E depois das nossas primeiras impressões de Marvel – Os Defensores, que você pode ler aqui, segue nossos comentários com spoiler da série da equipe de rua da Marvel/Netflix. Como dito nas primeiras impressões, ter Douglas Petrie e Marco Ramirez, dos episódios iniciais de Marvel – Demolidor, dão outro gosto a série, voltando um pouco ao ritmo da série que abriu este universo. Ver Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro por outro olhar é interessante e mais visceral, e já ficamos ansiosos por mais ação.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Os dois episódios iniciais servem para nos situar de toda a jornada que os heróis enfrentaram e já preparam o terreno para o novo desafio. Aos poucos as tramas vão se encontrando e se conectando.
Logo de início temos Danny e Colleen no Camboja atrás do Tentáculo, que tentou entrar a qualquer custo em K’un Lun, mas ele, como Punho de Ferro e protetor da cidade mística, não chegou a tempo, por isso a correria para compreender melhor os propósitos da organização. Ao encontrar um homem que foi assassinado por ninguém menos que Elektra, eles são novamente direcionados a Nova Iorque.
Jessica Jones continua fugindo de sua alcunha de heroína, mas Malcolm está ali para lembrá-la de quem é e fica insistindo que ela se conecte as pessoas e faça algo diferente com seu dom. Trish também pensa assim e está sempre por perto da amiga, dando conselhos, mas sem insistir tanto. Quando um caso esbarra nela, só resta seguir em frente e entender o que o homem que ela precisa encontrar está tramando, mesmo que ela cisme que seja um caso.
Quando se esbarra com Misty Knight e vê o perigo apena aumentar, Jessica Jones fica ainda mais intrigada e começa a ir mais fundo nas investigações, e novamente colocando a vida em risco. Aí entra Hogarth, que pede que ela fique mais na dela, enquanto pede que Foggy ajude sua amiga.
Luke Cage está de volta as ruas… A primeira coisa que nosso poderoso faz é ir se encontrar com Claire, que o aconselha a voltar a ter uma vida normal, e usar o seu ato de heroísmo para ajudar o seu bairro e tentar ser o melhor exemplo possível para os jovens, retornando até mesmo ao salão. As coisas então mudam quando ele esbarra em um jovem que tem tudo para mudar seu destino, e não ter o mesmo de seus irmãos.
A questão é que o jovem está ligado de alguma forma ao Tentáculo. Quando ele tenta lhe ajudar, acaba envolvido com aquele que faz a limpeza dos locais onde a organização cometeu assassinatos. É nesse ponto que seu caminho se cruza com o de Danny, pois o rapaz estava limpando um local onde poderia conter informações sobre K’un Lun em Nova Iorque.
Por fim temos Matt Murdock na busca da normalidade, tentando uma reaproximação de Foggy, e até um encontro com Karen o deixa mais tranquilo. Só que nada é realmente o que parece, seu instinto ainda quer fazer algo pela cidade, e nessa luta ele continua visitando o Padre Lantom. Só que ele acaba cruzando o caminho de Jessica Jones…
O grande destaque destes episódios é Sigourney Weaver e sua Alexandra. A personagem é emblemática, cheia de mistérios, mostrada com um misto de fragilidade e força que consegue gelar com apenas um olhar. Alexandra é uma entidade ancestral, a cabeça do Tentáculo, que ao encarar Gao, coloca a antiga vilã do Demolidor no chão. Com inúmeros processos para iniciar em sua jornada, encontrar a cidade mística de K’un Lun é a sua principal meta, nem que ela coloque Nova Iorque no chão.
Os dois primeiros episódios, The H Word e Mean Right Hook, ambos dirigidos por S.J. Clarckson, contextualiza a série, mostra os personagens dando seguimento a suas vidas e o mau chegando para assombrá-los e precisando que eles se unam. Vemos muito desse mal com a forma que Alexandra toma conta de Elektra e a traz para o seu lado com todo o poder do Céu Negro desperto. Clarkson tem em seu currículo episódios das séries Heroes, Life on Mars, Dexter, Ugly Betty, Banshee e Marvel – Jessica Jones.
Marvel – Os Defensores tem muito a crescer e apresentar seus personagens nessa nova dinâmica e o melhor é a química entre . Novamente repito que Danny Randy deu uma melhorada considerável, visto sua performance em sua própria série, assinada por Scott Buck, que já foi substituído na segunda temporada. Aqui ele está mais centrado e melhor apresentado, e ainda tem as cenas de ação melhores desenvolvidas, graças a Marco Ramirez e Douglas Petrie, ambos envolvidos nas primeiras temporadas de Demolidor.