sábado, 21 dezembro, 2024
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A Babá: Rainha da Morte | Crítica: Sequência entrega uma história grotescamente divertida e ainda mais maluca

A Babá (The Babysitter) foi um dos primeiros grandes fenômenos na Netflix e que deu muito certo. Lançado em 2017, o longa colocava uma babá – e nos apresentava para a talentosa Samara Weaving – que fazia parte de um culto satânico e que precisava usar o garoto que ela tomava conta como sacrifício. E como falamos no nosso texto da época, A Babá foi “um filme que não se levou a sério, assim você também não deveria” (Leia mais aqui).

E sua sequência segue o mesmo esquema.

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A Babá: A Rainha da Morte | Crítica
Foto: TYLER GOLDEN/NETFLIX © 2020

Em A Babá: A Rainha da Morte (The Babysitter: Killer Queen, 2020), a trama se passa dois anos depois dos acontecimentos vistos no primeiro filme, onde o jovem Cole (Judah Lewis) não é mais um garotinho e agora enfrenta um outro tipo de pesadelo: enfrentar o ensino médio.

Cole precisa lidar ainda com as consequências daquela noite, onde nem seus pais (Ken Marino e Leslie Bibb), e nem ninguém parece acreditar nele. Culto satânico e pessoas correndo por aí sem camisa? O garoto inventou tudo, claro. Só, talvez, sua amiga Melanie (Emily Alyn Lind) acredite nele, e acha que o garoto precisa de uma folga, e o chama para passar o final de semana junto com seu namorado Jimmy (Maximilian Acevedo), e seus amigos, onde o grupo se prepara para dar uma festa em um barco.

E por mais que pareça, e achamos de primeira, que A Babá: A Rainha da Morte não comece sua trama de uma forma interessante, a sequência retorna com uma história ainda mais maluca do que vimos no primeiro filme. Se o longa de 2017 tinha um tom de Esqueceram de Mim (1990) só que com pitadas de terror, A Babá: A Rainha da Morte aumenta a escala e pisa no acelerador nas cenas grotescas, quando os velhos “amigos” de Cole retornam de uma forma inesperada e querem, claro, completar o ritual que não foi feito no primeiro filme. E Cole não está sozinho nessa nova jornada, a entrada de uma nova e misteriosa personagem interpretada pela atriz Jenna Ortega é muito bem feita e realmente dá o tom do novo filme que cria tramas mais adultas e ameaças muito mais sérias para o jovem protagonista. 

Escrito por quatro pessoas, Dan Lagana, McG, Brad Morris, e Jimmy Warden, A Babá: A Rainha da Morte acaba por ser uma grande salada de ideias que continua a prestar uma homenagem para os filmes slasher e que aqui se preocupa um pouco mais em contar uma história por trás das matanças desenfreadas do grupo de demônios que retornam para conseguir o sangue do jovem Cole. E claro que os atores Robbie Amell, Hana Mae Lee, Bella Thorne, e Andrew Bachelor estão de volta e dão a graça novamente para o filme com seus personagens completamente estereotipados, mas ao mesmo tempo super divertidíssimos.

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A Babá: A Rainha da Morte | Crítica
Foto: TYLER GOLDEN/NETFLIX © 2020

Amell novamente abusa de caras e bocas, e continua a andar o filme todo sem camisa, já Thorne faz aquilo que sempre sabe fazer, Mae Lee aparece pouco, mas seu olhar psicótico continua sua marca registrada, e tem, pelo menos uma cena em que usa um grande maçarico para queimar algumas coisas que é completamente hilária. E Bachelor, ganha um pouco mais de destaque, e ainda tem falas incríveis, e que realmente fazem piada com o fato que agora estamos numa era pós-Jordan Peele no cinema e que ele não precisa ser o primeiro a morrer. 

Acho que A Babá: A Rainha da Morte vem como um filme mais maduro, sem perder sua linha de filme de terror B, afinal, tanto os personagens, quanto a audiência cresceu. Temos cenas envolvendo lanchas no meio de um acampamento no meio do deserto, cabanas secretas nas montanhas, códigos envolvendo músicas, e claro, cabeças rolando por aí. Assim, A Babá: A Rainha da Morte continua com um texto non-sense e afiado, e aqui se preocupa em contar o motivo na qual esse grupo de pessoas se reuniu com Bee (Samara Weaving) para conseguirem aquilo que mais queriam quando vivos, inclusive dela própria. Sobre o retorno da Babá mais querida da Netflix, te garantimos que tem mais coisa do que o material de divulgação e os trailers mostraram, e que realmente fez toda a diferença quando assistirmos o filme.

No final, A Babá: A Rainha da Morte continua com aquele ritmo amalucado, cheio de sangue falso jorrando em tela, referências para a cultura pop, e personagens carismáticos. E o novo filme, parece que se preocupa em contar um boa história bem mais do que apenas sair matando o elenco de apoio. 

Ps: O filme tem 1 cena pós-crédito.

Avaliação: 3 de 5.

A Babá: Rainha da Morte disponível na Netflix.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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