quinta-feira, 01 maio, 2025
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“Muitos elementos dele me lembrou Elliot [de Mr. Robot], mas de uma maneira diferente” afirma Rami Malek sobre o longa de espionagem Operação Vingança.

Operação Vingança é o título do novo filme de espionagem que chega nos cinemas nacionais agora em Abril.

É o retorno de Rami Malek para os holofotes depois de ter ganhado o Oscar e tudo mais. O ator interpreta Charlie Heller, um brilhante, mas extremamente introvertido oficial da CIA que trabalha no porão da organização em Langley que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando sua esposa é morta durante um ataque terrorista em Londres.

Quando seus superiores não investigam o caso, ele decide resolver o crime por conta própria, e embarca em uma perigosa jornada pelo mundo para descobrir quem foram os responsáveis. 

No elenco temos ainda os atores Rachel Brosnahan, Caitríona Balfe, Jon Bernthal, Michael Stuhlbarg, Holt McCallany, Julianne Nicholson, Adrian Martinez, Danny Sapani, e Laurence Fishburne.

E diretamente dos EUA, participamos da coletiva de imprensa do filme onde descobrimos algumas curiosidades dos bastidores com o elenco.

Rami Malek as Heller in 20th Century Studio’s THE AMATEUR. Photo courtesy of 20th Century Studios. © 2024 20th Century Studios. All Rights Reserved.

Moderadora: Rami, Operação Vingança é sua primeira vez também na produção um filme. Como foi essa experiência e ela teve algum efeito em seu desempenho como ator?

Rami Malek: Acho que isso teve um impacto em meu desempenho como ator de várias maneiras. Mas eu simplesmente adoro ver coisas do começo ao fim, em tudo, em todos os seus elementos. Espero que não seja uma coisa que vai focar em eu ser um perfeccionista, mas eu me vi [em outros projetos fazendo isso]. Estávamos conversando sobre antes e lembro que tanto em Bohemian Rhapsody e no Bond [007 – Sem Tempo para Morrer de 2021) e eu me lembrei de momentos em que [pensei nisso] quando via determinadas câmeras, determinadas lentes focadas em outros atores sobre os quais eu ia e conversava com os diretores ou na pós-produção que eu queria ter certeza de que teríamos a melhor opção entre as melhores.

E já ouvi falar de muitos atores que entram na sala de edição, e pensei: como eu poderia fazer isso sem ter que fazer isso de uma maneira meio sorrateira. Assim, a maneira de fazer isso foi começar a interação,eu mesmo. Foi bom ver isso se desenvolver, trabalhar no roteiro com Dan Wilson e, é claro, com os ótimos Hutch Parker e James Hawes, e sentar com eles todos os dias para tentar fazer com que o filme fosse o mais autêntico e único possível do início ao fim. E não há nada como entrar em uma mixagem de som no final do filme e ver como você pode elevar isso também para a tela grande. […]

E no final, [como produtor] conseguir reunir alguns dos meus atores favoritos com quem sempre quis trabalhar, nesse filme que é um grande conjunto de atores. Acho que todos reconhecem que temos aqui são pessoas que estão no seus melhores momentos de carreiras.

Moderadora: Pergunta para Rachel e Caitriona. As personagens em Operação Vingança que vocês duas interpretaram são uma grande mudança em relação aos papéis que vocês já interpretaram anteriormente. O que atraiu cada uma de vocês para esse projeto?

Rachel Brosnahan: Estamos falando muito sobre Rami como produtor e eu acho que isso foi uma grande parte [que me motivou a aceitar esse papel]. Rami está se subestimando como produtor. Quero dizer, ele colocou suas mãos em cada parte desse projeto, e foi realmente inspirador assistir e aprender mais sobre a colaboração entre ele e James.

Mas Rami nos encontrou, assim como a vários outros atores do projeto. E sua paixão
é tão contagiante por esse mundo, por esse personagem, por essa abordagem realmente única de um thriller de espionagem. É diferente de tudo o que já vimos antes. Mas como
esses diferentes relacionamentos que você pode visitar por breves períodos ao longo do filme, ele se sente fundamentado em sua humanidade. E acaba por fazer com que Heller seja um personagem que você queria torcer.

Caitríona Balfe: E acho que a personagem que Rachel interpreta, Sarah, é o coração desse filme. É um relacionamento tão bonito que eles criaram. E ela dá um trampolim incrível para que o personagem de Rami use ao longo do filme.

E para Inquiline, sabe, eu achei que ela era algo que eu nunca havia interpretado antes, o que foi muito interessante. Acho que ela é essa bela dicotomia de alguém que havia se retirado do mundo e meio que vivia nas sombras, mas que também estava fazendo uma coisa incrivelmente heróica, que era expor a corrupção e falar a verdade ao poder.

E isso, além do fato de poder trabalhar com todas essas pessoas e nessas belas locações, foi muito empolgante poder interpretar uma personagem tão fantástica nesse gênero.

Laurence Fishburne as Henderson and Rami Malek as Heller in 20th Century Studios’ THE AMATEUR. Photo by John Wilson. © 2025 20th Century Studios. All Rights Reserved.

Moderadora: E para você Laurence, como foi criar a dinâmica de Henderson, seu personagem, com o personagem de Rami Malek no filme?

Laurence Fishburne: Bem, foi muito natural. [risos] Conheci Rami, já tem, talvez, sete ou oito anos atrás em uma festa, e nós gostamos um do outro instantaneamente. Gostamos muito do trabalho um do outro e nos admiramos como atores há anos, e ficou bem claro que gostaríamos de trabalhar juntos.

Então, quando Operação Vingança apareceu, quando li o roteiro, eu estava tipo: “Hmm, oh, ooh, ah, sim, vamos lá, mais, por favor”. E assim, você sabe, [risos] estava tudo nas páginas do roteiro. E depois, é claro, quando já estávamos em Londres para gravar e já
trabalhando juntos, tudo ficou mais profundo e rico, e nós nos divertimos. Sou muito grato por ter feito parte desse filme maravilhoso que, por favor, faça mais. Obrigado
você.

Rami Malek: Sim. [Risos] Nós nos divertimos.

Moderadora: A próxima pergunta é para Rami. Seu papel em Operação Vingança lembra um pouco o seu papel de destaque em Mr. Robot. Como foi revisitar o mundo da informática e da tecnologia novamente, mas agora em uma escala tão grandiosa e cinematográfica?

Rami Malek: Lembro que houve um momento de despedida do personagem Elliot Alderson que foi muito triste, como eu sei todos nós já tivemos esses momentos, ,as, na época, eu estava um pouco relutante em abrir mão dele. E não vou dizer que Charlie é uma iteração do Elliot , mas há semelhanças, é claro.

Eu gravito em torno desses personagens que estão nessas, você sabe, frágeis interseções de se sentirem quebrados, talvez, brilhantes ao mesmo tempo. Tantos elementos nele eram ricos e complexos, que me lembravam Elliot, mas de uma maneira diferente. Ele tem uma esposa magnética e incrível que permitiu essa linda história de amor.

E o que Rachel faz de forma tão perfeita, fácil, brilhante, apenas em virtude de sua presença na tela e então, como artista, eleva isso a um nível que, sim, às vezes, é de outro mundo. Por isso, achei que essa seria a parceira perfeita. E isso a leva a um ponto em que, sabe, Elliot provavelmente não era capaz de fazer isso, e Charlie é capaz. E ela vê algo nele que é igualmente magnético de uma certa forma, que parecia muito real.

Moderadora: Qual é o nível de conhecimento de todos vocês sobre a tecnologia e vocês, como atores, tiveram que fazer alguma pesquisa aprofundada sobre hackers ou sobre a tecnologia que é usada no filme?

Laurence Fishburne: Eu sou um nada quando se trata de tecnologia. Alguém responde essa aí.

Caitríona Balfe: Eu também sou inútil.

Rachel Brosnahan: Eu também.

Caitríona Balfe: Rami eu acho que é com você essa?

Rami Malek: Eu aprendi algumas coisas. […] Mas eu também descobri que nunca vou ser alguém que sabe programar. Eu aceitei isso na época de Mr. Robot. Eu já o suficiente. E eu comecei a entrar numas pirações na época do seriado que o governo conseguiria monitorar as coisas depois do Ato Patriota. E comecei a ver o documentário da Laura Poitras, o Citizenfour, sobre o Edward Snowden.

Portanto, [cheguei na conclusão] que, o que Charlie Heller é capaz de fazer e o que ele tem a tarefa de conter dentro de si mesmo é, uma superpotência por si só. Porque isso poderia causar uma quantidade substancial de sofrimento por si só, tendo que conter uma quantidade imensurável de conhecimento sobre determinados atos que estão acontecendo no mundo. E isso é suficiente para ocupar minha mente.

A direção fica com James Hawes e o roteiro foi escrito por Ken Nolan e Gary Spinelli e baseado na obra de Robert Littell. 

Operação Vingança chega em 10 de abril nos cinemas nacionais.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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