E estou de volta ao mundo do horror de Ryan Murphy… Depois das temporadas 9 e 10 que não me conquistaram nem nas chamadas, resolvi dar uma chance ao frescor das ideias de American Horror Story: New York City, ou AHS: NYC. Logo de cara temos um elenco que me agrada muito com nomes como Zachary Quinto, Joe Mantello, Denis O’Hare, Leslie Grossman, e muitos outros, e a trama traz referências, história sobre a comunidade LGBTQIA+ e um paralelo interessante sobre o início do HIV/AIDS nos anos 1980, que me deixou bem instigado.
ALERTA DE SPOILER!
Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos da série/filme.
Continue a ler por sua conta e risco.
Mas fica nisso, ao menos por enquanto… O episódio começa com uma morte de um piloto de avião e uma decapitação, e então a investigação por parte de Patrick (Russell Tovey) da polícia da cidade, enquanto Gino (Mantello) quer trazer informações para a comunidade se proteger, afinal, já são 5 mortes e desaparecimentos do que pode ser um serial killer.
Só que a trama do episódio gira em torno disso e do sumiço de Sully, que pode ter sido pego por um tal de Big Daddy. Aí nessa parte temos Theo (Isaac Powell), um fotógrafo talentoso, mas sem visão no momento, que precisa fazer as vontades de Sam (Quinto), e aqui se interessa por Adam (Charlie Carver), que está desesperado atrás do amigo sumido.
Tudo isso é apenas a ponta do iceberg, e vamos conhecendo a noite da comunidade, principalmente dos gays, dos anos 1980, com os códigos dos lenços, os bares escondidos, os encontros a noite nos parques, e tudo com uma névoa de perigo, que sempre rondou, mas aqui Ryan Murphy e seus roteiristas a deixa mais densa, com o assassino em qualquer lugar…
Falo qualquer, pois achei que a sauna e o bar seriam lugares tranquilos, mas logo vemos um modelo sendo perseguido pelo Big Daddy, e também Gino levando um “boa noite Cinderella” no bar, após encontro com Henry (O’Hare).
Gostei da forma como no final colocaram uma suspeita em cima de Patrick, e já sei que quero mais de Barbara (Grossman), sua esposa.
Longe dali, Hannah é uma cientista que descobre um vírus que está matando veados na ilha e ela acha melhor matar todos eles antes que o vírus se espalhe mais, e possa chegar nos humanos. O paralelo das ideias, de como resolvem executar as coisas, tudo isso é muito intenso, se traçarmos o paralelo do início da descoberta do HIV/AIDS nos anos 1980, ondenão tínhamos conhecimento e o vírus ficou estigmatizado como o vírus gay.
American Horror Story: NYC pode não ter tido o melhor começo, pois tudo foi bem “tons de pastel”, nada muito grandioso para a série, nem mesmo sangue ou uma perseguição para acelerar o coração, mas já me deixou mais animado que as temporadas anteriores. Agora é ver a condução disso tudo.