Continuo curtindo demais a evolução de Marvel – Manto e Adaga. A série sabe mesclar o lado curioso de dois adolescentes com poderes, enquanto buscam se encontrar no mundo e fazer a diferença em cima dos problemas que a vida os colocaram. Tandy é muito esperta, cheia de artimanhas para conseguir o que quer, enquanto Ty ainda percorre uma linha mais tênue para evoluir.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Além disso, a série não tem um vilão exposto, ambos os personagens seguem seus dramas em cima de coincidências da vida e em cima disso buscam resolver os próprios problemas. Tudo bem que Ty tem na figura de Connors o “vilão” que matou seu irmão Billy, e ainda traz Duane, o amigo dele, como parte chave para descobrir como resolver as coisas, mas a série sabe colocar o problema em cena e tirá-lo aumentando o seu drama.
Gosto da forma como Ty além de evoluir a relação com os pais, ainda se aproxima de O’Reilly, mas mantém o foco em desmascarar Connors. Quando ele tem a chance de se infiltrar nos negócios de Duane, ele acaba se colocando em risco, e em um momento horrível, ele vê o rapaz ser morto sem querer por O’Reill. Quero ver como isso se desenrolará a partir daqui. Fora que Chantelle, ainda deixa claro que Ty é chave de um novo ciclo de destruição para New Orleans.
Gostei demais de como Chantelle analisa passado, presente e futuro e como ela deixa claro para a sobrinha Evita que Ty é chave central, mas que sua conexão com outra pessoa será importante, descartando a jovem desse papel. Quero ver como eles chegarão a Tandy, que é o oposto de Ty e não pode fazer muito por ele. Achei foda ele todo destruído e ela não podendo tocá-lo para consolá-lo.
Já Tandy segue suas investigações em cima da Roxxon e chega até Scarborough, que tem inúmeras mortes em seu encalço, mas sua felicidade é tirar proveito e dinheiro em cima disso. A forma como ela vê isso foi bem surreal, e ela também acaba se conectando a Mina Hess, onde seu pai, Ivan Hess, tem o nome marcado no capacete que Scarborough tira do lago.
Tandy se aproxima de Mina e isso é feito de forma tão legal, mesmo que ficou bem superficial por parte do roteiro. No fim foi legal vê-la compreendendo mais de Hess e sua conexão com seu pai, Bowen, e ambas criando um laço. Agora, Tandy não consegue ver a “felicidade” de Ivan, que está em estado vegetativo, pois sua mente está presa dentro de um cofre. Vai ser legal se eles buscarem uma forma de “soltar” isso.
Marvel – Manto e Adaga segue sendo uma série adolescente, com uma trilha sonora bacana e cheia de conflitos, mas sem muita ação. Os efeitos são certeiros, mesmo que escondam alguns “defeitos” de forma bem bizarra, como Tandy só com um brilho, enquanto esconde a adaga para furar o pneu por trás do carro, realçando o baixo orçamento da produção. Já quero ver mais o desenrolar da trama a partir daqui.