E novamente o Anjo Vermelho interfere na trama de Star Trek: Discovery em um momento crucial, salva vidas, e abre uma nova visão sobre suas intenções, poder e o fato de parecer um humano em um traje altamente avançado. Além disso, cria um confronto moral entre Pike e Tyler, devido visões da Frota e da Seção 31.
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Primeiro vamos a trama mais “simples”. Culber está se recuperando bem, nada de anormal foi encontrado em seu corpo novo, muito pelo contrário, ele pedeu uma cicatriz e está literalmente zerado, só que a questão que o abala é que ele não se sente ele mesmo, e é compreensível depois de tudo o que passou. Gostei da fala de Saru para ele, sobre ele se tornar algo ainda melhor, mas me preocupa sua relação com Stamets.
Se Saru está aprendendo a conviver sem o “medo”, algo intenso de seu DNA kelpiano, a descoberta de que a nova tempestade vermelha foi visto em Kaminar, seu planeta natal. Toda a sua história de sumir do planeta, conhecer o desconhecido, se juntar a ainda Tenente Georgiou, tudo é muito bem explicado, mas fica o “medo” e o motivo de deixar Syrianna, sua irmã, para trás.
É então que o vemos querendo ir até lá, tomando as rédeas e a coragem de sua vida, mesmo que Pike acredite que se ele fizer isso possa quebrar a Ordem Número Um da Frota Estelar. Num momento bem complicado, vemos Saru quebrar protocolos e bater de frente com Pike, deixando todos os tripulantes chocados, pois é necessário que Michael interfira na situação.
A trama então nos apresenta Syranna, a paz que existe em Kaminar, e todo o conceito do Vahar’ai é apresentado com a fala de que seus pais foram levados pelos Bu’al para o sacrifício e a garantia do Equilíbrio. O problema é que os Bu’al descobrem a presença de Saru, que só foge por causa de Michael, mas volta para salvar sua irmã, mas ambos são capturados.
A parte científica, a forma como a história da Esfera pode ajudar Michael e Tilly a descobrirem como evitar que os kelpianos e os bu’al briguem é muito bacana, mas fica uma sensação estranha da esfera saber tanto de tão longe. Só que ao mesmo tempo, fica um gosto bom de ver a história, como ela muda, como os bu’al quase foram exterminados pelos kelpianos em vahar’al, para então eles resolverem ajudar a eles co-existirem.
Saru lançando farpas, igual ouriços quando em perigo, ao invés de sentir medo, e nos mostrando sua “super-força” foi sensacional, e ele vendo a dor da irmã passando pelo vahar’al forçado pela Discovery a todos os kalpianos, foi interessante.
Agora é ver se a série irá abordar mais do projeto de paz entre kelpianos e bu’al e como tudo isso irá se desenrolar, já que Syranna ficará em Kaminar, para passar lucidez a todos, enquanto Saru segue sua jornada.
Fato mais importante é que Saru ficou frente-a-frente com o Anjo Vermelho e pudemos ver que sua roupa é uma armadura, ficando a certeza de que o mesmo é alguém viajando no tempo, o que leva a teorias de que possa ser Michael, quem sabe até mesmo Spock. Seguimos ansiosos com isso, mas por enquanto devemos ver mais discussões entre Tyler e Pike, já que ambos não entram em acordo sobre as intenções do Anjo e como ele pode complicar tudo.
Star Trek: Discovery tem apresentado suas tramas e entrado nelas de forma bem interessantes, enquanto traça bem a rota de sua trama central.