segunda-feira, 23 dezembro, 2024
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Era Uma Vez Um Deadpool | Crítica

a dupla comenta o filme (…) de uma forma bem humorada

Com a idéia da 20th Century FOX em criar uma versão de Deadpool 2 PG-13, para menores de 13 anos lá nos EUA, a mudança no filme tiraria muitas (e importantes) partes do filme.

Ainda mais pois, um dos sucessos de Deadpool, se deu pelo fato de que a produção se diferenciou dos outros filmes de super-heróis justamente por essa liberdade no roteiro e esse espírito mais fanfarrão que o personagem apresentou, tirando um pouco da seriedade que as produções tanto almejavam e entregavam até então.

Assim, Era Uma Vez Um Deadpool acaba por ser uma boa adaptação para Deadpool 2 com mais piadas e uma boa química entre Fred Savage e Ryan Reynolds mesmo que essa versão “conto de natal” preocupa para o futuro do personagem nos cinemas principalmente após com a compra da Fox pela Disney!

Preocupante pelo fato de que a verdadeira essência do personagem, em ser violento e boca suja fica, aqui, completamente deixada de lado . A personalidade que Ryan Reynolds conseguiu imprimir para o personagem é única e pode ficar ameaçada com essa idéia de um Deadpool mais família mais estilo-Disney, quando estúdio finalmente conseguir a autorização para trabalhar com os personagens? Será que Kevin Feige, chefão da Marvel Studios, tentará mudar o tom de Deadpool lá no futuro?

E Era Uma Vez Um Deadpool, a principio, parece mais uma tentativa escancarada de capitalizar em cima da figura do mercenário vermelho, onde esse filme acaba por ser uma terceira versão de Deadpool 2 (depois da versão dos cinemas e a versão especial lançada em DVD e em digital) que coloca o mercenário para ler um grande livro com a historia do segundo filme para Savage com uma recriação do cenário do filme de 1987, A Princesa Prometida (The Princess Bridge) e protagonizado pelo ator na época.

O maior triunfo desse longe, é claro, fica com todas as piadas entre eles, onde a dupla comenta o filme e os detalhes da trama de uma forma bem humorada e cheia de meta-linguagem. Em Era Uma Vez Um Deadpool, Savage é sequestrado pelo mutante que fica preso na cama e então ao embarcar no trote, ele brinca com o fato que Deadpool 2 tem um roteiro ruim por deixar Vanessa (Morena Baccarin) ser morta apenas para dar um desdobramento para a história, que a produção é um filme da Marvel, só que licenciada pela FOX e que a construção e desenvolvimento de Cable (Josh Brolin) foi muito má executada no longa, devido ao fato da complexidade de sua origem (vindo de uma realidade alternativa nos quadrinhos) não tenha sido apresentada nesse segundo longa.

Em Era Uma Vez Um Deadpool, tirando as cenas que foram retiradas para deixar o filme dentro da faixa etária para adolescentes (leia mais aqui no artigo Momentos Que São Diferentes entre Era Uma Vez Deadpool e Deadpool 2), Fred Savage parece ser o próprio espectador que estrela em uma versão comentada do segundo filme, onde, por exemplo, o ator surta com a participação de Brad Pitt e Matt Damon no filme.

O filme então se destaca justamente nessa relação entre os dois, onde as cenas no quarto entram e se costuram na trama super-editada de Deadpool 2. É uma opção completamente descompromissada para o final de ano, nada muito imperdível ou que não fosse um grande extra numa versão definitiva do filme.

Nota:

Era Uma Vez Um Deadpool chega nos cinemas em 27 de Dezembro.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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