E o mercado editorial deu uma balançada neste começo de 2022, e hoje (18) foi anunciado que o Grupo Companhia das Letras comprou 70% da Editora JBC.
A editora foi fundada pelo imigrante japonês Masakazu Shoji e dirigida por suas filhas Luzia e Marina, a editora é um caso de empreendedorismo editorial de sucesso.
Em seu portifólio a editora tem em sua parte de mangá clássicos como A Princesa e o Cavaleiro, além de sucessos como Ghost in the Shell, Akira, Os Cavaleiros do Zodíaco, Dragon Ball, Yu Yu Hakusho, Shaman King, além de mangás do grupo CLAMP, como As Guerreiras Mágicas, Chobits, e as edições de Fullmetal Alchemist.
Marina Shoji, diretora-geral da JBC, afirma que “estamos vivendo uma fase muito positiva no mercado brasileiro, tanto no segmento de mangás licenciados quanto no de obras nacionais, e sentimos a necessidade de procurar alternativas que nos permitissem aproveitar essa oportunidade da melhor forma, principalmente por conta dos novos desafios que vêm se apresentando como consequência da pandemia de COVID-19“.
Sua irmã Luzia Shoji, presidente da editora, acrescenta: “Fazer parte do maior grupo editorial do Brasil é motivo de muito orgulho para nós. Temos a certeza de que, com esta fusão, tudo o que construímos vai crescer ainda mais, beneficiando leitores, fãs e clientes”.
O fundador da JBC, Masakazu Shoji, diz que sua maior preocupação “era garantir que tanto o público quanto as editoras japonesas que confiam em nosso trabalho há mais de duas décadas continuassem a receber a mesma atenção e empenho que dedicamos até hoje. Nesse sentido ficamos muito tranquilos, pois sabemos que com a Companhia das Letras a nossa missão será preservada”.
Para o fundador e CEO da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz, “os mangás têm uma presença cada vez mais forte na cultura contemporânea e a chegada da JBC, uma referência na categoria, aumenta a nossa diversidade literária“. Schwarcz relembra que “sempre acreditamos na força literária dos quadrinhos e por isso criamos, em 2009, o selo Quadrinhos na Cia“. Ele faz questão de ressaltar que “a gestão da JBC continuará com as irmãs Shoji. Primeiramente, porque a editora vai muito bem; depois, porque são elas que conhecem as aspirações dos leitores de mangá no Brasil. Nossa missão é dar o apoio na distribuição, comercialização e divulgação“.