Com um orçamento parecendo mais reservado, Cobra Kai chegou na Netflix trazendo uma road trip de pai e filho, e muitos problemas para todos com a ascensão de Terry Silver ao poder. As coisas realmente não são fáceis para Daniel e Jhonny, e seus filhos pagam com muita porrada rivalidade do Miyagi-Do e Cobra Kai, mas é chegada a hora de colocar muitas coisas de lado.
ALERTA DE SPOILER!
Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.
Com Kreese preso, as atenções se voltaram completamente para o insano Silver, e mesmo com a busca de Miguel por seu pai, que no fim ele descobriu ser uma pessoa horrível, conforme sua mãe o orientou, essa trama, e a viagem de Johnny e Robby, acabaram tomando muito dos primeiros episódios e não foram lá essas coisas. Ao menos Silver foi crescendo e nos fazendo ficar com raiva dele a cada cena.
Essa construção da vilania de Silver durante a temporada, e usando o seu jeito manso ao lado dos flashbacks de Karatê Kid 3 – O Desafio Final que o mostra essa calmaria, mas com uma intensidade e um fulgor em seus olhos, nos faz temer o personagem, e quando Daniel erra a mão em ir atrás de Mike, Silver mostra que não está de brincadeira e coloca fogo na loja do homem que perde tudo.
Cobra Kai acertou muito em mostrar esse lado do vilão, que está pouco se lixando para as pessoas, só querendo o que lhe convém, no caso um crescimento internacional do dojô e espalhar sua metodologia de dor, ao lado de uma sensei quase pior que ele.
A parte de Amanda tentando se afastar de Daniel e depois compreendendo o que ele passou nas mãos de Silver por conta de sua conversa com Jessica, a antiga namorada dele, foi bem legal, e é bom para a família também estar em uma conexão com a história do pai, e usarem os flashbacks é muito legal. Amanda, Jessica, Anthony e Sam em confusão no bar foi bem legal.
Daniel e Chozen também tiveram ótimos momentos, mostraram uma união muito interessante e uma garra para derrubarem Silver, e até tentaram colocar ele como espião, mas não funcionou. A questão para mim é que por muito na temporada Silver sai por cima de todos os momentos.
Sam tem um desenvolvimento simples, precisa se encontrar novamente, assim como Tory, e ambas não tiveram grandes momentos juntas, até o final, quando colocam as diferenças de lado, e da mesma forma, Miguel e Robby se resolveram um pouco mais rápido, e com uns socos bem dados.
Personagens secundários tiveram um momento bem legal, como o rapaz que acaba sendo espião do Cobra Kai na equipe.
Mas falando de Johnny, foi legal vê-lo lidando com a paternidade, sendo mais carinhoso com todos, e sem perder seu humor ácido. Ele entende que tem de crescer, e todos estão dispostos a ajudá-lo e essa comoção traz humanidade para ele, que sempre ficou com um pé atrás para os outros.
No fim Cobra Kai acha uma saída ótima para tirar Silver do caminho e o desenvolvimento disso infelizmente fica para o fim do episódio e ainda tem um certo trabalho para Kreese, mas um final bom, que deixa tudo em aberto.
Cobra Kai desenvolve bem todos os personagens, mesmo que tenha tido uma barriga em alguns episódios, fazendo uma amarração boa cm a 4ª temporada, mas deixando agora pontos de conexão para algo ainda maior e uma união do Miyagi-do e Presas de Águias trará problemas, e lógico que Kreese retornará…
Cobra Kai | Crítica 4ª Temporada: Temporada investe no drama para mostrar redenção em meio a aprendizado e aceitação
Essa 5ª temporada de Cobra Kai é intensa, mesmo com pontos que necessitam de melhoria por causa das barrigas, mas o efeito nostalgia bem colocado em diversos momentos e se mantendo atualizado com os jovens alunos é um dos grandes acertos. Com a ida para um torneio mundial, espero que façam conexões com o Karatê Kid de 2014.