sexta-feira, 22 novembro, 2024
InícioSéries e TVReviewsHeartstopper | Crítica 1ª Temporada: Adaptação dos quadrinhos é divertida, sensível e...

Heartstopper | Crítica 1ª Temporada: Adaptação dos quadrinhos é divertida, sensível e apaixonante

Baseada na obra de Alice Oseman, a Netflix estreou nessa sexta (22) a série adolescente Hearstopper, e com ela trouxe uma quantidade absurda de doçura, amizade e amor. A série estrelada por Joe Locke e Kit Connor é gostosa de acompanhar, super leve e cheia de pequenas, mesmo que previsíveis, reviravoltas, que apenas nos faz gostar cada vez mais de Charlie e Nick.

É muito gostoso ver em uma série o desenvolvimento amoroso, os medos e anseios de dois jovens que só querem poder amar e estarem juntos e poder contar com os amigos e família, e isso contado de forma leve e sem floreios, ou melhor, com muitos espalhados em formas de animação pela tela, só que contado com pé no chão e muito carinho.

Em seus 8 episódios, Heartstopper faz uma série adolescente sobre mudanças e escolhas, mas também coloca a cabeça de um adolescente em plenas mudanças, sofrendo bullying tão forte que os pais precisam interferir na escola e com o tempo ele acaba se isolando e acreditando que é um lixo na vida das pessoas, e isso coloca Charlie em um relacionamento abusivo com Ben (Sebastian Croft), que só quer trocar uns beijos escondido.

Oi…

Ao cruzar pelo caminho de Nick, Charlie começa a encontrar uma amizade sincera, cheias de conversas e alguns dedos, pois o seu carinho começa a ser correspondido. A condução disso é muito primorosa, a forma como a série mostra as dúvidas de Nick e também os medos de Charlie em estar com alguém e poder voltar todo o assédio, é muito tenso de acompanhar, então os primeiros toques, abraços e até o primeiro beijo, é de tirar o fôlego, e se soma a isso a escolha em manter a parte gráfica dos sentimentos em tela.

Heartstopper
Imagem: Netflix

A cada episódio o relacionamento deles vai crescendo e a série sabe abordar isso, assim como acaba mostrando a dificuldade dos amigos em imaginar ver Charlie sofrendo novamente, e a rivalidade aqui é entre Nick e Tao, que não quer o amigo na mãos dos valentões do rúgbi. Amigos também são amor e proteção, e família acaba sendo importante, mas não é abordada em muitos momentos.

A parte da família de Charlie é mostrada em 2 momentos pelas preocupações do pai dele, que tem sempre um ombro amigo, e pelas falas esporádicas da irmã Tori (Jenny Walser), que é importante no final e conseguiu me levar as lágrimas em um momento de apoio ao irmão. Da mesma forma temos aqui a maravilhosa Olivia Colman como Sarah Nelson, mãe de Nick, que também dá o apoio necessário ao filho, deixando claro que ele é muito amado.

Heartstopper é cheia dos pequenos clichês, mas é delicioso ver isso assim em uma série LGBTQ+, mostrando o amor e carinho entre dois jovens que só querem ser felizes. Nick e Charlie ainda passam por provocações de alguns valentões, mas estar junto e ter o apoio dos outros apenas os fortalecem.

Amigos…

Charlie tem sua rede de proteção com Isaac, Tao (William Gao) e Elle (Yasmin Finney), e a forma como eles se unem para enfrentar as coisas é muito bonita, pois passaram por tantas coisas, como o assédio de Charlie e a obrigação de Elle sair da escola de meninos, a Truham, e ir para Higgs, uma escola de menina, depois de sua transição completa para uma mulher trans. Isso é levado e discutido de forma muito sensível, e ainda conhecemos as namoradas Tara e Darcy, que resolvem expor sua relação de forma a serem mais livres.

heartstopper
Imagem: Netflix

As relações são sempre importantes em Heartstopper e acompanhar elas crescendo é delicioso. Por mais que a série foque no excesso de proteção de Tao para Charlie, é ótimo ver ele e Elle tendo algo sendo desenvolvido e podendo render mais em uma nova temporada, se a série tiver. Da mesma forma, vemos como Darcy (Kizzy Edgell) procura dar forças a Tara (Corinna Brown), que está em sua primeira relação e se assumindo lésbica recentemente, e tendo que aguentar as piadinhas, esse estopim é importante para Nick se apoiar e se entender.

Gostaria de ver melhor desenvolvido é Isaac (Tobie Donovan), que ficou muito de escanteio, apenas lendo livros. E também entender mais de como Ben se vê nessa história, não apenas ser o inconveniente e o tóxico que só quer dar uns amassos escondidos.

A participação de Billie Porter como o professor que dá abrigo e suporte e Charlie também foi bem pontual.

heartstopper
Imagem: Netflix

Heartstopper é uma graça de se acompanhar, não traz frescor ao gênero drama adolescente, mas a sua condução e o carinho pela trama e seus personagens deixa a série tão deliciosa de se acompanhar por seus 8 episódios, que poderiam ter mais e desenvolver outros aspectos dos outros personagens.

Heartstopper tem seus 8 apaixonantes episódios disponíveis na Netflix.

Try Apple TV

Danilo Artimos
Danilo Artimoshttps://linktr.ee/danartimos
Sou formado em Sistemas de Informações, e amante de cinema, televisão e teatro...

Artigos Relacionados

1 COMENTÁRIO

Deixe uma resposta

Newsletter

Assine nossa Newsletter e receba todas as principais notícias e informações em seu email.

Mais Lidas

Sutura | Primeiras Impressões: Série nacional costura ótima Cláudia Abreu com trama cheia de reviravoltas

Nova série médica nacional do Prime Video costura ótima Cláudia Abreu com trama cheia de reviravoltas. Nossa crítica de Sutura.

Últimas

“Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (…) melhor.” afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a...

"Quanto mais convincente, quanto mais familiarizado que tivéssemos com isso, com os termos médicos (...) melhor" afirma Claudia Abreu em bate-papo sobre a série médica Sutura