sexta-feira, 22 novembro, 2024
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VEEP | Crítica da 6ª Temporada

Lá no nosso texto de primeiras impressões do novo ano perguntamos  “O que esperar da 6ª temporada de VEEP?” e nele mesmo chegamos a responder isso logo de cara. Para a comédia política da HBO sempre é esperado atuações fantásticas de Julia Louis-Drayfus, situações bizarras e claro muita falta de noção. Assim, no final desse novo ano e ao analisar essa 6ª temporada como um todo vemos que a série teve tudo isso mesmo sendo a temporada mais diferente de todas, afinal Selina não estava mais nem na Vice-Presidência, muito menos era Presidente dos EUA e consequentemente a dinâmica da série mudou um pouco. Mas será que mudou para melhor?

ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre alguns dos principais acontecimentos da temporada. Continue a ler por sua conta e risco.

Foto: HBO

Como falamos no outro texto, a temporada começou com um salto de um ano depois dos acontecimentos da 5ª temporada e isso não poderia ter ajudado mais a série. Lá no 6×01 – Omaha nos perguntamos “O que aconteceu com ela e sua equipe durante esse primeiro ano que ficou fora da Casa Branca?” a resposta veio parcialmente nesse episódio de retorno e novas informações nos foram dada ao longo da temporada, seja em flashbacks, ou vazamentos para a imprensa pelas mãos do jornalista Leon West (alguém falou detalhes em certo SPA?). Assim, conseguimos ver tudo que Selina e sua equipe puderam fazer nesse tempo e no começo do novo ano ela tenta se manter dignamente com palestras, entrevistas e eventos e claro dependendo da ajuda da filha Catherine e também vemos os personagens que trabalhavam no seu antigo gabinete em seus novos trabalhos sendo junto com a ex-Presidente ou fora dele.

O grande norte da temporada acaba sendo apresentado no episódio 6×02 – Library onde ela tenta criar fundos para a construção da sua Biblioteca, uma tradição que todos os ex-Presidentes do país tem. Mas conhecemos Selina desde da primeira temporada, ela tem zero credibilidade e zero capital politico ainda mais depois de ter ficado nem 1 ano como Presidente.

Junto com a criação da Biblioteca ela quer também nesse meio tempo lançar sua auto-biografia mesmo que não se lembre dos detalhes de muita coisa ou se empenhe totalmente em fazer isso. O bom da temporada é que como a personagem não estava em Washington DC podemos ver a produção fazer os personagens viajarem por vários locais e claro fazer Selina junto com sua equipe passar por situações absurdas, engraçadas e que são quase inacreditáveis. “Você parece a Princesa Diana cercada no meio dessas minas!” afirma seu assistente. Pode ir na frente então, Gary!” diz a ex-Presidente a medida que visitam um novo local.

Com isso conseguimos também rever antigos personagens e conhecer novos personagens que ao fazerem dupla com Julia-Louis Drayfus só melhoram o nível desse novo ano. Foi o caso de Minna Häkkinen que no episódio 6×03 – Georgia ajuda (e atrapalha) a ex-Presidente a monitorar as eleições no país. E tivemos a volta do ardiloso Tom James lá no episódio 6×07 -Blurb onde vemos que a grande tensão sexual entre os dois ainda continua forte. Tony Hale como Gary também tem seu destaque, atingindo o ápice quando Selina vai para a festa de aniversário do assistente no episódio 6×09 – Judge e transforma o evento em um palanque eleitoral para tentar conseguir uma doação para sua biblioteca de um empresário sulista.

Foto: HBO

Mas não se engane, mesmo com excelentes episódios (6×07 – Justice, 6×07 – Blurb e 6×09 – A Woman First) e a temporada elevando o patamar de comédia em muitos pontos, ela acabou sendo bem irregular talvez pelo fato que metade dos personagens secundários não pareciam ter a trama casada com a trama principal. Foi o caso de Dan Eagan e sua trajetória no matutino CBS This Morning, a dupla Catherine e Marjorie com a adoção e depois a inseminação do bebê (sendo Richard o pai) e claro todo o destaque para o projeto do horário de verão do Deputado Jonah Ryan. Até mesmo Selina com sua volta para o ex-marido e depois com o caso com o Embaixador do Quatar ficaram meio isoladas das tramas principais, fazendo que o expectador conhecesse mais dos personagens mesmo não sendo aquilo que eles queriam.

A sensação dessa temporada é que ela foi um grande filler para a série, um grande spin-off ou um teste para os roteiristas. Claro que o sexto ano teve ótimas sacadas, como o todo o plot envolvendo a perda da agenda por Amy e Mike que começou no 6×08 – Judge e toda a situação envolvendo a participação dela no talk show para finalmente o lançamento do livro (6×09 – A Woman First) mas foram momentos mais únicos do que uma grande sequência que costumava ser as outras temporadas.

Assim, VEEP no seu último episódio 6×10 – Groundbreaking mostra que a série deve voltar para um lado mais conhecido para sua próxima temporada coma rotina de Selina Mayer concorrendo mais uma vez para o cargo de Presidente por mais absurda e incompetente que ela seria se tentasse na vida real. Essa temporada trouxe novamente Julia Louis-Drayfus em uma das melhores atuações na TV e consegue criar situações absurdas de pura comédia onde vemos aquele humor caprichado, ácido e fenomenal que só VEEP consegue entregar.

VEEP retorna pela HBO em 2018 e todos seus episódios estão disponíveis na HBO GO BR.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

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