês (o negro com medo de pessoas brancas, a garota com medo da avó, o rapaz com descendência asiática com medo de uma lenda do seu país de origem). Assim, quando o “assassino”do app se manifesta para ir atrás de amigo por amigo para quem assiste basta fica com aquele sentimento “é isso mesmo?”

No final, Medo Viral dá medo pelos motivos errados, seu roteiro fraco e suas atuações assombrosamente ruins. Talvez, os fãs (de verdade) de gênero consigam tirar algum proveito pois a gente…nem isso.

Medo Viral chega nos cinemas em 16 de Agosto.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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