Logo que foi anunciado o reboot a série já começou a ter críticas, negativas e positivas, principalmente quanto ao visual de She-Ra e Adora, e mesmo justificando outro público, outra visão, outra atualidade, o “mimimi” foi constante da parte que não gostou. Por sorte, ao estrear, She-Ra e as Princeisas do Poder se mostrou muito além disso…
ALERTA DE SPOILER: Este artigo contém informações sobre os principais acontecimentos do episódio. Continue a ler por sua conta e risco.
Visualmente a série é atual e falando em trama, She-Ra e as Princesas do Poder traz exatamente isso, Poder, para suas personagens, envolvendo carisma, amor, respeito, honra e acima de tudo, amizade. A trama consegue ir muito além da luta “entre o bem e o mal” e trazer camadas sinceras de pontos de vistas divergentes, mesmo que em Hordak fica parecendo o mau supremo, já que quer dominar Etheria sem muitas justificativas.
O bacana é que logo de início acompanhamos a amizade entre Adora e Felina, que logo se torna uma luta de cão e gato, já que quando Adora se descobre portadora da luz para ser She-Ra e Felina não aceita a debandada da amiga para a Rebelião, que consiste na união das princesas mágicas de Ethéria contra a tirania de Hordak.
Se a amizade de Adora com Felina é abalada, a nova amizade dela com Cintilante e Arqueiro é mostrada de forma sincera e cheia de esperança, já que com ela sendo She-Ra, todos acreditam que podem reverter a invasão de Hordak.
Assim, em cada um de seus 13 episódios, temos She-Ra, Cintilante e Arqueiro atrás de uma forma de unir as princesas e fazer um exército forte contra a Horda, e tudo sempre focando em companheirismo e respeito.
Todos os elementos da She-Ra original estão na série, como a presença de Madame Mim, Vassourito e até mesmo Corujito, que aqui virou uma pelúcia no quarto de Adora, e até mesmo geninho aparece em alguns quadros. O que realmente teve uma boa evolução e traz uma parceria interessante com She-Ra é Ventania. A cada encontro dos dois ele vem com frases de efeito e um jeito heróico muito intenso.
Cada princesa tem sua particularidade e é muito bem mostrada através de seus poderes, como a doce Perfuma, a calculista Gélida, ou a relação da tempestuosa Serena e o romântico Falcão do Mar, este que inclusive gera uma admiração Arqueiro.
Quando Scorpia se diz uma princesa é muito bacana, pois em momento algum a vemos como tal e é ela quem passa o poder para Hordak, e com ajuda de Entrapta, conseguem acessar a fonte de poder das Princesas, enquanto Felina é declarada capitã da Horda.
Gostei da forma como Sombria é trabalhada na série, pois tudo parece que ela teme Felina e sua relação com Adora, que ela super protege, mas ainda não é dado detalhes sobre a relação das duas, só que descobrimos que ela é uma das bruxas de Etheria que o poder a faz ser corrompida. Com Entrapta e Felina conseguindo a atenção de Hordak, ela é descartada, mas vemos que ela terá muita importância no próximo ano.
A união de todas as Princesas mostra como elas precisam estar unidas e se respeitando para poder acessar o Poder maior e assim derrotar a Horda, e é a evolução deste espaço que faz de She-Ra e as Princesas do Poder tão interessante, afinal, cada uma delas é importante, e é com os erros que elas vão aprendendo e até a Rainha Angela chega a errar.
She-Ra e as Princesas do Poder tem seus 13 episódios disponíveis na Netflix.