Ao fim de cada episódio de The Good Fight ficamos com a sensação de que a série sempre cumpre o que promete e ainda nos deixa ansiosos por ainda mais. Ter uma história boa a ser contada, somada a um elenco competente que está está mais do que entrosados, é o maior fator a favor da série.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Confesso que a presença de Carl Reddick é interessante para a trama por trazer maiores conflitos dentro da Reddick, Boseman & Kolstad, mas no contexto geral a trama se perdeu diante dos dramas dos outros personagens. É muito bom ver Adrian e Carl discutindo como devem direcionar a firma e como cada um tem uma visão tão distópica do que está acontecendo. O mais bacana é vermos eles movimentando uma movimentação dos associados para votarem as mudanças.
Nesse caminho até acreditei que Barbara fosse ficar contra Adrian devido ao tanto que já os vimos discordarem das coisas, mas souberam dosar as discussões corriqueiras com algo que pode interferir tanto na vida deles, dando maior profundidade as ações dos personagens. Agora é ver o que Carl irá fazer com a firma e com sua carteira de clientes.
Para complicar ainda mais as coisas, Diane é alocada por Carl no caso do Pastor que quer um jovem fora do local onde ele coloca pessoas para serem ajudadas. A questão é que tudo só se complica com uma acusação de estupro de menor por parte de Paul e seu advogado. A crescente em cima do caso e como Diane, Maia, Jay e Marissa se envolvem para resolver a situação é excelente, as saídas não são fáceis e tudo pode ser interpretado de forma errônea. O desenrolar do caso é lento, mesmo que seja excelente ver Jay e Marissa em ação, mas a questão do estupro ou do não estupro, fica bem na superfície do assunto, não desenvolvem o caso.
Caminhando por fora deste caso, tivemos mais na evolução do relacionamento de Collin e Lucca, onde ele força uma aparição pública e acaba numa festa de seu aniversário de 32 anos, com direito a mãe, pai e toda uma família. As reações de Lucca são excelentes, assim como um pouco do constrangimento de Collin. É muito bacana a forma como os dois se conectam nessa aversão a seriedade dos relacionamentos, mas caminham para algo mais sério.
E seguindo a trama dos Rindell, Henry faz de tudo para ter Maia de volta a sua vida, mas sua filha só o afasta e essa dor é demais para ele. Amy acaba se envolvendo quando sente que Henry pode tirar a própria vida e as duas correm para evitar o pior. A cena dele escrevendo a carta e caminhando para se enforcar é intensa, mas logo quebram o clima e nos fazem rir da situação embaraçosa dele caindo e tendo pequenos machucados. Só que as consequências dessa queda e a possibilidade de sua morte acaba criando um problema, pois ele pode voltar para a prisão e ter a fiança cortada.
Novamente Maia se volta para a família, mas acaba pegando a mãe mais uma vez na presença de seu tio Jax. Lenore esconde o que tanto conversam, mesmo sendo óbvio, mas o melhor é ver Maia colocando-a contra a parede e ela finalmente entendendo o que a filha enxerga ali.
The Good Fight caminhas suas tramas de forma a nos dar todos os detalhes, mas precisam estreitar mais alguns detalhes, principalmente quanto a quem realmente está por trás dos problemas e Rindell. Não quero uma solução, queria só mais detalhes, até mesmo dos mais sórdidos. No geral este episódio foi interessante, desenvolveu seus personagens, mas a trama principal dele para mim não foi tão envolvente.
Fico por aqui, comentem e to be continued…