sexta-feira, 22 novembro, 2024
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The Umbrella Academy | Crítica da 2ª Temporada: Série retorna muito mais excêntrica e divertida

Os Hargreeves estão de volta, e precisam enfrentar o apocalipse… de novo! E o fim do mundo nunca pareceu tão visualmente incrível como na segunda temporada de The Umbrella Academy que chega à Netflix com novos 10 episódios esta sexta-feira.

Se na primeira temporada, conhecemos os Hargreeves e a família disfuncional que eles formavam, esse segundo ano expande tudo que aquilo que vimos e explora muito mais cada um deles como personagens isolados e com tramas próprias. Sem spoilers, mas no segundo ano, The Umbrella Academy separa o grupo em pleno anos 60, e os irmãos com super-poderes tem novas coisas para se preocuparem, mas também precisam salvar o mundo novamente, e em menos de 15 dias. Sem pressão, de novo!

Ellen Page, Christos Kalohoridis, and Tom Hopper in The Umbrella Academy (2019)
The Umbrella Academy | 2ª temporada – Crítica
Foto: CHRISTOS KALOHORIDIS/Netflix

The Umbrella Academy retorna com seu charme próprio e quase único, tanto esteticamente quanto com seus personagens, segue a cartilha vista na primeira temporada e nos entrega novos episódios bastante intensos de se acompanhar. Mesmo que a série repita a fórmula vista no primeiro ano, The Umbrella Academy parece ficar mais madura para contar mais esse capítulo na saga dos Hargreeves.

Afinal, o pouco tempo que Número 5 (Aidan Gallagher, novamente incrível e o melhor do grupo) tem para reunir novamente todos os irmãos – que foram parar em diferentes momentos na linha do tempo depois que sobreviveram ao apocalipse, e a viagem no tempo no final da 1a temporada – é peça fundamental para a agilidade que a trama do novo ano apresenta.

Como falamos, é basicamente o mesmo arco narrativo visto no primeiro ano, mas com a diferença que aqui Os Hargreeves estão em uma outra etapa de duas vidas, sozinhos numa época complicada e diferente dos tempos modernos, mesmo que ao longo dos episódios veremos que muita coisa não mudou. Ameaçados quase todo tempo, o forte instinto de sobrevivência dos personagens aflora e a nova temporada faz com que os protagonistas basicamente usem seus poderes quase o tempo todo. Se no primeiro ano de The Umbrella Academy a graça era ver eles não utilizarem seus dons, no segundo a chave vira, e Os Hargreeves precisam deles mais do que nunca.

E isso tudo, deixa o trabalho visual e de efeitos especiais muito mais interessante de se assistir. Assim, The Umbrella Academy abre seu guarda-chuva e explora ainda mais os poderes de todos eles no segundo ano. O orçamento da série parece ter aumentado. Já a trama, ainda continua com aquele tom de mistério, paranoia, e se apoia em pequenas reviravoltas em quase todo episódio.

Há sempre alguma coisa por trás do que é mostrado no segundo ano, onde parece que o time de roteiristas sempre tem uma carta guardada na manga do terno escolar do Número 5 que precisa colocar sua cabeça para trabalhar e usar sua inteligência para resgatar e juntar os irmãos, os salvar do apocalipse, e ainda desviar de todos os outros inimigos que estão em sua cola, principalmente alguns do passado.

Ellen Page, Christos Kalohoridis, Justin H. Min, and Aidan Gallagher in The Umbrella Academy (2019)
The Umbrella Academy | 2ª temporada – Crítica
Foto: CHRISTOS KALOHORIDIS/Netflix

Como falamos, os personagens são separados em diversos momentos da linha do tempo, mesmo que todos eles acabem por pararem na cidade de Dallas no Estado do Texas, bem na época da visita do presidente Kennedy, e sua morte lá nos anos 60. Um dos eventos mais misteriosos da história do país por conta de toda conspiração envolvida é um prato cheio para ser a trama de fundo da segunda temporada The Umbrella Academy.

Afinal, parece que todos os irmãos Hargreeves estão envolvidos com o evento de alguma forma, mesmo que nem todos eles parecem estar ligados diretamente conectados, e vivem tramas próprias e paralelas com o arco principal, algumas delas mais divertidas, outras mais sérias.

Klaus (Robert Sheehan, hilário) é líder de um culto, vive fugindo de seus seguidores e da presença do seu irmão fantasma Ben (Justin H. Min), Diego (David Castañeda, bem, mas com uma peruca horrível e que abusa de cenas sem camisa) que vai a fundo em suas emoções, onde os novos episódios ajudam o personagem a trabalhar seus conflitos pessoais juntamente com uma nova amiga e misteriosa chamada Lila (Ritu Arya, a melhor adição para o novo ano).

Já a dupla de pombinhos platônicos nem tem tempo de discutirem a relação, afinal Luther (Tom Hopper que descobre um dom para comédia ah lá Chris Hemsworth) é um lutador de brigas clandestinas e trabalha para mafiosos, e Alison (Emmy Raver-Lampman bem e também com uma peruca horrível) está casada com um ativista do movimento negro (Yusuf Gatewood), o que dá o tom perfeito para a personagem sobre utilizar seus poderes para combater o racismo na região e mostrar que algumas coisas não mudaram de lá para cá. E claro, a causadora do apocalipse lá no primeiro ano, Vanya (Ellen Page, muito mais confortável agora que a personagem perdeu suas memórias) que tem uma trama que envolve sua nova amiga Sissy (Marin Ireland), seu marido abusivo e um filho especial. 

O novo ano de The Umbrella Academy mostra ao longo dos seus primeiros episódios como os irmãos vivem nessa nova realidade. O intenso primeiro episódio 2×01 – De volta ao início dá o tom do novo ano (assista a cena de abertura aqui) e para os próximos episódios que mostram o grupo na busca de impedir o novo apocalipse e como resolver os problemas que suas novas vidas trouxeram para a linha do tempo. No final, os destaques da temporada ficam com 2×04 – Os Doze Majestosos, 2×07- Oga Foroga, e o combo dos episódios finais, onde a trama realmente engrena, formado por 2×09 – 743 e 2×10 – Procurados.

Com o mesmo tom amalucado de antes, uma trilha sonora escolhida a dedo, e por novamente entregar uma trama que atiça a curiosidade do espectador, The Umbrella Academy retorna mais ciente do tipo de produção que quer ser: uma produção para os fãs de histórias em quadrinhos que não se dobra para tentar ser popular e agradar todo mundo. Ponto final.

Se você chegou para o novo ano sabia que o seriado não é a típica série de super-herói, é alguma coisa melhor e que vai além do padrão. Para o amantes do gênero, o novo ano de The Umbrella Academy é uma aposta divertida, visualmente incrível, e viciante de se maratonar. 

https://youtu.be/5W3KwQsOTuo

The Umbrella Academy chega em 31 de julho na Netflix.


Miguel Morales
Miguel Moraleshttp://www.arrobanerd.com.br
Sempre posso ser visto lá no Twitter, onde falo sobre o que acontece na TV aberta, nas séries, no cinema, e claro outras besteiras.  Segue lá: twitter.com/mpmorales

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