domingo, 22 dezembro, 2024
InícioFilmesCríticasArmas em Jogo | Crítica: Daniel Radcliffe surtado em um filme que...

Armas em Jogo | Crítica: Daniel Radcliffe surtado em um filme que atira para todos os lados

Chegou finalmente no Brasil o longa Guns Akimbo. Aqui, a produção desembarca em plena pandemia, em poucos cinemas abertos, com o título nacional de Armas em Jogo (2019).

Você já deve ter escutado sobre ele, ou pelo menos vistos as fotos das gravações que andaram circulando on-line há algum tempo atrás. Sim, estamos falando daquele filme, onde o ator Daniel Radciffle aparecia com uma cara de louco, de pijama, pantufas e armas nas mãos em plena cidade de Nova York, vocês lembram certo? E é basicamente isso que o espectador pode esperar de Armas em Jogo, um filme surtado, que atira para todos os lados, e que principalmente preza por uma estética visual em vez de construir uma trama bacana.

Armas em Jogo | Crítica
Foto: Cinecolor do Brasil

O grande problema de Armas em Jogo é que ele não é um filme nada sutil. Nada. É tudo na base do grito, de cenas feitas para chocar e feitas para um público muito específico. Mas mesmo assim, ao tentar agradar os fãs dos filmes de ação e Velozes e Furiosos, Armas em Jogo se apoia no genérico e acaba por literalmente dar um tiro no próprio pé.  Com uma mistura da franquia já citada e o filme Nerve: Um Jogo Sem Regras (2016), Armas em Jogo coloca um cara aparentemente normal que cai de cabeça em jogo on-line onde ele precisa matar uma galera para tentar sair com vida.

Miles (Radciffle) é um cara que vai do trabalho para casa, e de casa para o trabalho que ele odeia, com um chefe que ele detesta, e vive por ficar “trollando” os outros nos chats dos jogos que ele tem. Até que um dia, ele mexe com um chefão do crime todo tatuado e com uma cara de doido (Ned Dennehy), que o coloca para efetivamente jogar o jogo. Sua missão: matar a melhor jogadora, Nix (Samara Weaving, de longe a melhor coisa do filme).

Detalhe, o criminoso parafusa duas armas nas mãos de Miles com apenas 50 balas para completar a tarefa. O surto. Claro, Radciffle se desconstrói a cada filme que faz para tentar se livrar da fama de Harry Potter, e aqui o ator até entrega uma boa atuação, mas nada de outro mundo, é Radciffle fazendo papel de louco. Ao vermos ele colocar as armas para jogo, o filme entrega umas passagens divertidas, quando ele tenta adaptar sua vida com as armas presas na mão e precisa ir ao banheiro, ou mexer no celular. Mas no final, Armas Em Jogo parece que nunca engrena como filme propriamente dito e atira para todos os lados. 

Armas em Jogo | Crítica
Foto: Cinecolor do Brasil

Na medida que Miles e Nix lutam para ver quem vai sair vivo do jogo, e a audiência on-line do game não para de crescer, afinal, os dois saem por ai se estapeando e atirando um ou ao outro a todo instante, o longa tenta também dar camadas para os personagens, e motivações para eles estarem fazendo aquilo que estão fazendo, e se apoia em algumas reviravoltas que tão batidas, e previsíveis que é melhor ficarmos prestando atenção nas perseguições de carro, e nas explosões, que vale mais a pena. Te garanto.

 A estética saída dos jogos on-line, onde o diretor Jason Lei Howden tenta fazer com que o espectador seja o protagonista por alguns minutos até que é bacana, e o filme tem uns efeitos especiais até que interessantes, mas todo esse exagero soa apenas como uma distração para o fato que o roteiro do próprio Howden não é muito rebuscado em termos de contar uma boa história. Em Armas em Jogo, Howden parece tentar esconder todos os defeitos do filme em cenas barulhentas, e exageradas, para quando menos soubermos o que acontece em tela menos vamos prestar atenção nesses erros.

No final, Armas em Jogo até faz um filme moderadamente empolgante, mas parece que ficamos presos em um jogo dos anos 80, onde, em vista de tudo que o mundindo dos games já nos ofereceu, a produção deixa a desejar em muitos aspectos. Mas ei, pelo menos temos Samara Weaving quebrando tudo. Nem tudo está perdido, certo?

Avaliação: 2 de 5.

Armas em Jogo chega no dia 08 de outubro nos cinemas.

O filme foi visto em casa, cortesia da CineColor Filmes que nos enviou de forma antecipada para assistir e escrever essa crítica. Recomendamos o leitor, se for encarrar a visita ao cinema, se proteger e seguir todas as recomendações de segurança contra o COVID-19 impostas pelas organizações de saúde


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

Artigos Relacionados

2 COMENTÁRIOS

Comentários estão fechados.

Newsletter

Assine nossa Newsletter e receba todas as principais notícias e informações em seu email.

Mais Lidas

Últimas