O formato do LOL: Se Rir, Já Era! já está super consolidado no Prime Video e com diferentes versões de diversos países do mundo disponíveis na plataforma. O australiano, por exemplo, é muito bom, deixo a dica. E claro que a primeira temporada da versão nacional do reality show seria um sucesso ao reunir um grupo de comediantes de peso.
E os desafios para o segundo ano eram enormes, afinal, o que, e como, melhorar alguma coisa que já tinha sido muito boa? É a famosa maldição da segunda temporada. Mas LOL: Se Rir, Já Era! conseguiu.
Não só o novo ano o elenco escolhido foi muito bem escolhido, aqui os participantes dão novamente um show de humor, fazem rir (tanto o espectador, quanto eles mesmos), como eu diria que as dinâmicas estão até melhores que as da temporada anterior.
Mas sinto que a nova leva foi eclipsada por uma fraca apresentação. A ideia da primeira temporada, aquela de juntar Clarice Falcão com Tom Cavalcante para serem os apresentadores, por mais estranha que fosse, deu certo, afinal, mesmo que os dois tenham humores e propostas muito diferentes, fizeram o programa funcionar e se misturaram com os comediantes na busca de fazerem seus colegas rirem e alguém sair vencedor. Mas sinto que essa mudança na segunda temporada, com a entrada da Gkay ao lado de Cavalcante, apenas amplificou os problemas, que como falamos, ficaram escondidos no ano 1. O problema não é só ela, não é ele em específico e sim, juntar essas figuras que realmente não combinam em nada. A última vez que vi uma dupla, em um palco tão ruim assim, foi no painel de uma plataforma de streaming rival do Prime Video, lá na CCXP22.
Em LOL: Se Rir, Já Era! as interações entre os dois, e os momentos na sala de vigilância, por exemplo, são tenebrosos e graças ao botão de avançar são completamente descartáveis. As entrevistas pós saída dos participantes então? Você sente o desconforto de muitos deles.
Mas tudo isso é meio que relevado por conta do talento absurdo do elenco do segundo ano. Um line-up muito forte, sem dúvidas, onde a segunda temporada de LOL: Se Rir, Já Era! é marcada pela imprevisibilidade desses comediantes, e nas cartas que eles tiraram das mangas para tentarem fazer os colegas rirem. A parte mais interessante é que os pesos pesados, as figuras mais conhecidas do grande público, são as que começaram a sair primeiro, e isso cria-se para o jogo, e para os episódios posteriores do primeiro, uma grande curiosidade: tá, se X pessoa já saiu agora, quem vai sair em seguida e como vai?
Por que ao longo da temporada, é muito difícil saber quem vai ser pego pela câmera, afinal, quando Tom e Gkay apertam o botão de pausa, mesmo se você voltar na cena, é difícil encontrar quem deu aquela risadinha marota. E muitos dos participantes saem por pequenos indícios de risadas. E isso deixa o segundo ano de Lol Brasil muito mais bacana e maratonável de se assistir.
Particularmente os destaques do segundo ano ficam com a figura hilária de Mathy Lemos com os efeitos sonoros colocados pela produção quando ela abre a boca como um mecanismo de defesa, o olhar arregalado e vidradado de Marianna Armellini (uma das melhores do segundo ano), o Gigante Léo que em um dos episódios tem a melhor apresentação individual da temporada e que derrubou concorrentes fortes, e claro, Rafael Infante que aqui é o MVP do segundo ano. Infante aparece e sai de cena e eu não conseguia parar de rir. Quando ele faz o seu quadro de falar rápido com as mãos, então?Comédia pura. É a elite… da comédia, como dizem os jovens. Realmente o nosso Jim Carrey.
Já outros prometeram e pouco cumpriram como é o caso dos veteranos Fabio Rabin e Grace Gianoukas. E o novo ano ainda marca o retorno do outro melhor participante do ano 1, Igor Guimarães que dá um “Oi pissual” para os colegas.
Mas se você chegou até aqui para saber quem vence o Lol Brasil temporada 2, pode clicar no botão “fechar aba”. Sem spoilers, mas olha confesso que fiquei sentado atentamente para saber quem levaria o prêmio, por que logo quando o episódio começou eu achei que qualquer um dos três que foram para final iria levar. E fiquei feliz com o resultado.
No final, LOL: Se Rir, Já Era! se torna um dos programas nacionais mais interessantes que tivemos no advento do streaming do Brasil. Já no aguardo do terceiro ano e que venha Fabiana Carla para fazer par com Cavalcante para tirar esse gosto ruim que ficou no segundo ano.