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“O filme tem um senso de humor gigante […] que envolve esperteza, sagacidade, malandragem.” afirma Ravel Cabral que dirige o longa Passagrana

No que consideramos um dos filmes mais bacanas do ano até agora, Passagrana tem uma trama curiosa, e com uma pegada totalmente brasileira. O nacional conta a história de quatro amigos que estão cansados de sobreviver aplicando pequenos golpes e correndo da polícia.

Até que Zoinhu (Wesley Guimarães), Linguinha (Juan Queiroz), Mãodelo (Elzio Vieira) e Alãodelom (Wenry Bueno) se deparam com um roubo que pode tirá-los finalmente da rua e da pindaíba. O problema? Policiais corruptos na cola deles e uma prensa que os fazem temerem por suas vidas.

Eles só tem uma opção. Se aventurar em bolar e realizar um grande assalto a banco. Sabe um daqueles dignos das grandes produções do gênero que sempre vemos nas telas de cinema? Pois, mais um assalto meio que de mentirinha. Então, é câmera, luz e ação! Onde eles bolam audições para esse projeto falso, em que eles fingem que estão recrutando atores para esse tal filme. Mas eles vão é usar essa galera para realmente roubarem o banco, essas pessoas apenas vão estar lá para despistar.

E as audições são apenas o ponto de partida para um plano para lá de cinematográfico em que tudo pode dar errado. Mas e se der certo?

“Tínhamos muitas possibilidades aqui e não eram possibilidades que assustavam… pelo ao contrário estava tudo bem definido [pelo roteiro]” dizem os atores de Passagrana…

E na direção do longa temos Ravel Cabral que além da direção também cuidou do roteiro. Então ninguém melhor que ele para contar as principais curiosidades de bastidores. Cabral também tem faz uma pontinha no longa. Também, o diretor lançou o longa Meu Amigo Pinguim, onde ele trabalhou com o ator Jean Renó. Outros trabalhos de Cabral são as séries Aruanas (2023), Santo Maldito (2023), INSÂNIA (2021) e os filmes Turma da Mônica – Laços (2019), Moscow (2021) e as novelas O Outro Lado do Paraíso (2017), Império (2014) e Além do Horizonte (2013) na rede Globo.

Confira tudo que descobrimos sobre a produção de Passagrana.

Juan Queiroz, Elzio Vieira, Wesley Guimarães e Wenry Bueno em cena de Passagrana. Foto: Star Original Productions

Sempre foi a sua intenção em fazer um filme de assalto, mas no sentido do assalto ser “falso”? No sentido de termos o pessoal em busca de escalar atores para simular o assalto com os protagonistas do longa?

Ravel Cabral: O ponto de partida desse filme foi esse…. Quando a gente assistir esse filme de gênero, do gênero heist, do gênero de filme de golpe, né? Percebemos que na maioria absoluta deles, as equipes que vão fazer o golpe, elas são sempre muito bem que financiadas, tem tecnologias, equipamentos todos e não sei o que. Tem o Brad Pitt, George Clooney essas coisas todas e eu fiquei intrigado com isso!

Fiquei pensando, “Pô, mas como seria essa história para para a nossa realidade brasileira?” Por assim dizer realidade, né? É porque esse tipo de ladrão glamouroso não tem como a gente fazer isso aqui, não tem espaço para isso aqui, não tem tempo.Então o desafio foi propor um grupo, de quatro meninos, esses personagens, que não tem recurso nenhum.

Eles só tem, a própria astúcia, a própria inteligência e a lealdade que ele tem entre eles para se virar, né? E e aí eles, se veem diante de uma enrascada tremenda e a única maneira deles sairem dessa enrascada é justamente pegar esses talentos que eles tem e botar a prova, mas numa dimensão extrema como eles nunca tinham feito antes, né?

E essa ideia na verdade, eu tava com isso na cabeça, e tava me perguntando [sobre esses questionamentos]. Então foi numa certa madrugada que isso veio. Eu falei, mas como? Como eu tava me perguntando… como que é possível fazer um assalto, só que sem usar arma, sem usar explosão, e não sei o que! E eu juro para você e um dia me veio esse clique! E se todo todo mundo dentro do banco fizesse parte do golpe? As vítimas fazem parte do golpe?

E eu acho que esse foi o o pontapé! Assim foi ali que eu falei bom eu acho que tá aqui a resposta. E isso dá para o filme um senso de humor muito grande, né? E uma leveza também porque não se trata de um plano que envolva violência propriamente, mas sim que envolve esperteza, sagacidade, malandragem.

Fiquei curioso agora que você falou sobre a ideia. Isso foi uma ideia de pandemia, daqueles que a gente teve na época igual “Agora vou aprender a fazer pão!” e etc?

Ravel Cabral: Poderia muito ter sido. Foi quase isso, mas semelhante. Mas veio antes. Por que a primeira versão do roteiro, já em formato de roteiro, foi lá em 2017. Aí em 2018, eu apresentei o roteiro para a Intropictures, a produtora do filme. Eles adoraram o roteiro e fechamos o contrato para fazer o filme acontecer. E aí foi antes da pandemia, do começo dela, em meados de 2020 que nos encontramos com a Disney, só que aí veio a pandemia.

Assim, a pandemia aconteceu entre o acordo com o filme e a produção, a produção que acabou sendo pós-pandemia. Logo no final. Mas poderia ter sido nesse sentido.

Wenry Bueno e Carol Castro em cena de Passagrana. Foto: Star Original Productions

A Carol Castro sempre foi a primeira opção de vocês como a atriz convidada do filme? Por que vimos que vocês trabalharam juntos na série Insânia que também era da produtora Intro. E se você puder falar um pouquinho de como foi chegar nos outros atores para os outros personagens como o Caco Ciocler, a Irene Ravache, a Luciana Paes que tem uma participação muito boa, e a própria Giovana Grigio. Como foi chegar nesses nomes para Passagrana?

Ravel Cabral: Temos essa brincadeira metalinguística no próprio filme, desse grupo desses quatro rapazes que acabam de repente entrando nesse universo do teatro, das artes, né? Onde eles são completos gaiatos, né? Então eu fiz essa proposta que foi carinhosamente aceita pela pela IntroPictures e pela Disney também de que os quatro protagonistas seriam atores menos famosos assim e que a gente cercasse ele com participações especialíssimas, né?

E era para enfatizar essa sensação também deles adentrando nesse outro universo, né? E você começou perguntando pela Carol. E como você disse, eu tive essa felicidade de, às vezes, nessa carreira de ter uma espécie de encontro profissional artístico ou com alguém, né? E aconteceu com a Carol que eu adoro ela, acho ela uma excelente atriz e que cada projeto ela se supera e na verdade ela não foi a primeira opção para esse personagem. Como é que ela não foi a primeira opção, mas é porque eu tinha, eu eu eu tenho uma coisa assim, é eu vejo a Carol também um pouco como uma espécie de heroína de filme de ação, sabe? Então eu tinha imaginado ela pro personagem que acabou indo para o Marco Luque que é o comandante da força tática que fala assim, mas aí com a formação de um elenco é uma dança muito engraçada, né de você vai experimentando, cores, temperaturas, sabores que esses esses atores têm e você vai combinando assim, como se estivesse colocando instrumentos de um orquestra e chegou uma hora que eu vi que eu falei não, a Carol vai arrasar fazendo esse personagem, dela mesma. É porque esse seria assim o ponto máximo dessa brincadeira eh de linguagem do filme, né de entra uma atriz que se apresenta como ela mesma e que por acaso viu essa chamada de teste de 4lenco para esse filme de mentira e foi lá fazer o teste. Então eu é eu propus para ela e ela se divertiu também com a ideia e brilha muito no filme, né?

 Irene Ravache em cena de Passagrana. Foto: Star Original Productions

Irene Ravache eu acho que já é um privilégio para qualquer filme, qualquer produção que que a tenha. E para mim, de repente, tá trabalhando com ela logo assim no primeiro filme. É uma honra tremenda, né? Porque a personagem dela para mim é a cereja do sundae, do filme e que ela faz uma coisa é divertidíssima, inesperada que eu acho que de certa forma também e sintetiza bem o tipo de humor desse filme, né? Essa brincadeira que é que o ator é muito né? E e que são várias máscaras que estão sendo colocadas é um filme que fala sobre isso, né? E ainda mais a Irene também tem uma coisa curiosa, já que o personagem dela fala barbaridades e quando a gente veio quando a gente estava a gente cogitou e a Irene Ravache? E a gente pensou que ela ia adorar a ideia, ou ia odiar a gente para sempre né? E felizmente ela tendo essa atriz maravilhosa que ela é adorou também.

Já o Marco Luque também a gente teve essa essa proposta super divertida de convidar ele para fazer um personagem que é o contrário do tipo de personagem que ele é conhecido por fazer né? É o personagem dele é provavelmente o personagem mais sério do filme. E o Caco Ciocler excelente ator e eu conheço há muitos anos por conta de teatro e tal e ele na minha opinião o personagem dele era o mais desafiador porque é é um o antagonista, né?

Isso assim do tipo um bloco de peso no filme assim e precisava porque precisava né? Para mover esses quatro personagens a fazer uma maluquice tão grande. Você precisa de uma de um antagonista de uma força oposta tremenda, né? E o personagem do Caco para mim simboliza assim o fim de tudo, a morte, o fim da esperança… E muito difícil fazer um personagem desses sem você cair também numa espécie de caricatura de vilão.

E o Caco acertou uma temperatura um equilíbrio e o primoroso, né? Por fim, a Luciana Paes, que para mim qualquer filme, qualquer coisa que tenha Luciana Paes fica instantaneamente melhor. E eu ficava brincando que a Luciana Paes poderia ser convidada para fazer qualquer coisa qualquer personagem e apesar que pode parecer que a participação dela é pequena, não é porque é através da personagem dela, através dos olhos da personagem dela que a gente vai assistir por assim dizer, o miolo do filme que é o assalto ao banco.

É como se ela tivesse contando para nós como que foi e E a Luciana é demais, né? Porque ela faz coisas assim que parecem tão espontâneas, mas que não por trás daquilo também existe eh uma profunda técnicas, não talento muito grande, então é uma alegria é difícil mesmo. Assim é é uma alegria tão grande. Que passa o limite do orgulho e se transforma imediatamente em gratidão assim pela por ter é reunido tanto talento junto e Giovana Grigio também que arrasou é que foi um encontro muito feliz, porque para mim a Giovana Grigio ela já é uma uma estrela de cinema. Ela tem tudo de uma estrela de cinema.

Ravel Cabral cuida da direção e do roteiro. O longa é uma produção da INTRO Pictures, em coprodução da Star Original Productions e distribuição da Star Distribution.

Passagrana chega em 19 de setembro nos cinemas nacionais.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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