Nas duas últimas semanas, vimos os principais executivos da Disney estarem com discursos aliados para o que podemos esperar das produções do estúdio, principalmente com o selo Marvel Studios, no futuro.
Durante a reunião de investidores na semana passada, o executivo e CEO Bob Iger comentou que não só os chefes de departamento (seja os Presidentes da Marvel Studios, da Disney Animation e etc) vão voltar a tomar as decisões para onde (se cinema ou streaming) os seus projetos vão, mas também a empresa vai começar a filtrar melhor os conteúdos das suas principais franquia. E que todo mundo vai se responsável pelos sucessos e fracassos.
E Iger comentou que algumas “são extraordinariamente caras“. E o executivo tem razão. Numa época, onde as produções de streaming cada vez mais tem cara de lançamento de cinemas, e os principais estúdios deixando de priorizar o mundo digital, fica claro que o freio na produção de conteúdo foi puxado em alguns, e senão, todos os estúdios.
Anteriormente, na gestão Bob Chapek, a divisão de Direct-To-Consumer (DTC) que supervisiona os lançamentos. Quando Iger retornou, a divisão acabou.
O CEO da empresa comenta querer “mais qualidade, mas também precisar ver o quanto isso vai custar”.
Iger não citou nominalmente nenhum projeto, mas a recepção dos últimos filmes do MCU, e até mesmo da Disney Animation, não foram as melhores no ano passado. E curiosamente, o único filme que receber um lançamento apenas no Disney+ e não um lançamento nos cinemas, a animação Red – Crescer É uma Fera que um dos poucos longas do estúdio que recebeu uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Animação.
Mas a grande preocupação deve ficar com a Marvel Studios, a máquina de fazer dinheiro do estúdio. Será que a quantidade massiva de produções MCU chegou no ponto que não dá mais para aguentar? Em 2021 tivemos 8 projetos lançados (4 filmes e 4 seriados) e depois em 2022 mais três filmes e três seriados (sendo 2 especiais comemorativos).
A linha “O que devo assistir nos cinemas e o que eu devo assistir no Disney+?” ficou cada vez mais tênue na medida que a pandemia foi melhorando, e o público voltou a ir aos cinemas. Não com a mesma força pré 2019, mas também a Fase 4 foi a que mais se mostrou diferente das outras com a introdução de novos heróis e vilões.
Pra 2023, a Marvel Studios começa Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania nos cinemas e segue com mais outros filmes na teleona: Guardiões da Galáxia Vol. 3 (Maio) e As Marvels (Julho). E lá na SDCC 2022, no ano passado, a Marvel também tinha anunciado outras 5 novas séries para 2023: Invasão Secreta, Loki Temporada 2, Echo, Ironheart e Agatha: Coven Of Chaos. E ainda a série animada What If? em sua segunda temporada.
Mas segundo informações do Hollywood Reporter, parece que os planos agora são de só manter as duas primeiras em 2023. E isso tem algum sentido, afinal Invasão Secreta parece se conectar com As Marvels e Loki Temporada 2 com os acontecimentos em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania. Então tem uma certa lógico nisso, em deixar essas duas produções, nesse ano e dar um espaço para a indústria do entretenimento e os fãs consumirem outras coisas.
O próprio Kevin Feige comentou que esse é o plano em entrevista a EW. “O ritmo que nós vamos colocar os seriados no Disney+ vai mudar”.
O que será que vem por aí?