segunda-feira, 23 dezembro, 2024
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Desventuras em Série | Crítica da 2ª Temporada

Olá olá olá crianças! Temos o (des)prazer de trazer a crítica da nova temporada de Desventuras em Série aqui no Arroba Nerd, e já avisamos as coisas não ficaram mais fáceis ou melhores para os irmãos Baudelaire.

Como vocês viram aqui o novo ano começa exatamente onde a primeira temporada parou, vocês podem ler nosso texto aqui, e os primeiros blocos de episódios adaptaram o livro Inferno no Colégio Interno, em que acompanhamos Violet (Malina Weissman), Klaus (Louis Hynes) e Sunny (Presley Smith) na Escola Preparatória de Prufrock.

Logo de cara na temporada vemos que o trio de irmãos esperam para encontrar um novo guardião, fugir do Conde Olaf (Neil Patrick Harris) e claro ficam mais um passo de descobrirem mais sobre o passado que envolve seus pais e seus tutores. Mesmo com a pentelha (mas adorável) Carmelita Spats (a ótima Kitana Turnbull) no pé dos irmãos a sequência inicial de episódios mostra que as coisas devem ficar mais difíceis para os órfãos do que no primeiro ano.

Foto: Netflix

E a segunda temporada de Desventuras em Série, volta com mais segredos do que nunca como por exemplo, o açucareiro, o livro das organizações secretas e principalmente o que é CSC?, e novos personagens, o irmão espião, a bibliotecária, a socialite… Mas também continua com aquele clima teatral ah lá Tim Burton que deixa os episódios com aquela necessidade incrível de fazer maratona e de acompanhar tudo de uma vez só atrás das pistas mesmo que a série mantenha aquele ritmo devagar onde parece que às vezes nada acontece.

Mas falando em teatralidade, Neil Patrick Harris consegue colocar sua veia artística cada vez mais em evidência e o ator se entrega de uma forma bastante louvável onde os números musicais acabam ficando ainda mais elaborados e claro os disfarces mesmo que toscos continuam sendo um grande prazer de ver a medida que vemos Olaf indo de plano em plano atrás da fortuna dos irmãos Baudelaire.

E mesmo que a temporada continue com o mesmo esquema, com a trama se passando de dois em dois episódios, começando e terminando suas histórias menores neles e fazendo que um novo guardião seja apresentado temos aqui nesse segundo novos rostos para ajudarem a contar a história que ganha em termos de mitologia.

Foto: Netflix

E uma das maiores aquisições em termos de novos personagens para o seriado são introduzidos nos ótimos 2×01-02 – Inferno no Colégio Interno com os personagens de Jacques Snicket, interpretado pelo fantástico e carismático Nathan Fillion. E pela personagem da bibliotecária Olivia (a encantadora Sara Rue).

A dupla de personagens também ganha um trama paralela que acaba deixando quem assiste com um gosto de quero mais. Jacques nos oferece talvez de forma mais concreta informações sobre a CSC, a misteriosa organização que cerca a série com mistérios quase desse do seu começo e Olivia que vemos ser uma grande e importante aliada para os Baudelaire em momentos difíceis.

A terceira e talvez a melhor aquisição para o segundo de Desventuras em Série é apresentada no 2×03-04 – O Elevador Ersatz onde conhecemos a super inEsmé Squalor, a super competente Lucy Punch, uma conselheira financeira que acaba tendo conexões com o Conde Olaf e se junta a sua gangue mesmo tendo objetivos próprios além de querer ajudar o vilão a tirar fortuna dos órfãos.

A personagem como a policial Luciana em A Cidade Sinistra dos Corvos é uma das melhores coisas da série e grande diferença da primeira temporada para a segunda que é Punch faz uma parceira de cena com Harris à altura, ambos são mega expressivos e tem uma química realmente muito boa juntos e trazem um ar cômico inigualável para a série. Claro, Harris ainda continua a roubar os holofotes mas é sempre bom ver o ator trocando com alguém tão bom quanto ele.

Foto: Netflix

E isso faça de O Elevador Ersatz ser as melhores sequências dessa nova temporada, talvez pelo fato de termos a presença do hilário Tony Hale como Jerome Squalor um dos guardiões desse novo ano ou pelo fato de mostrar um pouco os irmãos começando a serem mais ativos em sua empreitada contra o Conde Olaf e sua gangue. E na dupla de episódio também temos um lado maior de ação ao vermos Jaques e Olivia juntos numa missão para o CSC o que faz os capítulos passarem de uma forma rápida mesmo mantendo com aquele humor caraterístico do seriado. 

A temporada segue com a trama em A Cidade Sinistra dos Corvos, a sequência de episódios mais sombrios e que fogem um pouco do tom da série mas que entrega informações importantes sobre o mistério central da temporada (a CSC) e um Conde Olaf ainda mais perverso e que mostra que não está para brincadeiras. A série aqui perder um pouco da inocência e acaba ficando mais adulta assim como os órfãos.

Já o fraco O Hospital Hostil acaba sendo um ponto fora da curva na trama da história que se perde tentando dar pistas que acabam por apenas alongar a história para lá no final jogar uma daquelas viradas de roteiro que nos faz chegar nos episódios finais. A sequência final de episódios dessa segunda temporada de Desventuras em Série, chega com o excêntrico e cheio de extravagância O Espetáculo Carnívoro onde vemos tantos os vilões quantos os mocinhos partirem para um circo caindo aos pedaços, com “aberrações”, leões famintos, videntes (fajutas) e montanhas russas quebras.

A dupla de episódios entrega respostas para algumas perguntas feitas ao longo da temporada e mostra que também teremos uma temporada 3 ainda mais enigmática, com novos mistérios e com uma trama ainda mais interligada do que poderíamos imaginar.

Assim o segundo ano da série se mostra um pouco mais maduro mas ainda cheio de anedotas peculiares e com uma meta-linguagem bastante bacana mas que acerta em trabalhar bem com os desenvolvimento de seus personagens, onde vemos principalmente os Baudelaire se preocupando entre fazer o certo e o errado durante algumas cenas importantes.

O novo ano de Desventuras em Série tem participações especiais muito boas (oi Alison Williams), vem com muito mais números musicas e com inúmeras fantasias e troca de figurinos que realmente fazem valer a pena você “olhar” com atenção.

As duas temporada da série estão disponíveis na Netflix e você pode ler nossas reviews do primeiro ano aqui.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

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