Com 11 episódios para a temporada, se aproximando da metade de sua exibição, eis que American Horror Story: Cult resolve iniciar a explicação para todo o culto e seus palhaços que tanto aterrorizam a cidade. Deste episódio só temos como reforçar como Peter Evans está genialmente insano, mesmo que o roteiro e sua trama seja sem sal… A construção lenta e a mostra de como são as pessoas que permeiam Aly e o início de todos os envolvidos estão ali e nos deixam com questionamentos, mesmo que não nos empolguem tanto.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Sugerindo que a eleição de Donald Trump seja a maior mudança dos Estados Unidos desde o tenebroso 11 de setembro, o episódio voltou no tempo e nos mostrou a votação e como cada um ali se posicionou perante a situação e como cada “esbarrão” entre os personagens o moldou até chegarmos ao momento atual da série, com os palhaços, Ally, a morte de Pedro e a onda de terror que se espalha pela cidade.
Todas as conexões e momentos são explorados, como Ivy se conectando com Winter e a mesma indo atrás do homem que a expôs e o prendendo, para então vermos Kai forçá-lo a cortar a própria mão e a ir votar em Trump. Essa conexão de Ivy e Winter é incomoda, principalmente ao vermos ela e o irmão, e tudo o que ele começa a montar, nos fazendo imaginar até que Ivy está para entrar para o grupo dos palhaços e tudo o que faz com Aly é como se fosse uma espécie de teste que culminará em sua morte.
O encontro de Kai com Harrison foi perturbador, mas mostra o poder de persuasão do rapaz e a maneira insana que ele vive e consegue convencer o próximo a lhe seguir. Harrison e seus problemas financeiros e o ódio pelo patrão é crucial para sua mudança e até Meadow acaba caindo de cabeça depois de tantos problemas. Meadow aceitando de boa a morte do chefe o marido foi bizarro.
Assim já temos ao menos 3 envolvidos com Kai, mas logo ele chega a Beverly (Adina Porter), a repórter subjugada, que perde matérias mais importantes para Serena (Emma Roberts) e seu ódio acaba explodindo nas redes sociais ao perder o controle. Kai então consegue trazê-la para o seu lado após matar Serena ao lado de seus palhaços (Harrison e Meadow) para convencê-la a se juntar ao culto.
Vendo todo esse desenvolvimento já temos ideia de quem está por trás das máscaras, a motivação inicial de trazer o horror para conseguir purificar a cidade e depois o país. Peter Evans está de dar medo e tivemos apenas uma pequena participação de Roberts, mas ela deve retornar…
American Horror Story: Cult é incômoda, mostra o horror de dentro do ser humano e nesse quesito Ryan Murphy está acertando, mas o ritmo mais lento e a apresentação de alguns personagens soa apenas empurrado e sem sal. Finalmente neste episódio podemos sentir o que a temporada ainda promete.