Na semana passada a Universal Pictures e a rede de cinemas AMC anunciaram um acordo que pegou Hollywood e a indústria de entretenimento de surpresa, a mudança na janela de exibição de filmes nos cinemas que passaria de 90 dias para apenas 17. (Leia mais aqui)
E a informação pareceu movimentar os bastidores de Hollywood feito pipoca estourando. E agora, durante a reunião de investidores Mark Zoradi, o CEO da Cinemark, a terceira rede de cinemas nos EUA, mas uma das maiores do Brasil, afirmou que não há planos para a implementação do acordo na rede (via THR).
Zoradi afirma “nós acreditamos que uma janela de lançamento nos cinemas é muito importante. (…) uma janela de exibição mais agressiva e encurtada pode ter um impacto adverso na vida de um filme”.
O executivo completa que até agora não houve discussões com os principais estúdios para repetir o modelo visto na AMC, a maior rede de cinemas dos EUA. “Eu não diria que houve novas e agressivas discussões das quais estamos participando. Eu o caracterizaria como uma conversa em andamento”.
Ele comenta também “Somos abertos para discussões, mas em relação a [efetivamente] negociar, eu pararia por aí”.
Em resumo o acordo da AMC e Universal diz que a AMC receberá 10% da receita gerada dos filmes que a Universal Pictures coloca para aluguel e compra digital. Em troca, o filme poderá passar no cinema exclusivamente por 3 semanas antes de decidir se coloca ou não nas plataformas on-line.
A Cinemark em reunião para os investidores hoje (4) afirmou ter pedido mais de 170 milhões de dólares nos últimos meses. A receita da empresa caiu de US$957 milhões (2019) para apenas US$9 milhões (2020) no período dos três meses analisados no ano fiscal. (Via THR).
A Cinemark prevê uma reabertura de seus cinemas em 21 de agosto.
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