sexta-feira, 22 novembro, 2024
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A Roda Do Tempo – 2ª Temporada | Crítica: Atração expande rica mitologia apresentada no ano anterior


A épica série de fantasia A Roda do Tempo definitivamente tem seu público cativo e mesmo que não tenha estreado com o mesmo estouro, pelo menos nas redes sociais, que foi a prima O Senhor Dos Anéis: Os Anéis do Poder, foi renovada para um segundo ano (e um terceiro ano) que chegou agora começo de Setembro no Prime Video.

Liderados pela fenomenal Rosamund Pike, a atração retorna e dá a chance para todos os atores, e consequentemente para os personagens mais secundários, ganharem força na complexa, interligada, e mitológica trama que A Roda do Tempo tem apresentado e aqui no segundo ano apenas amplia a forma como esse mundo se apresenta.

Rosamund Pike em cena do segundo ano de A Roda do Tempo
Foto: Credit: Jan Thijs/Prime Video

Principalmente depois dos eventos do primeiro ano em que vimos o personagem do agricultor Rand (Josha Stradowsk) ter descoberto ser a figura do Dragão Renascido e o grupo liderado pela Aes Sedai Moiraine Damodred (Pike) ter achado que tinha acabado com a figura do Dark One (chamado de Tenebroso por aqui) e a batalha e os ganchos que tivemos. Assim, a atração então expande a rica mitologia apresentada e a trama precisa lidar com o fato que os personagens principais do grupo dos jovens estão espalhados e divididos, e a própria Moiraine está sem seus poderes. 

Assim, o novo ano de A Roda Do Tempo tem a chance de fazer com que Pike mostre mais uma vez seu talento, e consegue entregar uma nova camada, um novo lado para a personagem. Nos novos episódios, a atriz tem a chance de fazer a personagem ficar extremamente vulnerável e muito mais humana.

E isso, claro, dá novas camadas também para a relação da personagem com seu Guardião, na medida que a conexão com Lan (Daniel Henney) também sofre um golpe e os dois começam a se estranhar depois de tantos anos juntos.

A cena de quando vemos os dois contando como se conheceram, por exemplo, é um bom momento entre Pike e Henney (ambos ótimos) e que mostra como esses personagens realmente se conhecem, entendem um ao outro, e como eles precisam agora lidar com o fato que estão, e podem, estar separados.

Josha Stradowski em cena do segundo de A Roda do Tempo.
Foto: Credit: Jan Thijs/Prime Video

E com os moradores do Dois Rios também separados, o novo ano de A Roda Do Tempo precisa navegar entre essas sub-tramas, na medida que vemos esses personagens por descobrirem mais sobre as ameaças que vem a galopar por aí, e também mostrar mais do dia-a-dia deles em diferentes partes do Reino.

Enquanto as melhores amigas Egwene (Madeleine Madden) e Nynaeve (Zoë Robins) precisam se acostumar com a vida Torre Branca, cheia de regras, e tudo mais, elas também precisam se dedicar a estudar para descobrirem como canalizar seus poderes. Vemos também o destino que levou Matt Cauthon (Dónal Finn em substituição no novo ano) que está preso em uma cela dentro da Torre e vive por receber visitas de Liandrin Guirale (Kate Fleetwood). Aliás, a linha dura Liandrin continua como uma das melhores personagens da série, e na segunda temporada, continua se movimentando bem misteriosamente e quase sempre por agir em prol dos seus desejos.

Do outro lado, longe de Torre, o jovem Rand precisa lidar com a decisão de deixar os colegas, se envolver na politicagem enquanto também continua a ir em busca de compreender seus poderes. O que vai dar bastante desenvolvimento para a trama e o personagem. E o mesmo vale para Parrin (Marcus Rutherford) que segue em fuga dos lobos e de seus poderes, mas que promete movimentar a trama com alianças inesperadas.

Com a série por entregar uma história extremamente quebrada, e que pula de núcleo em núcleo, A Roda do Tempo se apoia nas atuações desse elenco secundário, afinal, a personagem de Pike, mesmo que boa e a a protagonista, é apenas uma das peças que fazem a roda do tempo girar, e olha que aqui no segundo ano a roda gira hein?

Finn faz valer a substituição e está ótimo, já Madden continua a fazer da irritante Egwene uma boa atuação. O mesmo vale para Fleetwood que continua excelente aqui. Juntamente com Álvaro Morte que retorna de uma forma extremamente surpreendente para o segundo novo que é marcado por novos personagens que são introduzidos, e novas locações são apresentadas.

Madeleine Madden, Zoë Robins e Ceara Coveney em cena da segunda temporada de A Roda do Tempo.
Foto: Credit: Jan Thijs/Prime Video

A trama se torna cada vez mais intensa e sombria para diversos deles, mesmo que  ainda a ameaça praticamente ainda invisível acerca dos personagens. Claro, isso quando os minotauros não atacam os personagens, e as vilas. 

Quando eles vivem por se prepararem para a Última Batalha, a série continua a deslumbrar com as locações, os figurinos, e todo o grau de grandiosidade que essa história, essa trama, e esses personagens querem transmitir, mesmo que ainda parece uma produção extremamente nichada, e sem muito apelo para o grande público. 

No final, A Roda do Tempo parece querer agradar realmente os fãs dos livros, e não se preocupa em suavizar, ou fazer querer o espectador casual embarque nessa jornada, já com o trem andando. A série parece realmente ser um grande clubinho que adapta uma boa história para um tipo de público extremamente específico. E isso não é ruim, apenas uma decisão meio ousada nos dias de hoje, mesmo que extremamente consciente do que quer fazer. 

O Prime Video exibe o segundo ano de A Roda do Tempo toda sexta-feira com novo episódio.

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Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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