Loki, o Deus da Trapaça, o rei, o mito está de volta. Ou quase isso. Depois de ser o vilão de diversos longas da chamada Saga do Infinito do Universo da Marvel Studios nos cinemas, o destino de Loki após os eventos de Vingadores: Guerra Infinita (2018) parecia estar selado. Mas aconteceu tudo aquilo que aconteceu em Vingadores: Ultimato (2019) – com o personagem sumindo com o Tesseract em pleno 2012 – e claro, na vida real, onde executivo Bob Iger desenvolvia a plataforma de streaming da Disney e contava como mega produtor Kevin Feige para dar o boom de conteúdo que o Disney+ ia precisar para se destacar dos concorrentes.
E para isso, os fãs já sabiam que o Loki que aparece em Vingadores: Ultimato, foge com a joia do infinito, e cria uma nova linha do tempo, teria sua série própria na tal plataforma. Os fãs só não sabiam para onde ele foi e onde ele foi parar. Mas dos eventos que vimos no filme dos Vingadores até a chegada da série do personagem agora em 2021, aconteceu muita coisa, e sim, você já descobre para onde Loki foi logo no começo do primeiro capítulo.
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Com Tom Hiddleston de volta, Loki faz a terceira produção da Marvel Studios no Disney+, e talvez, faça também a que mais realmente se aproxime do que é propriamente o que podemos chamar de série, e uma autentica, série da Marvel Studios no Disney+. Explico. Loki parece ser que uma produção muito mais conectada com o que é o MCU em si do as outras produções. WandaVision foi uma grande homenagem para a história da TV e Falcão e O Soldado Invernal um grande filme de ação dividido em 6 partes. Já Loki, logo no seu começo, consegue mostrar como o personagem do Deus da Trapaça ainda é tão importante (não que os outros não sejam!) para a franquia e como ele faz parte de uma forma tão intrinsecamente conectada aos eventos que moldaram as tramas dos últimos filmes que particularmente vejo a série realmente se mostrar muito mais um capítulo dentro da nova fase da Marvel Studios, um que aqui vemos na telinha, do que uma história isolada como foram as outras.
Claro, WandaVision e Falcão… devem ter suas conexões maiores com o MCU em algum momento, mas senti que Loki, por exemplo, introduz bem mais, mesmo que brevemente a questão do multiverso. Na liderança da equipe de roteiristas, Michael Waldron entrega texto extremamente mais maçudo, cheio de diálogos complexos, sobre o que é o que, e o que faz essa nova organização que somos apresentados (mais em breve), que ao assistir o episódio inicial vejo que Loki faz uma série muito mais cerebral e verborrágica do que suas antecessoras, sem dúvida nenhuma.
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Loki não tem o mesmo pique de ação que Falcão e Soldado Invernal teve, mas ao mesmo tempo deve seguir a mesma a linha de WandaVision, com um visual muito mais chamativo e no mesmo tom de pistas e easter-egg que a produção da Feiticeira Escarlate. É como se Loki fosse uma uma mistura de The Umbrella Academy com Arquivo-X.
Mas não se engane, Loki mostra ser sua própria, divertida e gloriosa, série dentro do MCU. Uma que talvez demore para engatar? Talvez. O 1×01 é muito mais sobre apresentar novamente Loki para o espectador – coisa que Hiddleston acerta novamente como se nunca tivesse passado nenhum ano longe desse personagem – e para as novas variantes para essa equação Loki que a série apresenta. E falando de variantes, não estamos falando das complexas pessoas que surgem na linha do tempo principal que foi criada por três caras com um casaco estranho e com rostos gigantes na sede do TVA (do inglês Time Variance Authority ou Autoridade de Variância de Tempo), e as bagunçam, e sim de novos personagens que são introduzidos ao MCU.
Seja o funcionário da TVA, o Agente Mobius (Owen Wilson no seu auge) que acha interessante trazer Loki para ajudar em um caso de uma variante (agora sim!) que tem bagunçado a linha do tempo, ou da soldado (Wunmi Mosaku) que não vai com a cara do nosso protagonista, da juíza que segue as regras (Gugu Mbatha-Raw), ou ainda do Relógio animado falante que serve para mostrar para Loki (e para nós, o público) o que é o lugar e como ele funciona.
Esteticamente, o TVA parece qualquer repartição pública de produções americanas com cores mais escuras, numa tonalidade de barro, e quase com um toque dos anos 70, onde isso contribui e muito para compor essa ambientação de um lugar que mesmo que lide com o tempo e todas as variações parece que está parado no tempo. E ao longo do episódio vemos como o trabalho da TVA parece que terá ramificações para os acontecimentos do MCU de uma maneira geral, ao mesmo que tempo que faz Loki olhar para si mesmo, para o seu eu, ou no caso, o seu novo eu, dessa nova linha do tempo que foi criada nos eventos de Vingadores: Ultimato, e que ao lado do personagem de Wilson faz uma grande sessão de terapia onde realmente entendemos a essência de quem é o Loki.
Muito cabeçudo? Falei que Loki ia ser uma coisa completamente diferente… Como uma série de 6 episódios, talvez, em Loki as perguntas não serão respondidas logo de cara assim como foi WandaVision. Basta ver o personagem misterioso encapuzado que surge no final desse começo. As respostas devem vir na série… com o tempo.
Loki chega em em 9 de junho no Disney+.
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