“Parece que ela vai te deixar!”
É com esse pensamento que começamos o último episódio de Gilmore Girls depois de tanto tempo. O Outono chega e com ele continuamos a acompanhar os acontecimentos das mulheres Gilmore nesse ano que, definitivamente, será para recordar.
Nem sei como começar essa review, ainda estou impactado e ~tals, mas sei minhas primeiras palavras para esse parágrafo, “Você, eu, nós fomos todos Gilmorizados” não sei por onde começar. Se pelos monólogos (a bela história de Lorelai com o presente do seu aniversário de 13 anos com o Richard), ou pelas situações estranhas de sempre (Luke amigo do Kiefer Sutherland e elas imitando as frases clássicas do seriado), ou claro pelas 4 últimas palavras que assombram os fãs da série desde do final da temporada 7.
Mas vamos em frente, desde do episódio Verão (leia aqui) em que Lorelai decide fazer o livro Livre (o livro claro não o filme), eu achei que essa história ia ser um ótimo filler para a atriz Lauren Graham brilhar. Dito e feito! Todos os fãs sabem que Lorelai e natureza combinam zero. Então só bastou aceitar e esperar ver a conclusão do plot e ver a atriz dominar a tela e claro contracenar com o marido e colega da série Parenthood, Peter Krause.
Então fiquei feliz quando o plot foi finalizado e Lorelai apareceu na cozinha para uma das melhores cenas com Luke de toda a série.
“Você não pode me deixar. Você não pode” diz ele.
Até ela dizer: “Luke! Eu acho que deveríamos nos casar!”
#TeamLukeForever! A cena lembrou muito a final da temporada 5, uma das melhores e mais emocionantes cenas e passagens da série.
Quando finalmente chegamos a Rory e Star Hallows podemos ver a história andar e fluir melhor mesmo com toda aquela cena da Brigada da Vida e Morte com Logan e os amigos de Yale, serviu, claro, para finalizar a história com personagem, mas poderiam ter cortado mais essas sequências (igual com as cenas de Star Hallows: O Musical). Poderiam ter dado mais tempo para as histórias de Emily, que navegou pouco na saga do luto em sua casa, com as brigas dela com Lorelai, com as brigas para medir o quadro de Richard e a cerâmica no cemitério, e claro a já clássica cena na reunião do DAR (e com os “vá a merda!“). A personagem evoluiu muito indo morar em Nantucket, com uma empregada estável e já quase da família e trabalhar no Museu. Um ótimo final para uma personagem ainda mais maravilhosa. Kelly Bishop estava fantástica do começo ao fim de Gilmore Girls: Um Ano para Recordar.
Claro que chegamos em fim nas últimas quatro palavras… Estamos lá no meio da cidade contemplando a vista com Lorelai e Rory e pensando como esse revival foi bom e gostoso de se ver quando do nada a bomba é jogada e começa a famosa música de abertura. Wait… What?
Como falei lá em cima esse foi um ano para se recordar mesmo, afinal, passamos por toda uma evolução das meninas Gilmore se transformarem em mulheres e realmente o círculo foi fechado e completado. Não é a toa que vemos Rory rever todos seus exes (Dean lógico a lembra de tentar pagar os produtos antes de sair, Jess a contempla pela janela e Logan vai curtir seu dinheiro), o círculo se fechou. Teremos mais um membro da família Gilmore chegando e contará com o apoio maravilhoso de mãe, avó e bisavó…
O veredito final sobre Gilmore Girls: Um Ano para Recordar é que os fãs podem tudo e mereceram esses 4 episódios, mesmo com pouquíssimos personagens queridos tendo muito tempo de tela (alô Sookie desde quando você cheira cabelos, mulher?). A sensibilidade que Amy Sherman-Palladino escreve para seus personagens fez falta na TV, onde tudo ultimamente são mega produções e episódios tem que sempre ter um mega gancho para prender o público e depois fazer outros mais medíocres. Foi bom rever um bom texto, com bons personagens mesmo que com poucas linhas.