Em Wonka, o ator Keegan-Michael Key interpreta um chefe de polícia que além de ser um pouco corrupto também tem um vício que se desenvolve com a trama na medida que o jovem Willy Wonka (Timothée Chalamet) começa a fazer barulho na galeria Gourmet: ele é viciado em chocolate.
E isso dá a oportunidade para o comediante americano de colocar seu timing cômico para jogo no longa. Conhecido do público não só pela comédia, Key ganhou destaque com o programa Key & Peele lançado em 2012 ao lado do mestre do terror Jordan Peele, e depois virou figurinha carimbada em diversas outros projetos de comédia com a série Amigos de Faculdade e o longa Brincando com Fogo.
Mais recentemente Key esteve na comédia musical Schmigadoon! e também participou do elenco de vozes do mega Blockbuster Super Mario Bros – O Filme.
Assim, em bate-papo com o site, Key comenta sobre os motivos que o levaram a aceitar o papel em Wonka, trabalhar com Timothée Chalamet e como o filme é diferente dos seus últimos projetos.
O diretor Paul King e o roteirista Simon Farnaby falam sobre Wonka e mais curiosidades em bate-papo
Wonka | Crítica: Timothée Chalamet canta, dança e nos leva para mundo de pura imaginação
Como falamos no longa, o Chefe de Polícia serve como se fosse o lacaio dos líderes das principais lojas de chocolate da Galeria Gourmet. E sobre esse detalhe curioso do personagem, Key comenta: “O que meu personagem mais deseja é chocolate. Ele tem um vício por chocolate que não quer admitir no começo do filme. E na medida que a trama se passa, você percebe que seu vício vai por o dominar e que ele fará de tudo para conseguir mais chocolate.”
E isso não só um arco narrativo interessante para o personagem como também é visível ao longo do filme na medida que o personagem de Key começar a mudar de silhueta e a engordar.
E a mudança física do Chefe de Polícia afeta não só aparência dele, mas também o figurino.
E por isso Key trabalhou de perto com a figurinista Lindy Hemming para deixar as coisas as mais naturais possíveis ao longo das gravações.
“Trabalhar com Lind foi um prazer absoluto, muito colaborativa e muito incrível.” diz ele.
“Lindy sempre se preocupou muito com meu conforto e como eu me sentiria quando estivesse nos trajes maiores… Como eu me sentiria com o enchimento dos braços e das pernas, vestindo a roupa, o que levava cerca de 20 minutos.” comenta o ator sobre a dificuldade de vestir a roupa durante as gravações.
Ele completa: “Nós tínhamos uma ótima equipe de produção ao meu redor. Teve um dia que eu falei “Preciso ir ao banheiro, pessoal”. E era como uma equipe de box em uma corrida de Fórmula 1. Eles simplesmente me atacavam e removiam o traje. Foi tudo muito rápido, considerando todas as partes móveis que precisavam ser montadas, colocadas e retiradas.” diz ele sempre de forma bem humorada.
Sobre ter trabalhado com outros projetos musicas como série musical Schmigadoon! e o longa Uma Invenção de Natal e até mesmo com Key & Peele, Key comenta um pouco sobre o quão diferente foi trabalhar em Wonka, nesse mundo criado por Paul King e com todo o musical que o longa oferece.
O ator comenta: “É tudo sobre colaboração. Se você não está cantando, o importante é incorporar todas as partes da produção que puder enquanto canta. Então, para mim, foi toda a questão do personagem ganhar peso e aumentar o figurino ao mesmo tempo enquanto estávamos em um musical. Eu tinha tudo isso acontecendo comigo de uma vez. Então foi um grande, e maravilhoso desafio. Eu só queria ter a certeza que eu estava contribuindo para o mundo que Paul criava. E cantar, em cima disso, foi uma camada mais maravilhosa em cima disso tudo.
“Então, para mim, foi todo o mundo do ganho de peso e da massa dos figurinos, e a capacidade de me mover pelo espaço enquanto estava em um musical. Eu tinha tudo isso acontecendo ao mesmo tempo. Foi um desafio realmente maravilhoso. Eu só queria ter certeza de que estava contribuindo para o mundo que Paul estava construindo. E o canto era apenas mais uma camada maravilhosa disso.” diz ele.
E as principais cenas de Key em Wonka são com Timothée Chalamet, mas também com os atores que fazem o Cartel dos Chocolates, formado pelo trio Paterson Joseph, Mathew Baynton e Matt Lucas.
Sobre a dinâmica no set, Key comenta: “Chalamet é um parceiro muito generoso. Há algo maravilhoso na maneira como ele compartilha a tela com você. Mas ele também gera uma certa empolgação em você, porque há uma empolgação em Timmy que surge naturalmente e que não pode ser descrita (…) E foi uma alegria absoluta.”
Já sobre trabalhar com o time dos vilões do filme, o ator comenta: “Oh, bem, eles eram divinos. Eram absolutamente divinos. Passei a maior parte do meu tempo com eles. E, mais uma vez, havia uma certa generosidade nessas pessoas. E, muitas vezes, elas eram um bom público para mim. Então, eu queria me apresentar para eles tanto quanto para Paul.
O bate-papo finaliza com uma resposta curiosa do ator.
E agora, depois do filme, você já considerou ser pago com chocolates? E se não, qual queria o método de pagamento que você acha que seria ideal?
O ator embarca na brincadeira e diz: “Eu nunca pensei em ser pago com chocolates antes, mas eu vou honesto com você, se for a quantidade certa de chocolate eu acho que posso considerar. Chocolate é muito bom. Eu gosto. Mas a forma como você poderia me pagar era garantir que meu time de futebol americano ganhasse sempre, isso seria meu pagamento.”
Confira o trailer:
Wonka chega em 07 de dezembro nos cinemas nacionais.