Os Croods estão de volta! E agora em uma nova Era. Em Os Croods 2: Uma Nova Era (The Croods 2: New Age, 2020), a família pré-histórica chega em novos tempos, e encontram novas pessoas, mas vão perceber que algumas coisas são tão universais que não ficam paradas em nenhum momento do tempo.
A animação da Universal Pictures e DreamWorks desembarca no Brasil um pouco tarde devido a pandemia, mas não conta uma história antiga ou datada, e sim uma sobre a importância da união, e da família, bem bacana para os pequenos. E para os adultos? Bem o texto do quarteto Kevin Hageman, Dan Hageman, Paul Fisher e Bob Logan se garante em algumas piscadelas aqui e ali para entreter os pais enquanto as crianças se divertem com as cores marcantes, a trilha sonora chamativa, e os personagens divertidos de Os Croods 2: Uma Nova Era.
Na sequência, Eep (voz de Emma Stone no original) e Guy (voz de Ryan Reynolds no original) são um casal e vivem juntos com a família e no montinho quentinho todas as noites. Mas Guy quer mais, ele quer viver sozinho com Eep e fazer coisas de casal sozinho. A busca por um lugar repleto de conforto, água e comida move a primeira parte do filme quando Grug (voz de Nicholas Cage no original) lidera a família em busca desse novo local.
E eles encontram! E nesse local claro já é habitado por outra família… os Bem Melhores! Eles são mais limpinhos, mais estilosos, e parecem que são bem melhores que os Croods em tudo! Liderados por Phill (voz de Rodrigo Lombardi na versão dublada) e Esperança (voz de Juliana Paes na versão dublada), o casal vai colidir com Grug e Ugga (voz de Catherine Keener no original) e as visões de mundo dessas duas famílias vão se chocar.
E acho que são nesses momentos que vemos os BemMelhores fingirem que não se importam com as atitudes de “homens da caverna” dos Croods (eles tendo que dormir separados depois de anos dormindo juntos) e os Croods conhecendo todas as “modernidades” dos BemMelhores e seu lar (a cena do elevador improvisado é ótima), mas sinto também que muitas delas soam repetitivas ao longo do filme, como a cena de Thunk (voz de de Clark Duke no original) com o vício em TV e no tablet antigo que até são legais nas primeiras 3 vezes, mas que o roteiro continua a usar em exaustão ao longo do filme. O mesmo vale para a Vovó Gran (Cloris Leachman em um dos seus últimos trabalhos) e sua peruca voadora.
Os Croods 2: Uma Nova Era consegue passar uma mensagem muito interessante quando vemos que essas suas famílias precisam se unir contra uma ameaça maior, e que ama bananas (não, não são os Minions!) e todo o plano dos BemMelhores para fazer com que os Croods saiam da sua casa dá errado e eles precisam se unir (e passarem por cima de suas diferenças) para conseguirem se salvar. Claro, a cada 15 minutos temos alguma coisa maluca acontecendo em tela, o que deixa o filme com um tom estridente e até um pouco cansativo de se acompanhar. É tudo muito mais do que poderia ser, como se os roteiristas precisassem fazer um filme maior e com uma grande ainda mais grandiosa que o primeiro filme. Funciona para alguns? Sim, principalmente para deixar as crianças entretidas. Para mim? Sai exausto da sessão.
No final, Os Croods 2: Uma Nova Era entrega uma animação divertida sem dúvidas nenhuma, mas para um tipo de público bem específico e que provavelmente já viu o primeiro filme e criou uma conexão emocional com os personagens. Talvez Os Croods conseguiram sobreviver a mais uma Era e viverem para um terceiro filme, não é mesmo?
Os Croods 2: Uma Nova Era chega nos cinemas pela Universal Pictures.