segunda-feira, 23 dezembro, 2024
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Case Comigo | Crítica: Longa é o casamento perfeito entre Jennifer Lopez e comédias românticas

Jennifer Lopez além de ser uma baita cantora também tem uma boa passagem em Hollywood e aqui retorna para mais um filme: Case Comigo (Marry Me, 2022).

Nos anos 2000, Lopez era uma das Rainhas das comédias e entregou filmes como O Casamento dos Meus Sonhos (2001), Encontro de Amor (2002), Dança Comigo (2004) e muito mais. Claro, Lopez sempre flertou também com os filmes de ação e etc, mas boa parte de sua assinatura em La La Land ficou marcada por conta por esses filmes que passaram a rodo por aqui na Sessão da Tarde. 

Jennifer Lopez em cena de Case Comigo
Foto: Universal Pictures

Lopez retorna para o gênero quase 10 anos depois com a comédia Uma Nova Chance (2018) lançada por um estúdio menor em Hollywood e só alcançou a popularidade no streaming.  E agora, Lopez tem o Case Comigo (o primeiro de três projetos no ano), mais um filme que se viu preso no cofre de um estúdio em Hollywood, aqui a grandiosa Universal Pictures, por conta da pandemia. Informações que Case Comigo estourou os índices de aprovação quando testado com o público alvo, e depois de assistir ao filme fica claro o motivo da aposta da Universal Pictures com ele nos cinemas (mesmo que nos EUA, a decisão foi alterada de última hora).

Case Comigo faz o casamento perfeito entre a atriz e cantora e comédias românticas, entrega uma história divertida, com personagens carismáticos e claro uma trilha sonora cativante e deliciosa de se ouvir. É a combinação de ouro. É como ir em um casamento e comer os docinhos da mesa antes de todo mundo. É Jennifer Lopez no que faz melhor: mega hits e comédias românticas. E aqui, Lopez se une ao ator Owen Wilson (visto em Loki e definitivamente não a primeira, nem a segunda e muito menos a terceira opção que eu pensaria para esse filme, mas enfim) que ajuda Case Comigo a ser melhor do que ele parece ser no papel, ou nos trailers.

Owen Wilson em cena de Case Comigo
Foto: Universal Pictures

A trama se desenvolve na medida que o personagem de Wilson, Charlie, um professor de matemática que acaba por parar em um show da mega cantora pop-star Kate Valdez (Lopez) e do seu futuro marido e noivo, o mega cantor pop-star Bastian (o cantor latino Maluma). Os dois artistas planejam o casamento de milhões (como andam a dizer por aí nas redes sociais) e planejam da cerimônia acontecer no evento e ser vista por milhares de pessoas, milhões se formos contar as lives de instagram, os stories, snaps e tudo mais. O que acontece no melhor estilo de uma comédia romântica? Claro, Bastian é pego no flagra por um tabloide ao trair Kate com sua assistente. A cantora descobre, já está vestida de noiva e pronta para entrar no palco. Passado o choque inicial, Kate toma uma decisão impulsiva, ela resolve se casar com um homem que segura uma placa escrita “Case Comigo” (o título da música que Kate e Bastian lançam!). 

E assim a trama de Case Comigo se desenrola. Uma mistura de conto de fadas com uma dose de piração, mas que poderiam muito bem ter acontecido na vida real, sem dúvidas nenhuma. Kat Coiro (diretora de episódios de Girls5Eva e da inédita She Hulk) consegue capturar todas as inseguranças, medos e angústias que Kate tem ao longo do filme, e claro, os momentos mais divertidos e engraçadinhos na medida que a cantora e esse homem aparentemente normal, e sem graça como é pintado pela filha Lou (Chloe Coleman), tentam fazer esse “casamento às avessas” dar certo (ou não? deixo a dúvida para vocês).

Na medida que a vida de ambos é alterada e eles se veem nos respectivos mundos um dos outros é que o texto do trio John Rogers, Tami Sagher, Harper Dill ganha força. Case Comigo tem seus melhores momentos nas sequências em que essas duas figuras completamente opostas interagem uma com a outra. Seja quando Kate precisa fazer uma ação publicitária paga e que pega Charlie de surpresa por conta de sua total aversão para as redes sociais, ou quando Kate visita Charlie na escola em que ele trabalha e vê o novo parceiro ensinar os alunos do clube de matemática para disputarem uma competição acadêmica. Narrativamente e estruturalmente, Case Comigo faz um filme simples com um monte de frufru típico de comédia romântica, é tipo bolo de noiva, um monte de cacareco em cima e o que realmente importa (que é o bolo) fica ali no meio escondido. Mas quando aparece é uma sensação deliciosa.

 Aliado a isso, os coadjuvantes que o longa apresenta, seja a gerente da equipe de Kate, Melissa (Michelle Buteau, hilária) ou até mesmo a colega de trabalho de Owen, a orientadora Parker (Sarah Silverman contida para um filme com essa classificação e temática como esse), tem seus momentos para se destacarem na trama.

A trama assim se desenrola como esperado para uma comédia romântica na medida que o plot “eles vão ou não vão ficar juntos” acontece onde aqui temos cenas no aeroporto, uma indicação ao Grammy, e (mais um) pedido de casamento inusitado. Assim, Case Comigo funciona em todos os boxes para uma verdadeira comédia romântica que agrada e diverte como um bom filme do gênero.  

Avaliação: 3 de 5.

Case Comigo em cartaz nos cinemas pela Universal Pictures.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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