domingo, 24 novembro, 2024
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Uncharted – Fora do Mapa | Crítica: Sony aposta novamente em Tom Holland com adaptação do famoso jogo. Será o bastante?

O ano na Sony Pictures terminou com Tom Holland liderando o monstruoso mega evento que foi Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e agora começa com o ator novamente à frente de um novo projeto, em um novo longa de uma propriedade intelectual para o estúdio, agora em Uncharted – Fora do Mapa (Uncharted, 2022). Um bom sinal para o ator e para o estúdio, certo? Hum.

Uncharted – Fora do Mapa adapta o jogo de mesmo nome conhecido na comunidade gamer. Um verdadeiro sucesso, Por lá, o que temos é o personagem Nathan Drake em busca para encontrar diversas coisas, com diversos obstáculos e tudo mais. Tudo normal por aqui. Mas quando falamos de um filme, um longa metragem as coisas mudam um pouco. Afinal, para um jogo como Uncharted que está disponível a Playstation, o caminho natural das duas empresas, a  de jogos e a de cinema, seria de tentar construir, em um trabalho de sinergia, um universo cinematográfico com esses personagens. É o novo “must do” em Hollywood para os grandes conglomerados de entretenimento.  É a combinação ideal, a combinação de milhões.

 E para isso, a Sony Pictures e a Playstation (ambas dentro da marca Sony) levantaram as mangas das suas camisetas beges e calças marrom e acharam dentro de casa mesmo um ator para ser a figura de Nathan Drake na telona. E o carisma de Tom Holland, a galinha de ovos de outro do estúdio, é o fator principal e que guia Uncharted – Fora do Mapa para ser uma mistura divertida do novo Tomb Raider (aquele com a Alicia Vikander lembram?) com Jungle Cruise (2021) e a franquia Piratas do Caribe só que moderna e sem um pirata beberrão. O que temos aqui é o diretor Ruben Fleischer (figurinha já de casa na Sony tendo feito Venom, Zumbilândia 2) no piloto automático e que não entrega nada de mais, ou fora do mapa, assim por dizer. Em Uncharted – Fora do Mapa o que temos é um longa bacaninha, com uma dose de bons efeitos, um roteiro que sabe muito bem onde pisar em termos de história, e o que os fãs do jogo esperariam para um filme baseado nele, e principalmente entrega uma trama ágil e que literalmente serve como estarmos dentro de um jogo mesmo.

Para os fãs de aventuras, lá Indiana Jones e até mesmo O Símbolo Perdido, Uncharted – Fora do Mapa deve agradar. Foi muito interessante acompanhar o personagem de Holland, ao lado de outro caçador de tesouros, aqui Mark Wahlberg como Victor Sullivan e a carismática Sophia Ali (que você pode ter visto na série The Wilds) como Chloe Frazer seguirem as pistas deixadas pelo o irmão de Nathan, Sam por aí.

Assim na medida que esse grupo de pessoas querem tentar encontrar um dos maiores tesouros nunca encontrados da história, eles embarcam em uma aventura global por diversos países a procura dele, e claro, sem confiar uns nos outros, e principalmente na equipe rival comandada pela implacável Braddock (Tati Gabrielle ótima aqui e vista também na série O Mundo Sombrio de Sabrina) e seu chefe, o ardiloso Santiago Moncada (Antonio Banderas aqui se divertindo muito) que diz ser o dono legitimo da fortuna que ficou perdida desde da época das Grandes Navegações.

O roteiro do trio Rafe Judkins (que você pode conhecer na série A Roda do Tempo), Matt Holloway e Art Marcum (que trabalharam com a Sony Pictures com o novo MIB, o MIB – Internacional) consegue desviar nossa atenção de alguns problemas completamente estruturais que Uncharted – Fora do Mapa tem e que justamente aqueles que fazem o longa ser um típico filme de ação moderno: um roteiro debochadinho, nomes conhecidos, e aqui marcado pela fórmula de ouro da Sony: unir o jeitão jovem e atrapalhado de Holland com um ator um pouco mais sério. Deu certo com Holland e Robert Downey Jr, Holland e Benedict Cumberbatch e agora Holland e Wahlberg. As interações entre os dois, um clima de bromance, e uma coisa aprendiz/mestre é muito utilizado aqui pelo roteiristas e funciona por conta dos dois atores.

 Somado a isso, Uncharted – Fora do Mapa, como falamos, nos faz parecer estar dentro de um vídeo-game na medida a cada pista temos algum tipo de easter-egg para os fãs, e a cada etapa da busca desse grupo pelo tesouro, nos leva para um determinado lugar no mapa, onde uma nova porta (ou seria  chave?) para novos caminhos levam esses personagens para a pista seguinte.

E como não poderia faltar, em Uncharted – Fora do Mapa temos ainda reviravoltas (o roteiro coloca umas três uma atrás da outra e que você percebe todas de longe inclusive uma antes do créditos finais), um clima aventureiro gigante e paisagens belíssimas seja na Europa ou em um resort no meio do ano (e fiquem de olho em uma participação especial), e claro, problemas e mais problemas para serem resolvidos e que demandam inteligência, força física e claro saber virar uma chave dourada gigante no sentido horário ou no anti-horário.

Para um filme do gênero, Uncharted – Fora do Mapa cumpre bem o seu papel em divertir sem dúvidas e deixa um gostinho de quero mais com seu final, onde definitivamente seria interessante voltar a navegar por esse mapa em uma outra oportunidade. Quem sabe o filme ir bem na bilheteira não são as coordenadas para fazer algum executivo  dar um sinal verde para uma franquia?

Avaliação: 3 de 5.

Uncharted – Fora do Mapa chega nos cinemas em 17 de fevereiro pela Sony Pictures.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
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