A Universal Pictures convidou o ArrobaNerd para um bate-papo com os dubladores da nova animação da DreamWorks, o Gato de Botas 2: O Último Pedido.
A lista de dubladores é gigante, mas o site falou com o trio de atores Giovanna Ewbank ( a Cachinhos Dourados), Marcos Veras (o Perrito) e Sérgio Malheiros (Bebê Urso).
Completam a lista do time nacional também os profissionais Miriam Ficher como Kitty Pata Mansa, Isabela Quadros como a Mamãe Urso, Ricardo Rossatto como o Papai Urso, Bernardo Legrand como o João Trombeta, e ainda Sergio Moreno como Lobo.
Gato de Botas 2: O Último Pedido | Crítica: O bom retorno de um personagem carismático
Confira abaixo.
Qual a relação que vocês tem com a franquia Shrek de maneira geral?
Giovanna Ewbank: A minha relação com o Shrek… bem eu tenho três filhos né? Então assim, o Shrek acho que durante esses anos todos fica passando e repassando na minha televisão assim de um jeito looping. Porque as crianças amam muito Shrek, né? Acho que não foi muito da minha infância, mas da infância dos meus filhos. Então eu tenho um carinho muito especial.
Marcos Veras: A relação do Gato de Botas com o Shrek é como um clássico. Eu me sinto, ao fazer essa dublagem, meio como um clássico também. Tipo “Eu fiz Shrek”.
Sérgio Malheiros: A gente tá entrando em uma franquia clássica.
Marcos Veras: É isso, estamos participando um momento histórico. O cinema deixa isso para o resto da vida.
Contem alguma história sobre seus personagens que vocês tiveram que adequar a fala original para a realidade do Brasil?
Sérgio Malheiros: Tivemos uma música que teve que ser repensada, cantamos uma música super rápida, mas que teve que ser repensada. É uma música das tortas que cantamos “Nós queremos as tortas!”, pois a música em inglês era uma outra coisa que não fazia muito sentido. Então muita coisa a gente adapta, muita coisa faz na hora.
O Manolo [Reis] que era o nosso diretor [de dublagem] que é um dublador experientíssimo que já faz isso há 200 anos, ele faz ali na hora, e fala “Não, isso não tá dando certo porque é o inglês é uma língua muito contraída e a nossa língua é muito maior. Tipo tira esse “Não” coloca esse “Não” aqui na frente, por que o “Não” tem a boca parecida que o personagem faz”…então essa direção é muito muito importante pra gente conseguir fazer a adaptação assim porque realmente é uma é outra língua e uma língua muito diferente, né?
Giovanna Ewbank: O Manolo nesse processo é importantíssimo. Porque existem termos também em inglês que a traduzido para o português você não consegue entender absolutamente nada, né? Então acho que esse tato do Manolo durante é esse processo, acho que foi super importante, assim da gente poder trazer para a língua portuguesa.
Sergio Malheiros: Até mesmo o jargão dos nossos personagens, nós tivemos que adaptar né? “Tá quente, tá frio, tá mole” tivemos que adaptar. É a brincadeira dos Ursos e da Cachinhos Dourados.
Marcos Veras: Eu lembro que eu botei algumas coisas também para trazer essa coisa da nossa língua, né? O nosso charme do brasileiro…eu lembro de botar “Vai que a tua tigrão!”
Tem um momento que vocês também estão implicando um com o outro que eu falo “calma respira, calma!” Tem umas coisas que não estavam no texto e que cabiam [colocar] ali do nosso jeito.
Já que você tocou nesse assunto, Marcos como foi fazer a cena do Perrito quando ele resolve que xingar todo mundo é muito bom? Rolou algum improviso?
Marcos Veras: Eu acho que essa cena foi 90% improviso. Porque era o Perito se divertindo “Também quero xingar!” Eu também quero participar desse momento sem entender que os dois estavam brigando e ali a gente, óbvio não pode falar palavras de baixo calão, mas tem que ser engraçado, né?
Então foi ali bastante improviso. Cabeça de bosta, cabeça de pum. Meu filho ontem já mandou “cabeça de pum” e a mãe toda desesperada “que isso filho!”. Ouviu no filme né?
Essa cena eu adoro, é muito divertida e difícil de fazer.
E como foi a experiência de assistir o filme com uma audiência enorme lá na CCXP?
Marcos Veras: Eu nunca tinha ido na CCXP. Mas fiquei impressionado com o evento. Mais de 3000 mil pessoas lá para ver Gato de Botas prestando atenção, reagindo, gritando batendo palma, rindo.. eu era foi o meu momento Ivete [Sangalo, a cantora]. Depois eu entrei no palco para falar com as pessoas e é uma uma experiência linda, única e fiquei muito feliz de estar presente lá.
E qual personagem vocês acham que o público vai se identificar melhor?
Todos eles: Ah o Perrito!
Giovanna Ewbank: A gente precisa de uma pessoa muito legal para fazer o Perito. Vamos chamar o Veras.
Sérgio Malheiros: O Veras é o mais legal. Por isso que ele foi chamado. O Perrito é realmente personagem, maravilhoso muito diferente de todos os outros personagens.
E para finalizar: o que faz o Gato de Botas 2: O Último Pedido ser uma experiência para se assistir no cinemas?
Giovanna Ewbank: O Gato de Botas é ele é muito possível, né? Qualquer um poderia ser O Gato de Botas. Todos conseguem se identificar. Ele erra, ele falha. Então, achei que todos conseguem se identificar de certa maneira, em algum lugar, com Gato de Botas.
Marcos Veras: Com todo respeito ao streaming, mas a experiência de ir ao cinema… o Gato de Botas 2 tem que ser visto nos cinemas, agora nas férias ou em qualquer outra data, porque o cinema é uma experiência coletiva. A experiência de ir ao cinema com pipoca, com aquela tela gigante, com aquele som alto, que potencializa as aventuras e as cenas de ação é é inexplicável.
Sérgio Malheiros: Além de um roteiro maravilhoso que fala sobre milhões de coisas interessantes e não só a questão de uma grande aventura, é um filme que faz rir e divertir. E o filme também traz uma qualidade de imagem fotográfica diferente assim eu acho que tem uma principalmente na sequência de ação. O filme tem um traço que é diferente do que eu não tinha visto ainda nos filmes de ação de desenho.
Onde assistir Gato de Botas 2: O Último Pedido?
Gato de Botas 2: O Último Pedido chega em 05 de janeiro nos cinemas.