Foi revelado no dia 25 de novembro, o autor que será homenageado na Festa Literaria Internacional de Paraty (Flip) em 2020, pela primeira vez o anuncio foi realizado juntamente com o principal patrocinador através das páginas de ambos no Facebook durante a leitura de cartas da autora homenageada. Não demorou muito para que o publico que acompanhava ansioso já descobrisse quem seria esse personalidade da literatura.
Pela primeira vez em 17 anos, o anúncio foi feito com uma apresentação de cartas e trechos da produção literária do homenageado, estabelecendo sua relação com os temas que a Flip costuma articular, como o entrelaçamento de linguagens e manifestações artísticas, o processo de fixação das raízes culturais no território – em Paraty, no Brasil e no mundo – e o papel das artes em geral na revitalização do espaço urbano.
“Queremos fazer deste momento, a escolha do autor homenageado, uma espécie de prefácio à Flip“.
“São como as páginas introdutórias para a obra que virá em seguida“.
diz o arquiteto Mauro Munhoz, diretor artístico da festa literária.
Em sua 18º edição a FLIP a curadoria da festa continua sobre a responsabilidade de Fernanda Diamant que elegeu como homenageada a autora norte-americana Elizabeth Bishop pela primeira vez em todas as edições da FLIP essa será a primeira vez que um autor(a) não será um brasileiro ou naturalizado.
Elizabeth Bishop, poeta norte-americana e brasileira por adoção, viveu no Rio de Janeiro onde escreveu parte de sua obra por mais de 20 anos, onde viveu um romance com a arquiteta e urbanista Lota de Macedo Soares.
Podendo ser realizada com um olhar do Brasil pelos olhos de uma mulher que levou este olhar do país para todo o restante do mundo. Em seus poemas trouxe o Brasil dos anos 50, o Parque do Flamengo (maior espaço público do mundo a beira mar), em uma relação muito crítica e ao mesmo tempo muito apaixonada pelo país.
Bishop chegou a escrever 40 cartas por dia. Além de seu trabalho de tradução de grandes obras e sua importância na difusão da cultura brasileira pelo mundo.
Sua obra consiste em poemas, cartas, artigos e pinturas que serão abordadas na Flip. E principalmente sua relação afetiva com a arquiteta Lota, que influenciou sua obra.
A diversidade é uma tradição na Flip tanto em suas questões de gêneros, nas artes, em sua linguagem artísticas e culturais que se mantém nessa edição 2020.
A Bishop já era cotada a muito tempo na Flip, o objetivo é divulgar a cultura do Brasil para todos os países, sendo essa uma ousadia e uma novidade que se tornou um desafio para Fernanda.
A arte brasileira antes de tudo é uma arte feita no Brasil, que foi a definição de Oswaldo durante a semana de arte em 1922“
diz Fernanda e Mauro durante apresentação da autora homenageada.
A Flip 2020 acontecerá nos dias de 29 de julho a 2 de agosto, em Paraty cidade do Rio de Janeiro.