domingo, 22 dezembro, 2024
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Baz Luhrmann e elenco de Elvis falam curiosidades do longa sobre o cantor

O Arroba Nerd foi convidado a participar da coletiva de imprensa virtual de Elvis!

Assim, tivemos a oportunidade de participar de uma sessão de perguntas e respostas com o diretor Baz Luhrmann e com o elenco do filme. Assim, o grupo falou do longa diretamente da cidade de Memphis, no Estado americano do Tennessee, a cidade do cantor Elvis Presley.

Confira os principais destaques e as curiosidades dos bastidores do longa.

Elvis | Crítica: Um estouro visual e musical marcado por cativantes atuações

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Baz Luhrmann, Olivia DeJonge e Austin Butler em cena de Elvis
Foto: Warner Bros. Pictures

Moderador: A vida e a carreira de Elvis Presley é muito notável. O que te levou a fazer esse filme?

Baz Luhrmann: Acho que [a ideia do filme] é mais do que apenas uma história sobre a vida de Elvis. É uma grande vida para explorar os EUA nos anos 50, 60 e 70 e até onde estamos agora. E também é muito sobre o relacionamento entre Elvis e o Colonel Tom Parker, interpretado pelo ator Tom Hanks. É um filme sobre a indústria, sobre o mercado, é sobre gestão, e controle, e também sobre criatividade da alma, e sobre a verdade. [Para mim] foi uma ótima forma de explorar grandes ideias através de uma grande vida e grandes músicas.

Austin Butler se preparou para o papel de Elvis durante 3 anos

Moderador: O papel tem feito parte de sua vida nos últimos três anos. Qual foi a sua preparação? E você já deixou o personagem de lado, e se não, qual parte de Elvis que ainda está com você?

Austin Butler: Eu vivi por uns dois anos, onde eu não fiz mais nada, estava apenas obcecado. (…) eu apenas segui minha curiosidade todos os dias. E eu estive cercado das melhores pessoas. Polly Bennett, minha treinadora de movimentos, que trabalhou com todos nós, meu treinador de voz, meu treinador de canto, de caratê… nós fizemos todo esse trabalho e eu tentei ser o mais meticuloso possível, mas no final do dia tudo se tratava de encontrar a humanidade dele.

Porque o que mais me fascinava era me desvencilhar [quem ele era] do ícone, desvencilhar das as caricaturas ou das fantasias de Halloween de Elvis e achar quem ele era em um quarto vazio sozinho no fim do dia. Como ele acordava pela manhã? Sabe, como era seu círculo intimo?, e ele era um homem muito sensitivo e espiritual, e como ele evoluiu ao longo dos anos. Esse foi o meu processo.

Meu relacionamento com o medo mudou muito, por conta da quantidade de pressão que eu senti durante todo esse processo. Quer dizer, era uma baita de responsabilidade. Eu tinha tanto medo de falhar com ele e falhar com seu legado ou sua família, ou com todos os fãs do mundo que o amam tanto e isso era tanta responsabilidade que eu sentia todos os dias. Mas também foi uma lição importante. Por que ele [Elvis] sentia medo, e ele teve momentos, como em 1968, quando sua carreira estava ameaçada, e ele sentia que sua vida parecia que estava ameaçada. E houveram muito momentos que ele se sentia com medo, mas mesmo assim ele fez coisas extraordinárias.


Moderador: Este filme reflete a história e o tempo. Como você decidiu quais tópicos seriam incluídos no filme?

Luhrmann: Bem, há apenas algumas coisas que você não pode contar esta história sem [tocar nelas]. Você não pode falar da América nos anos 50 e 60 e 70 e você não pode falar sobre alguém e sobre música sem lidar com artistas negros e música negra, e falar sobre a jornada que Elvis percorreu e o relacionamento dele com todos esses outros personagens interpretados por atores brilhantes.

Butler: Colocando a vida dele em contexto nós não teríamos Elvis sem música negra e vamos dar o crédito por que como vocês sabem a narrativa foi mudando em diferentes formas e eu estou orgulhoso do fato que fazer parte desse filme e vocês [colegas] que fizeram um incrível trabalho.

Moderador: O que você pode nos dizer sobre conhecer Priscilla Presley pela primeira vez e o que você mais amou sobre esse papel?

Olivia DeJonge: A primeira vez que nós nos encontramos foi quando estávamos indo para o Baile Met e foi muito empolgante. E talvez ter ela ai com a gente foi tão empolgante quando ir para o evento. Eu a conheci, ela foi adorável, ela é linda, ela depois fez parte dessa turnê de divulgação. Eu acho que há realmente algo especial em olhar nos olhos da mulher que você interpretou e e tem uma grande empatia já por tanto tempo e ver ela ser tão receptiva, gentil e aberta foi uma grande bênção, porque você sabe, definitivamente poderia ter acontecido de outra maneira.

Eu acho que a minha parte favorita em interpretar ela foi me apoiar em sua suavidade, na sua feminidade. Foi uma grande lição de vida e uma grande honra como atriz.

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Baz Luhrmann e Austin Butler em cena de Elvis
Foto: Warner Bros. Pictures

Moderador: No filme é impossível dizer quando é a voz de Austin Butler ou quando temos a voz de Elvis. Como foi sua preparação para cantar como Elvis? E também quanto tempo levou para aprender todos os movimentos de dança?

Austin Butler: Levei somente algumas semanas. [diz ele em tom de brincadeira]. Nós tivemos 1 ano e pouco antes das gravações. E no começo parece impossível quando vemos a quantidade de cenas que existem por aí, a quantidade de gravações com a voz dele… O que eu fiquei impressionado com a forma como sua voz muda ao longo dos anos… você ouve uma entrevista em 1954 ou 1954 ou 1956 e depois uma em 1962 e ele soa completamente diferente e depois você ouve ele em 1972 e ele parece diferente daquela vez e depois em 1977 ele parece ainda mais e então você tem todas essas vozes diferentes. Foi como descobrimos como elas evoluíram através dos anos. Assim eu passava tipo um dia vivendo em uma delas, e todo mundo tinha que me aguentar com elas.

(…) Tem muitas caricaturas por ai, então para mim foi como me sentir como fosse minha vida, como se eu tivesse vendo ele de dentro para fora e não caindo em nenhum dessas armadilhas, o que é muito difícil não cair, afinal, todos nós temos uma ideia de como ele parecia, ou falava.

Moderador: Por que você escolheu contar essa história através dos olhos de Colonel Tom Parker?

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Tom Hanks em cena de Elvis
Foto: Warner Bros. Pictures

Luhrmann: Para fazer mais do que apenas contar a história de Elvis, uma em que ele nasce, ele faz isso, ele faz aquilo. É uma história extraordinária, mas quando você tem (…) um personagem que muita gente pode achar ser o vilão, e nessa história ele debate, ele argumenta: Eu não sou o vilão aqui, isso te dá um temendo arco tenso para a toda a história. Te permite ir para lugares que normalmente não iria, revelar coisas que você talvez conseguisse revelar, e eu acho que isso nos ajuda a explorar uma ideia maior. Como Elvis veio de uma origem humilde, da vergonha que ele sentia de seu pai, a falta de dinheiro, a perda da mãe, e esse buraco em seu coração, que o fez voar tão alto em direção ao Sol, igual Ícaro, e assim tragicamente ele caiu. E o por que tudo isso aconteceu? Era por conta de um empresário do mal? O que ele argumenta ao longo do filme era que ei ei tudo que eu fiz era apenas meu trabalho.

Uma história que não está no filme quando Elvis morre, e o Colonel sabe da notícia, a primeira coisa que ele faz é mandar fazer mais CDs. Para a audiência ele é um homem sem coração, mas ele diria dizer, mas você quer o CD dele não? Eu só estou fazendo o que você quer assim quando um icône morre. Assim é a história de uma complicada relação. Uma relação entre o emocional e o comercial.


Baz Luhrmann cuidou da direção. O roteiro ficou nas mãos de Baz Luhrmann & Sam Bromell e Baz Luhrmann & Craig Pearce e Jeremy Doner, com história de Baz Luhrmann e Jeremy Doner.

No elenco temos ainda os atores  Helen Thomson (Rake), Richard Roxburgh (Moulin Rouge!),  DeJonge (The Visit), Luke Bracey (Hacksaw Ridge), Natasha Bassett (Hail, Caesar!), David Wenham ( trilogia O Senhor dos Anéis), Kelvin Harrison Jr. (Os 7 de Chicago), Dacre Montgomery (série Stranger Things) e ainda Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães).

Elvis chega nos cinemas nacionais no dia 14 de julho nos cinemas.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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